Thaís Müller é tão romântica quanto a Minha Flor de Topíssima

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Thaís Müller esbanja romantismo na vida real e como a Minha Flor de Topíssima. Confira entrevista!

A atriz Thaís Müller está à vontade como a Minha Flor, personagem que interpreta na novela Topíssima. Isso porque as duas compartilham o romantismo, principal característica da moça da novela. “Eu sou daquelas que acredito no amor, sempre. E sou bem romântica, gosto de me declarar, de fazer surpresas e ser surpreendida…”, afirma Thaís ao Próximo Capítulo.

Atriz desde pequena, Thaís também é figurinista e adora dar pitaco no que Minha Flor veste. Além disso, Thaís assina o figurino do filme O meu é seu, o seu é nosso, no qual também atua. “Assim que li o roteiro me propus a fazer o figurino também. Me encantei tanto pelo texto que na hora já vieram algumas imagens na cabeça de como os personagens poderiam dizer o que queriam passar, também o que estariam vestindo. Isso que me encanta: a roupa fala por si só! Quando os vi prontos e a reação de todos da equipe, sabia que tinha feito bem o meu trabalho. E acho que não tem sensação melhor que essa, né?”, afirma.

Na entrevista a seguir, Thaís Müller fala sobre Topíssima, produção teatral e a carreira de estilista, entre outros assuntos. Confira!

Leia entrevista com Thaís Müller

Foto: vinicius mochizuki. Thaís Müller vê em Minha Flor um desafio de viver uma mocinha

A sua personagem em Topíssima é muito romântica. Ainda há espaço para o romantismo nos dias de hoje?
Sim. Por favor! Eu sou daquelas que acredito no amor, sempre. E sou bem romântica, gosto de me declarar, de fazer surpresas e ser surpreendida…

Fazer a mocinha é mais desafiador?
Para mim ainda é porque é fora do que estou acostumada a fazer. Minhas personagens estão sempre no núcleo de comédia. Mas estava doida para ser desafiada assim. Então estou amando! Acho também que consegui colocar um bom humor diferente na Minha Flor.

O cravo e a rosa está sendo reprisada no Viva. Você gosta de se rever no ar?
Muito. Às vezes parece que não sou eu ali. Já passou muito tempo. Já me cobrei tanto por aquela menina que estava fazendo o primeiro trabalho na tevê, me julgava de todas as maneiras. Hoje me vejo com muito amor e sempre abro um sorriso lembrando de como fui feliz e como O cravo e a rosa mudou a minha vida!

Você é atriz desde os 4 anos. Quando chegou a idade em que as pessoas geralmente escolhem a profissão, pensou em fazer outra coisa?
Eu já sabia desde pequena que queria fazer na faculdade algo bem diferente do que eu já trabalhava. Então, quando chegou esse momento, não foi diferente. Sempre pensei na ideia de ter duas profissões e hoje, na prática, amo poder ter essa possibilidade. Sou formada em design de moda. Além de atriz, sou estilista também e tenho minha própria marca, a Ladotê Ateliê.

Quando deixou de ser uma brincadeira séria e passou a ser realmente uma profissão?
Nunca foi uma brincadeira para mim. Sou muito virginiana, levo tudo a sério desde pequena. Mas acho que fui realizando mesmo que queria ser atriz com a idade, com os anos passando fui percebendo que era atuando onde eu ficava mais feliz! Aí percebi que não tinha mais jeito e comecei a correr atrás de verdade, estudando, me aperfeiçoando… o que procuro estar fazendo sempre!

Por ter começado muito cedo na carreira, você acha que perdeu alguma coisa da infância ou da adolescência?
Acho que sim. Momentos como uma viagem, uma festa. Mas por outro lado, acho que ganhei muito mais. Por causa da profissão, desde pequena aprendi a ser responsável, pontual, organizada, profissional, empenhada, enquanto as outras crianças só pensavam em brincadeiras… Foi fundamental pra me tornar quem sou hoje esse aprendizado desde cedo.

