Por Pedro Ibarra
Uma das sagas mais importantes da cultura pop, Star Trek já teve várias caras e formatos distintos. Desde 2017, uma nova liderança surgiu na saga com a capitã Michael Burnham. Este ano, a jornada da personagem interpretada por Sonequa Martin-Green chega ao fim com o lançamento da quinta e última temporada de Star Trek: Discovery, série exclusiva do streaming Paramount+, que está disponibilizando episódios semanalmente.
Durante cinco temporadas e sete anos, a série mostrou as aventuras de uma nave anos antes dos lendários Spock e Kirk desbravarem o universo. Na última temporada, o grupo liderado por Burnham vai atrás de um artefato ancestral com um poder milenar escondido por séculos. “Acho que as pessoas vão sentir uma vibe especial na série, vão se divertir, porque nós trouxemos leveza. No entanto, acho que vamos desafiar quem assiste a pensar fora da caixa e sentir a esperança no final”, diz Sonequa Martin-Green, em entrevista ao Próximo Capítulo.
O encerramento da série, contudo, não era esperado. Com a temporada já gravada, foi anunciado ao público — e também ao elenco — que o seriado chegaria ao fim, gerando o susto e a necessidade de regravações. “As pessoas vão assistir a essa temporada e vão achar que nós planejamos terminar dessa forma. Porém, nós não sabíamos que seria o fim quando estávamos gravando, era só a quinta temporada”, lembra a responsável pela protagonista. “Tivemos que gravar novas cenas para realmente dar um final. Eu exalto o trabalho dos roteiristas e diretores, que, com poucas páginas e pouco tempo, encerraram a série inteira de forma inteligente, respeitosa, graciosa, gentil e específica”, complementa.
Sonequa acredita que, apesar de todos os obstáculos pelo caminho, a série teve uma caminhada grandiosa e respeitável. “Eu me sinto honrada, grata. Foi uma baita jornada, eu cresci e aprendi muito. Deus me abençoou com essa série. Eu sinto que conquistei. Penso: ‘Nossa, parecia que não ia dar certo, mas nós conseguimos, nós fizemos acontecer'”, afirma a artista.
A série aumentou ainda mais o escopo do que é Star Trek para um público já muito apaixonado. A produção representou o tamanho que a saga tem. “Eu espero que o legado de Discovery seja a quebra de barreiras, escutamos mais essa corda e evoluímos. Era um dos pontos principais da série, a evolução. O espectador pode enxergar todos os personagens se tornando o que eles deveriam ser”, reflete. “Nas questões que não envolvem a narrativa, é bom destacar que trouxemos um sentimento de cinema para uma série de tevê e contamos com muita diversidade no elenco. Nós fomos além”, comenta.
A artista destaca que Star Trek , mesmo como uma ficção científica, fala sobre o mundo real. “Nós estamos cercados de problemas, e Star Trek como um todo, e também o Discovery, pode ser uma parte microscópica da solução”, acredita Sonequa, que ficou feliz com todo o trajeto que traçaram no seriado. “Cada produção da saga representou o tempo em que ela foi feita. Para trazer uma história de Star Trek de volta, nós tivemos que refletir o mundo em que estamos, e acho que fizemos bem”, completa.
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