Conheça as estreias Rua Augusta, Borges e Rio heroes, séries nacionais que chegam à tevê por assinatura
Já é possível dizer que 2018 é um ótimo ano para o audiovisual brasileiro na televisão por assinatura. O ano mal começou e a lista de produções nacionais estreando em grandes canais não para. “É maravilhoso mais atores terem espaço em boas produções. Isso faz todo mundo progredir e se inspirar para fazer produções cada vez melhores”, analisa Fiorella Mattheis, que está no elenco de Rua Augusta. “É da quantidade que se extrai a qualidade. Estamos no caminho certo para criar uma indústria audiovisual mais forte, com cada vez maior comunicação com o público”, completa Pedro Morelli, diretor da série.
Ainda em fevereiro, a Fox lançou Rio heroes, que, baseada em uma história real, retrata um campeonato clandestino de luta livre. Neste mês chegam aos canais TNT e Comedy Central as também novatas: Rua Augusta, que narra a trajetória da stripper Mika e a relação com a famosa avenida de São Paulo que dá nome ao seriado, e Borges, uma comédia protagonizada pelo elenco do Porta dos Fundos sobre uma empresa falida. A seguir, saiba mais sobre cada uma das histórias criadas, produzidas e protagonizadas por brasileiros.
Três séries nacionais que estreiam na TV fechada
Rua Augusta
Aposta do canal TNT, Rua Augusta é a primeira série brasileira produzida pela emissora, que tem estreia marcada para 15 de março, às 22h30, e terá 12 episódios. A atração é protagonizada pela atriz Fiorella Mattheis, que dá vida à stripper Mika, que trabalha dançando toda noite na boate Love. “A série aborda um universo underground, cercado de sexo, drogas e violência. Mas o mais interessante é que mesmo os personagens mais brutos são movidos por amor. Esse contraste do sensível com o rock’n roll é o que dá o tempero de Rua Augusta”, explica o diretor Pedro Morelli.
A história começa quando Mika, após o fim do expediente, resolve estender a noite na balada Hell. Lá, ela acaba se envolvendo em uma confusão com Lucas (Rafael Dib), um homem obcecado por ela, e Dimas (Rui Ricardo), namorado da personagem e segurança da casa noturna. É a partir desse conflito que a série toma corpo.
“A Mika traz uma carga emocional muito forte por si só. Poucas coisas param essa mulher. Ela é forte, segura e determinada com o que acredita e quer. Ao longo da série ficará claro o conflito familiar dela com seu passado. Mostrará um pai cruel, falará sobre relação de incesto com irmão e uma mãe fraca”, adianta Fiorella em entrevista ao Correio.
A produção tem direção de Pedro Morelli e Fábio Mendonça e é inspirada na obra israelense Allenby St. “O primeiro episódio é muito parecido com o original. Mas ao longo do arco da temporada, fizemos muitas mudanças. Ter essa série como referência ajudou muito! Deu pra se inspirar nas coisas que funcionam nela, ao mesmo tempo que pudemos observar algumas coisas que não nos agradavam tanto e optar por outros caminhos, tanto narrativos quanto estéticos”, explica Morelli.
Borges
Depois das séries Portátil, Porta dos Fundos — Contrato vitalício e O grande Gonzalez, os integrantes do canal Porta dos Fundos estão de volta à tevê com um novo seriado. É a comédia Borges, que estreia em 13 de março, às 21h30, no Comedy Central.
A produção gira em torno da história de quatro personagens Erasmo (Antonio Tabet), Sônia (Karina Ramil), Pablo (Rafael Portugal) e Rosana (Thati Lopes), que, após firmarem uma sociedade na Borges importadora, descobrem que a empresa está falida e que o dono sumiu. Para pagar as dívidas e os processos trabalhistas, eles começam a fazer de tudo para conseguir dinheiro, só que não tem muito sucesso. Até que descobrem que, ao criar um canal de vídeos, podem finalmente ter a verba necessária.
Com episódios de apenas 30 minutos, a primeira temporada da produção contará com 10 episódios. Além disso, terá conteúdos exclusivos para o serviço on-demand do canal, o Comedy Central Play. Serão 10 cápsulas de três minutos contando o que aconteceu com o dono da empresa, o Borges, papel de Luis Lobianco.
Rio heroes
Lançada em fevereiro na Fox Premium, a série Rio heroes também é a primeira produção nacional da emissora. O seriado, que tem cinco episódios e já está disponível no serviço on-demand do canal, retrata um campeonato clandestino de luta livre abordando temas como família e competição.
A produção é encabeçada por Murilo Rosa, que interpreta Jorge Ferreira, um lutador faixa preta que acaba deixando a luta após ficar cego de um olho. No entanto, ao trabalhar nos Estados Unidos, ele é convidado para criar uma competição ilegal em Las Vegas. E assim o faz.
“É baseada numa história real, mas tem muita ficção também. Personagens que não foram reais… É uma série de nicho e é incrível como existem pessoas fãs de luta. A luta é um esporte como qualquer outro, com seus perigos, riscos e delícias”, comenta Luisa Micheletti, que dá vida a Mayara.
A personagem da atriz é a mulher de Basílio, papel de André Ramiro, um lutador que decide largar o esporte para constituir uma família. “Ele resolve sair por pressão dela. Mas conforme a série vai andando, ele volta a lutar e começa a mentir para ela. Ela também mente para ele. A história deles vai andando nessa direção e deve ser aprofundada na segunda temporada”, conta Luisa. Uma sequência da história está confirmada e as gravações devem ter início ainda neste ano.