Sidney Sampaio está na terceira novela bíblica consecutiva — esteve em Os dez mandamentos (2015) e A terra prometida (2016) e agora vive André Santero em Apocalipse. Antes disso, Sidney chamou a atenção em produções da Globo, como Sete pecados (2007), Salve Jorge (2012) e Amor à vida (2013), entre tantas outras.
“Existe alguma diferença (entre a Globo e a Record), sim. São duas emissoras com históricos diferentes, objetivos diferentes. Mas o meu posicionamento é igual. Eu sou profissional e procuro fazer sempre meu melhor”, afirma.
Para Apocalipse, Sidney mudou o visual e emagreceu bastante para o personagem. “A composição física é o primeiro passo ao encontro dessa pessoa que a gente vai encontrar, que é o personagem”, conta.
Sidney tem orgulho da profissão e é consciente do poder de transformação que ela pode trazer ao espectador e ao próprio artista. “Cabe à arte, aos artistas levantar questionamentos, conduzir as pessoas a questões mais profundas sobre o nosso comportamento, sobre a escolha dos nossos administradores, sobre o que podemos fazer para que nosso dia a dia seja melhor. A arte elucida. O papel do artista é esclarecer, é desocultar coisas que travam a evolução da humanidade”, finaliza o engajado ator.
Você teve que emagrecer bastante para Apocalipse. Fazer esse tipo de mudança física é um problema para você?
Não é um problema. A mudança física, inclusive, me agrada porque me ajuda a fortalecer o personagem, a me aproximar do novo trabalho, do novo projeto. A composição física é o primeiro passo ao encontro dessa pessoa que a gente vai encontrar.
O quanto emagrecer ou raspar a cabeça, por exemplo, ajuda na composição do personagem?
Ajuda com certeza. É fundamental para a gente ser apresentado a essa nova pessoa. A mudança física é muito importante para o ator se enxergar nesse novo ser, nesse novo universo que ele está mergulhando e descobrindo.
Antes de chegar à Record, você fez muitas novelas na Globo. Sente diferença entre as emissoras? Quais?
Existe alguma diferença, sim. São duas emissoras com históricos diferentes, objetivos diferentes. Mas o meu posicionamento é igual. Eu sou profissional, eu visto a camisa do grupo que estou trabalhando e procuro fazer sempre meu melhor e fico aquém de discussões que estão longe da minha alçada, de ideologia ou política. Cabe ao ator desempenhar o papel da melhor forma possível, independentemente da emissora que eu estiver trabalhando.
Você foi o vencedor do Super Chef Celebridades, quadro do Mais você. Continua cozinhando?
Sim. Eu estou sempre me aventurando pela gastronomia. Sou um amante da gastronomia, curioso na cozinha e estou sempre encontrando vítimas para as minhas experiências (risos). Mas elas não reclamam (risos)
Você também participou do Dança dos famosos. É competitivo fora dos reality shows?
Eu me considero uma pessoa normal. Eu tenho um espírito esportivo, joguei basquete durante muitos anos, na minha adolescência. Eu gosto de competir, mas não é o que me cega, o que me deixa fora da razão. Costumo falar que o importante é competir, mas a gente gosta é de ganhar (risos). Mas eu não levo isso ao extremo.
Você tem um filho criança. Ser pai num país como o Brasil de hoje assusta?
Com certeza. Vivemos um momento de muitas incertezas, de muita insegurança. É complicado você ter a responsabilidade de educar, de criar um filho num contexto tão conturbado como esse. Mas cabe a nós seguir acreditando e fazendo o nosso melhor para que essas crianças façam a diferença lá na frente.
Como você acha que a arte pode preparar o Brasil para ser melhor quando seu filho for jovem ou adulto?
Cabe à arte, aos artistas levantar questionamentos, conduzir as pessoas a questões mais profundas sobre o nosso comportamento, sobre a escolha dos nossos administradores, sobre o que podemos fazer para que nosso dia a dia seja melhor. A arte elucida. O papel do artista é esclarecer, é desocultar coisas que travam a evolução da humanidade.
Você se preocupa com o que o seu filho vê na tevê? Como filtrar isso?
Com certeza. É importante que ele veja programas adequados para a idade dele. Eu estou sempre antenado na classificação indicativa dos programas. Fico muito atento também ao que ele vê na internet porque eu acho que tudo tem seu tempo. É importante a criança ser criança e ter acesso a um conteúdo infantil, apenas. É importante a gente não pular etapas.
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