Special ops: operação lioness estreia com guerra e protagonismo feminino na Paramount+

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A atriz canadense brasileira Laysla de Oliveira fala sobre como Special ops: operação lioness propõe uma nova perspectiva sobre a mulher na guerra no audiovisual

Por Pedro Ibarra

Foram-se os tempos em que as mulheres esperavam em casa os homens voltarem das guerras. Atualmente, existem mulheres trabalhando em todos os níveis das várias guerras em atividade no mundo. Dos campos de batalha às salas de decisão, as mulheres fazem parte da indústria da guerra e a Paramount+ estreia uma história liderada por mulheres fortes. Special ops: Lioness chega à plataforma hoje com uma narrativa tensa e elenco estrelado.

A estreia de hoje, Special ops: Lioness, acompanha uma missão do programa Lioness em que uma recruta é infiltrada para descobrir informações sobre líderes do Talibã. A série é escrita por Taylor Sheridan, conhecido por Yellowstone e pela saga Sicário, e tem como protagonistas Zoe Saldana, Nicole Kidman e Laysla de Oliveira. Morgan Freeman também faz parte do elenco.

A intenção da série é levar o público a perguntar qual o limite ético da guerra. “É uma série que faz você pensar. A produção explora o patriotismo, mas também conceito de moralidade, de certo e errado para fazer o público se questionar”, explica Laysla de Oliveira, atriz responsável pela infiltrada Cruz Manuelos.

A personagem que faz é uma mulher que ganhava dinheiro com strip-tease, mas decidiu tentar outro caminho na vida. Cruz sofre com agressões físicas e psicológicas do namorado e com um passado conturbado. Por um acaso do destino ela se vê em uma bifurcação: pode permanecer no relacionamento abusivo e doloroso em que estava ou gastar toda energia que tem para se tornar uma Marine, recruta da marinha britânica. “Foi uma série muito pesada fisicamente e emocionalmente. O arco dela é muito emocionante e emocional”, exalta Laysla que sentiu pela personagem. “Eu amo um desafio, foi lindo! É um tipo de trabalho que eu gosto muito de fazer. Fiquei muito satisfeita. Porém, explorar esse tipo de emoção por sete meses é bem pesado. É até fácil entrar na cena, mas é bem mais difícil de sair”, explica.

O fator do protagonismo feminino também é crucial, visto que são as mulheres que tomam as decisões na história. “É super-importante, as pessoas gostam de assistir as mulheres nos centros das histórias. O Taylor Sheridan (criador da série) é muito bom em fazer isso nos trabalhos dele, retratar mulheres fortes”, analisa a atriz. “São três mulheres de gerações diferentes em posições de poder, sendo duas latinas, isso é muito raro em uma produção de guerra”, complementa.

Brasileira de sotaque canadense

Laysla de Oliveira representa não apenas uma mulher forte nas telas, mas o Brasil para o mundo. Canadense de nascença, mas filha de brasileiros, a atriz aprendeu o português antes do inglês e é muito ligada à cultura tupiniquim. “Eu cresci assistindo as produções brasileiras. Amo Mariana Ximenes, Camila Pitanga e Bruna Marquezine, por exemplo”, conta a artista. Ela atribui o amor pela atuação às produções que cresceu assistindo. “Quando estou trabalhando, e as pessoas ficam me perguntando se eu assisti um filme ou outro, eu já retruco: ‘Você já assistiu Mulheres apaixonadas? E Chocolate com pimenta?‘”, brinca. “Eu acho que comecei a amar o que faço agora, assistindo brasileiros, assistindo novela. Quem sabe não participo de uma novela no futuro!”, completa.

Pedro Ibarra

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