Encerramento da sétima temporada de Game of thrones, episódio The dragon and the wolf, entrega uma séries de enredos aguardados pelos fãs
O seriado Game of thrones da HBO é baseado na saga literária de George R.R. Martin, As crônicas de gelo e fogo. O nome da série de livros sempre abriu espaço para uma teoria entre os fãs. Teoria essa que foi oficialmente confirmada no último episódio da sétima temporada de Game of thrones, The dragon and the wolf.
Quando a emissora divulgou o nome oficial do episódio muita gente pensou que o título se tratava da relação entre Jon Snow (Kit Harington) e Daenerys Targaryen (Emilia Clarke), que, nesse ponto da série, já se caminhava para algo amoroso. E isso também fazia sentido. Mas o nome do capítulo final da temporada tinha relação com uma teoria bastante popular entre fãs: a origem de Jon Snow e a verdadeira história por trás do nome As crônicas de gelo e fogo.
No quinto episódio desta temporada, Game of thrones já tinha dado mais indícios de que Jon Snow não se tratava de um mero bastardo da relação entre Lyanna Stark e Rhaegar Targaryen. Mas foi em The dragon and the wolf que a história foi realmente confirmada. Os minutos finais do episódios mostraram o encontro entre Bran Stark (Isaac Hempstead-Wright) e Samwell Tarly (John Bradley-West), que, juntaram as peças do quebra-cabeça da origem de Jon e confirmaram a legitimidade do até então bastardo.
Com um flashback, a série mostrou que Lyanna e Rhaegar se amavam — assim como Jon e Daenerys — e resolveram oficializar a união, que gerou um casamento e um herdeiro, o herdeiro legítimo do Trono de Ferro. A revelação ainda demonstra algo já especulado, de que a motivação da Rebelião de Robert, não passou de uma mentira. Afinal de contas, Rhaegar não havia sequestrado e estuprado Lyanna. E a grande novidade em torno da teoria foi em relação ao nome de batismo de Jon. Diferentemente do que muito foi especulado, Lyanna contou a Ned Stark que o filho se chamava Aegon Targaryen.
Ou seja, com tudo isso, o título da saga de Game of thrones, As crônicas de gelo e fogo, sempre se tratou da história do romance entre uma Stark (daí, gelo) e um Targaryen (daí, fogo) e do herdeiro deles, Aegon. Sendo assim, já podemos reforçar outra teoria: seria Jon, ou melhor, Aegon, o príncipe prometido, o Azor Ahai, que vai livrar o continente de uma nova longa noite na batalha com os Caminhantes Brancos? Essa é teoria para ser confirmada na oitava e derradeira temporada.
Comentários sobre The dragon and the wolf
Teoria confirmada e explicada, vamos aos comentários sobre o último episódio da sétima temporada de Game of thrones…
Depois do desastre do capítulo seis, a série conseguiu entrar nos trilhos novamente e entregar um bom episódio, claro, com muito “fan service” — que, se você ainda não está familiarizado com o termo, se trata daquilo que o roteiro dá exatamente para agradar os fãs.
Foi bastante interessante ver no começo do episódio os três atuais candidatos ao trono — Jon, Daenerys e Cersei Lannister (Lena Headey) — juntos em Fosso do Dragão. Como era de se esperar, Cersei não cedeu e depois fingiu, mas, de verdade, não está nem aí para a guerra ao Norte. O encontro serviu para firmar ainda mais a aliança entre Jon e Daenerys, além de deixar um caminho para que Jaime (Nikolaj Coster Waldau) finalmente fique com raiva da irmã. Também foi ótimo rever Euron Greyjoy (Johan Philip Asbæk), a melhor surpresa dessa temporada.
No Norte, o embate entre Sansa (Sophie Turner) e Arya (Maisie Williams) teve o fim que a gente queria. As irmãs estavam armando para que Petyr Baelish (Aidan Gillen) pagasse por seus crimes. Afinal de contas, se Robert começou uma rebelião lá atrás por nada, dessa vez, a guerra dos cinco reis foi causada exatamente por Mindinho, que, agora, pagou com uma morte digna.
Já que esse era um episódio de muito fan service, é claro que teve mais do romance (chatíssimo) de Jon e Daenerys. E também um dos acontecimentos mais esperados da história de Game of thrones: a queda da Muralha. Sim, amigos, os Caminhantes Brancos conseguiram com ajuda de Viserion zumbi e seu fogo azul derrubar a Muralha e estão cada vez mais perto de Westeros.
Balanço da sétima temporada
Desde que o seriado passou os livros de George R.R. Martin, muita gente questiona a qualidade da série. Particularmente, eu nunca vi isso como um problema — e olha que eu consumo os dois produtos de GoT –, mas é preciso admitir que, na sétima temporada, a série deu seus primeiros tropeços.
Talvez como uma forma de agradar os fãs e confirmar teorias famosas, a série optou por seguir um caminho mais óbvio perdendo parte de sua essência, que contava com reviravoltas, bons roteiros e mortes chocantes. Tudo passou a ser um pouco mais óbvio em Game of thrones. E isso é um problema?
Em partes, é. E comprometeu um pouco a sétima temporada. Mas, fã que é fã, pode esquecer o penúltimo episódio e se agarrar ao caminho que Game of thrones vem traçando desde 2011. A sétima temporada está longe de ser a melhor e mais longe ainda de ser a perfeita. Só que preparou o terreno para o que a gente mais esperava: a guerra entre vivos e mortos.
Até 2018 ou 2019, GoT. Enquanto isso, que venham as novas teorias!