The handmaid’s tale: as primeiras impressões da 4ª temporada

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The handmaid’s tale está sendo transmitida no Brasil pelo Paramount+ e voltou mais forte e sombria do que nunca

The handmaid’s tale – O conto da aia nunca foi uma série leve e de simples entretenimento. Apostando na narrativa de um futuro distópico em que um golpe de estado nos Estados Unidos leva ao regime totalitário de Gilead, a trama — baseada no livro de Margaret Atwood — mostrou desde a primeira temporada que a pílula do (possível) futuro da sociedade democrática moderna pode ser bem difícil de engolir.

Mesmo claramente pesadas, as três temporadas, até então, ainda não tinham preparado o público para o choque de tragédias e catástrofes apresentado nos primeiros episódios da 4ª temporada. Gilead está mais sombria e extrema do que nunca e June (Elisabeth Moss) sofre a consequências na pele.

Original do streaming do Hulu norte-americano (ainda indisponível em terras tupiniquins), a nova fase de The handmaid’s tale – O conto da aia chegou ao Brasil pelo streaming da Paramount+ (serviço premium de streaming da ViacomCBS) no último dia 2 de maio. Nesta ocasião, o canal liberou os três primeiros episódios, sendo que os novos chegam todo domingo seguinte. Logo, no último dia 16 de maio, já se tornou público o quinto episódio da trama: Chicago. No total, serão 10 episódios para esta temporada.

Choque, traumas, cliffhangers e (muitas) mortes

Cuidado, spoilers a seguir!

Para quem não se lembra, a terceira temporada de The handmaid’s tale acabou com um dos maiores golpes da história de Gilead: o “roubo” de um avião cheio de crianças. A mentora da ação, June e as colegas handmaids, então começam o novo ano fugindo da fúria de Gilead e especialmente, da Tia Lydia (Ann Down).

Os dois primeiros episódios, Pigs e Nightshade, apresentam um oásis de liberdade e medo na vida de June e das colegas fugitivas, e preparam o público para peso e obscuridade de The crossing, o terceiro episódio — o primeiro na série a ser dirigido por Elisabeth Moss, a protagonista da trama.

Nele, June é capturada por Tia Lydia e pela força de Gilead. Destrinchar os detalhes das sessões de tortura sofridas pela mulher é difícil. Basta dizer que ela sucumbiu, entregando o esconderijo das outras handmaids. É tanta emoção, que quase não sobra tempo para a incrível fuga nos segundos finais do episódio, com a morte das handmaids (com exceção de June e Janine — Madeline Brewer) atropeladas por um trem.

Se, por um segundo, o telespectador pensar que June finalmente terá um descanso fora de Gilead, cuidado: um engano. O final do quarto episódio, Milk, mostra que os norte-americanos que lutam contra Gilead, não são tão melhores que os “comandantes” do regime totalitário.

Cereja do bolo

O quinto episódio, Chicago, é a cereja do bolo dessa primeira parte da nova temporada. Buscando ser uma “rebelde” contra Gilead, June vai sofrer uma das maiores reviravoltas da sua vida na metrópole abandonada. Com a (provável) morte de Janine, a produção traz de volta Moira (Samira Wiley) — ao som de Fix you, do Coldoplay.

Em síntese, os cinco primeiros episódios de The handmaid’s tale – O conto da aia apontam para uma temporada que finalmente vai além do círculo do “saí-não-saí de Gilead” que June vem empreendendo ao longo das três primeiras temporadas. Ansioso para os últimos cinco episódios.

Ronayre Nunes

Jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). No Correio Braziliense desde 2016. Entusiasta de entretenimento e ciências.

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