Após duas temporadas, a série The crown dá um pulo temporal em sua terceira sequência, que estreia neste domingo (17/11) na Netflix. A produção chega ao ano de 1964, quando a rainha Elizabeth II (agora vivida por Olivia Colman, que substitui Claire Foy) tinha 38 anos e a monarquia inglesa passava por momentos de teste diante as mudanças no mundo e na própria Inglaterra.
A história começa com a posse de um novo primeiro-ministro Harold Wilson, vivido pelo ator Jason Watkins, o primeiro socialista no governo desde a coroação da rainha inglesa em 1953. É a partir dessa alteração que a narrativa entrega que, não é só o elenco que muda na terceira temporada de The crown, mas todo o ambiente em torno da realeza e da monarquia.
“É um tempo interessante. A nossa história está onde definitivamente há uma mudança no cenário sociopolítico, você consegue sentir isso. Wilson é um líder da oposição. A temporada começa com uma extraordinária nova atmosfera, um novo mundo. Com um governo socialista, a rainha precisa se ajustar. Então, é uma jornada de descoberta da relação de Elizabeth com o primeiro-ministro”, avalia a produtora da série Suzanne Mackie em material de divulgação cedido pela Netflix.
Na terceira temporada, o espectador verá uma rainha Elizabeth ainda mais dura e fria. Estabelecida no governo e sem o seu fiel conselheiro Winston Churchill (John Lithgow), a personagem parece se fechar ainda mais em seu casulo. Mas é exatamente nesse momento que ela precisa se abrir e se modernizar para se adaptar aos novos tempos, como a entrada do socialismo à Inglaterra, a chegada do homem à Lua (em 1969), a vida adulta dos filhos, os príncipes Charles (Josh O’Connor) e Annie (Erin Doherty) — que ganham mais tempo de tela nos novos episódios —, as novas crises do duque de Edimburgo Philip (Tobias Menzies) — mais uma vez em busca de entender seu papel dentro da família real —, e os constantes dramas da irmã, a princesa Margaret (Helena Bonham Carter).
Como de costume, The crown gira em torno da rainha Elizabeth II, mas, a cada episódio, se destrincha sobre um tema específico e dá espaço de tela para outros personagens. Entre os temas mais explorados na terceira temporada estão as relações da rainha com o primeiro-ministro, o marido, o filho e a irmã, além, claro, da questão histórica e política, a começar pela primeira grande crise sob o comando de Elizabeth: o desastre na mina de carvão de Aberfan, no País de Gales. “Acredito que esse é um momento em que eles (a família real) precisam se ajustar e tentar encontrar seus lugares nesse novo lugar na sociedade. Vamos passar por essas mudanças”, completa a produtora.
A narrativa se estende até 1977, misturando realidade e ficção nos 10 episódios que compõem a temporada. Uma quarta sequência já está confirmada antes mesmo da estreia. A previsão de lançamento é 2020. Confira aqui a crítica da terceira temporada de The crown.
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