Crédito: Netflix/Divulgação
Após duas temporadas de sucesso, a série Dark chega ao fim. A terceira temporada estreia na Netflix em uma data emblemática para a narrativa: 27 de junho de 2020, o dia do apocalipse da trama. A conclusão é formada por oito episódios com média de uma hora de duração.
Na nova leva de episódios, os criadores Baran bo Odar e Jantje Friese entregam novos mistérios para responder questionamentos anteriores. A temporada começa abordando o final da segunda, quando Jonas (Louis Hofmann) é interceptado por uma outra Martha (Lisa Vicari), que se diz ser de um outro mundo.
Depois de explorar as viagens no tempo, Dark abre ainda mais o seu leque para o conceito de multiverso, tão falado nas histórias em quadrinhos. A sequência, então, mostra essa outra Terra de onde vem a “Martha de franja” que tira a versão jovem de Jonas do apocalipse da Terra dele.
O episódio de estreia, intitulado Deja vu, é todo dedicado a esse outro universo e serve também como uma espécie de nostalgia aos fãs, recriando cenas que marcam o primeiro ano de Dark. O segundo leva o nome de Os sobreviventes e dá destaque ao que aconteceu com cada um dos personagens após o final da segunda temporada, mostrando quem sobreviveu ao apocalipse e para onde — ou melhor, para quando — cada personagem que viajou no tempo foi.
A sequência dá mais tempo de tela para Martha, que passa realmente a dividir o protagonismo com Jonas. Claudia — e suas várias versões — continua sendo uma personagem muito importante para o desenrolar da trama. Na verdade, os personagens ligados as quatro famílias — Dopper, Nielsen, Tiedmann e Kahnwald — são essenciais ao enredo de Dark — mas não só eles, então, atenção, as caras novas. Nada em Dark é por acaso. A série já ensinou isso.
Como já virou uma característica, a terceira temporada de Dark traz mais conflitos e novos mistérios. Mas o espectador não precisa se preocupar. Os fios são amarrados, ou pelo menos, a maior e principal parte deles. Novamente, a ciência está lá para ajudar a explicar certas decisões do roteiro para quem é leigo — a maioria do público — no assunto mais científico que o seriado aborda.
A conclusão mostra que a trama foi bem pensada desde o início. As resoluções têm sentido e são mais simples do que as grandes teorias imaginavam. No fim, a sensação é de que Dark era uma verdadeira história de amor, mesclada com os aspectos científicos que tornaram a trama complexa, instigante e no fenômeno que já faz história na trajetória do streaming da Netflix. O final deve agradar a maior parte do público, não sendo mais um Lost.
ATENÇÃO: No sábado, dia da estreia, o Próximo Capítulo publica a crítica com spoilers.
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