Além de atuar, você produz espetáculos teatrais. Como é ser produtora no Brasil de hoje? Quais são os principais desafios?
Nada fácil, e cada vez mais difícil. Eu estou engatinhando na profissão, ainda tenho muito a aprender, estudar, entender. Mas estão colocando totalmente a cultura de lado no país, tornando cada vez mais difícil levantar um espetáculo. Não podemos deixar de fazer, de lutar, de produzir. Fazer teatro no país hoje é resistência, não podemos parar!

Você fez e produziu muito teatro infantil. O gênero ainda enfrenta resistência e preconceito?
Eu amo infantil ー daqueles inteligentes, que ensinam e fazem as crianças pensarem. E acho que existem muitos pais que pensam igual e que bom, pois existem projetos muito lindos por aí que merecem ter a casa cheia. Com toda a tecnologia que temos hoje, precisamos constantemente levar as crianças ao teatro para desde cedo entenderem a importância dele nas nossas vidas.

Como fazer para manter uma criança atenta a uma peça?
Depende de tanta coisa. Mas acho que um texto que se comunique direto com elas ajuda muito, além de toda a direção, cenário, figurino, luz… Para mim é fundamental a interpretação dos atores chegar até elas, para se reconhecerem ali. Só assim as crianças prestam atenção mesmo e é tão incrível quando isso acontece!

Você poderá ser vista em O meu é seu, o seu é nosso. O que pode adiantar do filme?
Eu não vejo a hora de vocês poderem assistir. No filme, vocês vão poder rir, chorar e, com certeza, se identificar com algum dos personagens. É um projeto que tenho muito amor, foi feito por uma equipe muito especial, em um set que era só alegria. E pelo pouco que já consegui assistir, isso transpassa na tela. Estamos muito, muito felizes com o resultado!

Você também assina os figurinos do filme. Qual é a sensação de ver um personagem usando uma roupa criada por você?
Assim que li o roteiro me propus a fazer o figurino também. Me encantei tanto pelo texto que na hora já vieram algumas imagens na cabeça de como os personagens poderiam dizer o que queriam passar, também o que estariam vestindo. Isso que me encanta: a roupa fala por si só! Quando os vi prontos e a reação de todos da equipe, sabia que tinha feito bem o meu trabalho. E acho que não tem sensação melhor que essa, né?

É muito diferente criar o figurino de um filme e uma coleção para a sua grife Lado Tê Ateliê?
É diferente, pois os personagens já têm estabelecida uma história a ser contada. E o figurino é um gatilho, uma das ajudas para isso chegar ao público da melhor maneira. Já em cada criação das camisas, em cada estampa que escolho, coloco um pouco de mim, mas deixo a história ser criada pela pessoa que compra! Por isso não trabalho com uma grade grande de cada estampa, por isso que gosto de saber quem são os meus clientes, o que eles estão achando do produto. Esse contato direto é fundamental pra mim, e para a marca continuar tocando as pessoas como as peças costumam tocar!!

Você dá pitacos nos figurinos de seus personagens?
Muito! E já deixo logo claro que amo fazer isso. Mas, tive a sorte, de trabalhar com profissionais incríveis, figurinistas maravilhosas que sempre sabem muito bem o que estão fazendo e arrasam. A gente acaba criando uma parceria mesmo, elas vão confiando em mim, e me deixando mais livre para opinar!

O que da Minha Flor você usaria no seu dia a dia? Vocês têm estilos parecidos?
Todos da equipe e do elenco chegam pra mim e falam que ela tem o melhor figurino da novela. Além de todas as mensagens que ando recebendo nas redes sociais também. E eu preciso concordar, Minha Flor é muito estilosa. Ela sabe exatamente o que está colocando, como combinar, sem esforço, mas é claro, gosta de causar. Isso foi ótimo pra construção da personagem também, me ajudou muito! Nossa figurinista, Mariana Bafa, foi sensacional em todos os detalhes do figurino dela! Eu usaria tudo, mas tudo mesmo!!!! Cada peça uma mais linda que a outra! Eu queria todo o armário dela. Gosto de brincar com a moda assim como a Minha Flor!

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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