A série Vale dos esquecidos estreia na HBO Max como a primeira produção brasileira de suspense na plataforma
Com a grande difusão do streaming, foi-se aumentando as oportunidades para produções de diversos países. O Brasil se aproveitou bem disso. Com muito público e atores qualificados se espalhando pelas produções das mais distintas plataformas, as possibilidades aumentaram muito. Agora, é a vez de o suspense brasileiro estrear na HBO Max. A série Vale dos esquecidos vai ao ar neste domingo (25/9) no serviço com uma história que mistura tensão e absurdo.
A série é dirigida por Fábio Mendonça e conta a história de um grupo de jovens que se perde em uma floresta misteriosa e busca refúgio em um local chamado Vila Sereno — uma pequena cidade de moradores estranhos e que guarda uma assombração maior do que eles imaginam. Lá o tempo parou, é possível entrar, mas não há a possibilidade de sair.
Protagonista da série, Caroline Abras afirma que foi um trabalho intenso encontrar um tom para a série que daria o caráter de primeiro suspense da HBO Max. “Esse clima de suspensão, vacilante e no ar já é algo interessante e inovador por si só”, pontua a artista, em entrevista ao Correio. “A gente traz de novo o elemento gênero, exploramos muito pouco na produção nacional o gênero suspense. Temos boas produções de terror, mas o suspense meio fantástico e místico acho que não temos tanto”, analisa.
Daniel Rocha, que também tem papel importante na trama, comemora o local de estranheza que a série alcançou sem parecer forçado. “Nós conseguimos trazer uma naturalidade para tudo isso na série. Nenhum momento soa muito absurdo. Coisas bizarras acontecem, mas a série traz uma atmosfera que faz o espectador comprar a ideia. Falamos do oculto, do sobrenatural e de coisas muito loucas”, explica. E aproveita para comemorar a participação em um seriado que julga tão interessante para o desenvolvimento profissional próprio. “Eu pude explorar certas coisas pela primeira vez nesse projeto. Qual produção me daria a oportunidade de rir e chorar ao mesmo tempo?”, adiciona.
Os atores acreditam que é um trabalho muito novo, não só pelo gênero, mas pela abordagem e construção de personagens. “São personagens que não são uma coisa só. Eles são contraditórios e não levam os estereótipos clássicos. Eles são estranhos, têm defeitos, são pessoas defeituosas, como nós somos na vida. Nós temos várias camadas, defeitos e qualidades”, diz Daniel, que é complementado por Caroline. “A gente teve que construir cada núcleo e cada personagem para que vibrassem de formas diferentes. Havia um medo de ficar tudo na mesma frequência e a série perder o colorido que ela tem”, diz a atriz. “Foi um aprendizado coletivo, no set, sobre suspense.”