A estreia da nova temporada de Grey’s Anatomy, na segunda-feira (13/11), às 21h no canal Sony, chama a atenção por um detalhe: o número que define a nova fase. O 14º ano da produção é um marco, colocando a série como um dos dramas mais longos no ar atualmente. Mas ela não está sozinha. Outras produções também lutam para se manter firmes na luta pela audiência: Os Simpsons, se posicionam no ar por 23 anos; Law & Order – SVU, está no meio da 19ª temporada; NCIS segue ao longo da 15ª temporada; Criminal Minds está no 13º ano, assim como a série Supernatural, seguida das produções The Big Bang Theory – no 11º ano – e Doctor Who, na sua primeira década de existência. Mas como uma série pode ficar tanto tempo no ar?
Uma forte base de fã é a primeira de tantas outras razões que mantêm essas produções. Saber criar histórias que captem a atenção do público é a base da longevidade das séries. Cliffhangers (aqueles ganchos entre um episódio e outro) frequentes, renovação de histórias — inclusive com morte de personagens, especialidade de Grey’s Anatomy – e a aposta em enredos que podem se renovar por muito tempo são algumas das formas de fazer uma série durar mais, pelo menos até não existir mais o que contar.
Estéfane Helen, 20 anos, representa os fãs da série Supernatural. A estudante, que acompanha a histórias dos irmãos Sam e Dean caçando monstros há 13 anos, conta que as novidades no enredo da produção é o que mais a atrai. “Acho que a série conseguiu, no geral, lidar muito bem com o roteiro para as novas temporadas ao inovar as histórias. Quando você acha que acabou e não tem mais o que contar, aparece mais uma temporada”, explica. O fandom (como são chamados os fãs de uma produção) também tem papel fundamental, segundo Estéfane. A jovem defende: “Acho que a série encontrou uma base de fãs única que mantém a empolgação pra continuar a série. Acredito que, como um todo, a série continua mantendo o ritmo”.
Problemas
Ficar no ar vários anos impressiona, mas também traz problemas e traz desgaste ao elenco das séries. Produtores, roteiristas e showrunners raramente mantêm os postos nos mesmos trabalhos por muito tempo (como aconteceu com a saída de Shonda Rhimes de Grey’s Anatomy em agosto), e até mesmo lidar com as estrelas que protagonizam as produções pode ser um problema para a série.
Já externamente, o desafio é muito maior, pois o principal juiz é o público. Demonstrar cansaço, deixar de captar a atenção, ou promover qualquer enredo que desagrade parte do público é uma sentença de morte, pelo menos é o que defende Estéfane. “O lado negativo (das produções longas) é que uma hora eles se perdem na história e passa aquela sensação de que estão querendo encher linguiça, sabe? Acaba ficando massivo o que gera uma falta de empolgação pra continuar”, sustenta.
Capítulo 300
A exibição da 14ª temporada da série Grey’s Anatomy começa amanhã no Brasil, mas nos Estados Unidos está no ar desde a semana passada, quando atingiu a marca histórica do 300º episódio. Para celebrar, um episódio especial foi exibido com referências a vários personagens originais (atualmente a série só tem quatro deles: Ellen Pompeo, Justin Chambers, Chandra Wilson e Jim Pickens Jr.). “Nós queríamos achar um jeito de celebrar o elenco original, mas não tínhamos esses atores para trabalhar com a gente, então criamos e trouxemos de volta pacientes que lembravam eles para que os fãs pudessem ter essa conversa, que eles tanto procuram, com a série”, contou a nova showrunner da série, Krista Vernoff.
Recorde
Queridinhos da América, Os Simpsons marcaram o recorde de longevidade das produções norte-americanas, com 23 anos de exibição. Gunsmoke e Law & Order também se destacam, com 20 temporadas cada. A primeira marcou uma geração, ficando no ar de 1955 a 1975, já a segunda caçou criminosos de 1990 a 2010 (dando uma verdadeira ninhada de spin-offs que perduram até hoje). Law & Order – SVU segue junto a Lassie, sendo produções que conseguiram alcançar 19 temporadas, seguidas por Death Valley Day, com 18 anos.
Audiência
Entre as séries mais experientes, The Big Bang Theory se destaca no quesito audiência. Sendo a maior arrecadação de telespectador do canal CBS, o grupo de nerds mantém média de 2,7 milhões de telespectadores. Grey’s Anatomy conseguiu 1.8 milhão, NCIS se posiciona com 1,2 milhão, e Supernatural alcançou 600 mil pessoas. Os números são do portal Show buzz daily e Sérimaíacos. A data de análise foi entre 29 de outubro e 3 de novembro.
* Estagiário sob a supervisão de Vinicius Nader
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