Tidelands mistura fantasia e mistério e dá certo!

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Tidelands traz o brasileiro Marco Pigossi em destaque em elenco que funciona bem. Leia a crítica da série da Netflix!

À primeira vista, antes mesmo de assistir ao primeiro episódio, Tidelands é, para nós brasileiros, a série da Netflix com Marco Pigossi, ator que fez sucesso em novelas como A força do querer (o Próximo Capítulo entrevistou ele na época da novela, lembra?) e Ti ti ti, entre várias outras. E realmente o brasileiro chama a atenção na série, tendo o nome dele como o primeiro masculino a aparecer nos créditos de abertura ー ao lado de Aaron Jakubenko.

Tidelands foi anunciada como uma série sobre o universo das sereias, mas é bem mais que isso. A ação tem início quando Calliope McTeer (Charlotte Best), a Cal, sai da prisão dez anos depois de ser considerada culpada pela morte do pai, ainda adolescente. No mesmo dia, um pescador é assassinado em Tidelands, local onde Cal cresceu ao lado do irmão Augie (Aaron Jakubenko) e dos pais e para onde ela volta ao sair da cadeia.

O assassinato do rapaz foi cometido pelos tidelanders, comunidade que tem poderes (respiram debaixo d’água, controlam a água e têm uma força enorme, entre outras coisas) e que vive em pé de guerra com os moradores de Tidelands.

Os irmãos Augie e Cal enfrentam fantasmas do passado em Tidelands

Espécie de líder da cooperativa de pescadores e apaixonado pela líder dos tidelanders, Adrielle (Elsa Pataky), Augie vai investigar o crime. Esse é o mote para que saibamos de cara que ali ninguém é bonzinho: os pescadores e os tidelanders estão juntos no negócio que envolve tráfico internacional de drogas.

Além de Augie, Adrielle conquistou o coração de Dylan (Marco Pigossi), braço direito dela no comando dos tidelanders. Apesar de ser homem de confiança da rainha (é assim que Adrielle é chamada), Dylan não se sente bem em Tidelands e acha que ali não é o lugar dele. A mesma sensação acomete Cal, que volta ao local apenas para ajustar as contas com o passado. E que passado tem a moça!

Leia a crítica de Tidelands!

A fotografia é um dos pontos altos de Tidelands

Tidelands tem um enredo interessante ー além do descrito acima, a trama aborda disputa de poder, identidade, homossexualidade e outros temas fortes. O ritmo com que tudo acontece nos dois primeiros episódios ー a primeira temporada tem 8 ー é bom, até rápido demais. Inevitável, portanto, que os próximos sejam mais lentos, o que não é necessariamente ruim.

A primeira impressão é de que a série se perdeu, mas logo se nota que assim é mais fácil apreciar, por exemplo, a linda fotografia de Tidelands. É claro que o cenário natural ajuda, mas as cenas subaquáticas e até as internas, no castelo onde mora Adrielle, são de encher os olhos.

O bom roteiro de Tidelands encontra interpretações irregulares pelo caminho. O quarteto central está bem ー Charlotte Best, Marco Pigossi (ufa!), Aaron Jakubenko e Elsa Pataky seguram bem a onda. Caroline Brazier como Rosa, mãe de Cal e Augie, tem ótima performance. Mas personagens coadjuvantes de importância grande são entregues a atores que não correspondem à expectativa, casos, por exemplo, de Mattias Inwood, o policial Corey Welch; e de Dalip Sondhi, o misterioso Lamar, um personagem ótimo claramente desperdiçado.

O maior porém de Tidelands talvez sejam as cenas de violência ー são muitas e algumas com desnecessários pormenores.

Rápida ー são poucos episódios de duração média de 45 minutos ー e com bons ganchos de um capítulo para o outro, Tidelands acaba sendo uma boa opção para esse período de férias/recesso, pois une entretenimento, suspense e fotografia caprichada.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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