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The umbrella academy: Por que dar uma chance para a série?

Publicado em Séries

Com estreia em 15 de fevereiro na Netflix, The umbrella academy é inspirada na HQ homônima de Gerard Way e Gabriel Bá. Confira por que você precisar dar uma chance para a série!

Há mais de 10 anos, o vocalista do My Chemical Romance, Gerard Way, resolveu investir no mundo das histórias em quadrinhos e lançou a graphic novel The umbrella academy, que tem ilustrações do brasileiro Gabriel Bá e é publicada pela editora Dark Horse. No ano passado, a Netflix divulgou que faria uma versão seriada da história, que será lançada na plataforma em 15 de fevereiro, e até trouxe parte do elenco da produção para CCXP.

Apesar da publicação ser de nicho, a decisão do serviço de streaming em apostar na série é bastante acertada, já que The umbrella academy tem pontos fortes suficientes para agradar o público cativo da HQ e ainda criar novos fãs dentro dos assinantes da Netflix.

O Próximo Capítulo teve acesso aos quatro primeiros episódios da primeira temporada e, sem dar spoilers, te conta por que você deveria dar uma chance para The umbrella academy.

1. Enredo

Inicialmente, o enredo de The umbrella academy pode parecer confuso. A história acompanha uma família construída pelo milionário Reginald Hargreeves (Colm Feore). Ele decide adotar crianças superdotadas que nasceram em um fenômeno estranho. Em um mesmo dia em 1989, 43 crianças nasceram inexplicavelmente após mulheres que não apresentavam nenhum sinal de gravidez no início do dia darem à luz a seus bebês. Destes recém-nascidos, o empresário tornou sete seus filhos e os criou como um time de super-heróis, que apelidou de Umbrella academy, para lutar contra as situações criminosas no mundo.

A história se passa anos depois desse acontecimento, quando os irmãos seguem vidas diferentes, mas precisam se reunir após a morte do patriarca. Nesse contexto, se reencontram Diego (David Castañeda), Allison (Emmy Raver-Lampman), Luther (Tom Hopper), Klaus (Robert Sheehan) e Vanya (Ellen Page). Porém, o que eles não esperavam acontece: Número 5 (Aidan Gallagher), um dos irmãos desaparecidos desde à infância, reaparece no dia do enterro do pai com a aparência de um adolescente falando que o grupo precisa salvar o mundo de um apocalipse.

Como deu para perceber, há muito o que explicar. Mas a série consegue entregar isso muito bem. Logo no primeiro episódio, o seriado estabelece a narrativa principal: a reunião dos irmãos para salvar o mundo de um apocalipse, que está a apenas alguns dias de acontecer. E, aos poucos, vai desenvolvendo mais sobre o passado de cada um ano, o que aconteceu desde o momento deles crianças na Umbrella academy até as tensões que os separaram anos mais tarde.

2. Elenco

The umbrella academy não está recheada de grandes estrelas. Os nomes mais conhecidos são de Ellen Page, que dispensa apresentações, Tom Hopper, que esteve em Game of thrones, e Emmy Raver-Lampman, de A million little things — trio que está muito bem na pele de seus personagens.

Mas não ter grandes nomes no elenco está longe de ser um problema. Pelo contrário, o elenco é um dos acertos da série: é diverso, carismático e entrega boas atuações. A começar pela do jovem Aidan Gallagher, que consegue interpretar de forma exemplar um adolescente com vivências de adulto, já que o personagem veio do futuro.

Crédito: Christos Kalohoridis/Netflix. Número 5 é um dos melhores personagens da trama

Também é preciso destacar as interpretações de Robert Sheehan, como Klaus, e de David Castañeda, como Diego. Assim como os outros atores e atrizes que dão vida aos irmãos Umbrella academy, eles estão muito bem.

Os atores esbanjam carisma, o que faz com que os protagonistas sejam extremamente relacionáveis e empáticos. Ou seja, é fácil gostar dessa família disfuncional. Ponto para The umbrella academy.

3. Hibridez narrativa

É uma série de super-herói, é uma comédia de humor ácido e inteligente e também é um drama sobre uma família disfuncional. A decisão de reunir mais de um gênero é outro ponto a favor da série.

Por se tratar de uma história sobre personagens com poderes, naturalmente, The umbrella academy tem um “quê” do estilo lembrando, principalmente, a franquia X-Men. Mas ao se aprofundar nos dramas pessoais dos personagens, explorando relações entre pai e filhos e e ainda problemas como autoestima, depressão e rejeição, a série se abre para ser também um típico drama. E tudo isso ainda com uma boa pitada de humor, que serve para dar dinâmica a narrativa.

4. Os poderes dos irmãos

Crédito: Christos Kalohoridis/Netflix

Das sete crianças adotadas por Hargreeves, apenas uma não demonstrou poderes, as demais tiveram suas habilidades exploradas no time. Luther, tem superforça e é uma espécie de líder dos irmãos; Diego tem habilidades com faca e pode respirar dentro d’água; Alisson transforma mitos em verdade com o poder da sua palavra; Klaus se comunica com os mortos; Número 5 transita entre passado, presente e futuro; e Ben, o irmão que morreu ainda criança, tinha monstros de outras dimensões dentro de si.

5. Visual e trilha sonora

Visualmente, The umbrella academy chama muito atenção. A série é bastante colorida e utiliza as cores para dar segmento a narrativa, que tem um ar “nonsense”, sendo ao mesmo tempo leve e engraçada e pesada e violência. Por ser inspirada na HQ de um músico, nada mais natural que a série incorporasse isso. A trilha sonora é sensacional e muito bem utilizada. Se prepare!

6. Mistérios e reviravoltas

 

Crédito: Netflix/Divulgação. The umbrella academy da Netflix

Há muita coisa por trás da história dessa família, como a conturbada relação entre eles, o desaparecimento e retorno do Número 5, a ausência de poderes de Vanya e a morte de Ben são apenas alguns dos mistérios da história, que são destrinchadas aos poucos entre os 10 episódios da primeira temporada. Até por isso, a série promete muitas reviravoltas.

7. Uma pitada brasileira

Se nada disso te convenceu, pode ser que o fato de ter uma “pitada” brasileira em The umbrella academy possa te ajudar a dar uma forcinha. Não há brasileiros no elenco e a história também não se passa pelo país, porém, Gabriel Bá, o paulista ilustrador da HQ, está envolvido no projeto assim como o autor Gerard Way.