A pernambucana Suzy Rêgo, 50 anos, foi um dos destaques da novela das 19h, Rock story, que encerrou sua história na tevê aberta em junho deste ano com números altos de audiência. Na trama, a atriz deu vida à Gilda Sabóia, que fazia parte de um núcleo mais cômico ao lado de Haroldo (Paulo Betti). Na opinião de Suzy, é difícil entender os motivos dos sucessos de certas tramas, como foi o caso do folhetim. “O sucesso (de uma produção) vai além da compreensão. Se soubéssemos, só faríamos sucessos estrondosos. Venho de uma novela de sucesso absoluto, então sei como é experimentar isso”, afirma.
Ainda em alta por conta de Rock story, Suzy estreará em 3 de julho em uma nova produção. É a série Juacas, seriado nacional da Disney Channel, com exibição às 19h. Gravada antes mesmo da novela, de março a julho do ano passado, a série retrata o universo do surf, por meio do retorno de uma competição fictícia, o Campeonato anual de onda super surf (CAOSS), na Praia de Itacaré. Na história, a atriz dá vida à Dona Juma, mãe da surfista Brida e dona de um restaurante local frequentado por todos da região e onde se passam muitos momentos da produção. “A Juma é um ponto de convergência de toda essa trama”, define Suzy Rêgo.
Se em Rock story, a atriz pôde reviver uma dobradinha com Paulo Betti, iniciada em Império (2013), em Juacas foi a vez de Suzy volta a atuar com outro colega de profissão, o ator Nuno Leal Maia, com quem contracenou em Top model (1989) — a segunda novela da carreira da pernambucana — e em episódios de Você decide. “Foi muito prazeroso o reencontro com o Nuno Leal Maia. Ele é um amigo querido”, explica. Na série, Nuno interpreta o professor Juaca, que reaparece para o campeonato.
Além disso, Juacas promoveu outro encontro pra Suzy Rêgo. O marido Fernando Vieira, com quem tem os filhos Marco e Massimo, também está no elenco da série da Disney Channel, assim como fez uma participação especial em Rock story. “Coincidentemente eu não contraceno com ele. Na novela, ele não fazia parte do meu núcleo e, agora, na série, também não. Mas acho bacana estender essa parceria como colegas de profissão. Dá uma afinação grande”, comenta.
Neste ano, Suzy Rêgo ainda foi anunciada como madrinha dos concursos Miss Brasil Mundo e Mister Brasil Mundo. O convite foi uma forma de valorizar a história da artista, que participou do concurso Miss Brasil em 1984 representando Pernambuco. Ela ficou em segundo lugar na disputa.
Você acabou uma novela e está mais acostumada com esse formato. Qual é a diferença entre fazer uma série e uma novela?
É totalmente diferente. Uma novela vai ao ar diariamente e é uma obra aberta, que funciona também de acordo com a repercussão. São apostas, que muitas vezes são dadas como certas, e, por algum motivo, o público prefere outra história, outro núcleo. O sucesso vai além da compreensão. Se soubéssemos, só faríamos sucessos estrondosos. Venho de uma novela de sucesso absoluto, então sei como é experimentar isso. Na série, há todos os episódios, uma linha preparatória, uma noção e um caminho a seguir. Trabalha-se também de uma forma diferente. Na novela, a cada semana tudo muda e não tem rotina. Na série, é um pouco mais esquemático. Você fica sabendo como funciona, o que também é bastante enriquecedor, porque o ator pode criar muitas possibilidades junto à direção e aos autores.
O que você pode contar sobre a Juma?
A Juma é um ponto de convergência de toda essa trama. Ela é proprietária do restaurante local mais conhecido e frequentado pela turma da região. É onde eles fazem os lanches, vão paquerar e buscar conselhos. Ela também tem uma filha adolescente, que surfa, então sabe dosar a vida turística e o batente. Ela é uma mulher centrada, que gosta de tarô, cartas e mistérios. É uma grande festeira da região, sempre organiza luaus e festas. É uma mulher madura e ao mesmo tempo muito leve e com muita fé na vida.
Rock story terminou e você também já gravou toda a primeira temporada de Juacas. Vai separar um tempo para descansar?
Eu descanso trabalhando. Eu volto em cartaz em agosto e setembro com Até que o casamento nos separe, com Eduardo Martini. Também tenho lido outros textos e conversando com produções de elenco para ver o que vou fazer.
Você foi anunciada como madrinha do concurso de Miss Brasil Mundo. Como recebeu esse convite?
Fui convidada muitas vezes nesses 30 anos. Mas sempre estava trabalhando muito, fazendo teatro. Sempre fiquei honrada, mas desta vez deu certo de coincidir com o fim da novela. É uma missão honrosa entregar a faixa para os vencedores, conhecê-los. Porque, o que eu aprendi sendo miss é que a competição é só o título, na convivência, eu adorei. Fiz grandes amigas e torcia por elas. O bacana (no concurso) é entender valores como respeito, dignidade e amizade. No concurso, não vale apenas a beleza física, mas ser um cidadão e entender que o mundo precisa do nosso comprometimento. E hoje, mais do que nunca, as pessoas precisam se posicionar.
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