Vale a pena assistir à série Perdidos no espaço, da Netflix?

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Depois de algumas produções de ficção científica com falhas, Netflix acerta com o remake de Perdidos no espaço. Primeira temporada está disponível na plataforma

Perdidos no espaço é uma série clássica dos anos 1960. A produção fez tanto sucesso que, anos depois, ganhou uma versão cinematográfica lançada em 1998. Agora 53 anos depois do lançamento da saga, a Netflix lança um seriado remake da franquia. O Próximo Capítulo teve acesso aos cinco primeiros episódios da primeira temporada, que estará disponível a partir desta sexta-feira (13/4) no serviço, e te conta se vale a pena começar a assistir a versão da Netflix.

Como nas produções anteriores, a série acompanha a família Robinson — formada por John (Toby Stephens) e Maureen (Molly Parker), os patriarcas; Judy (Taylor Russell), Penny (Mina Sundwall) e Will (Maxwell Jenkins), os filhos –, mas com algumas mudanças que se atualizam com o mundo atual. A versão do remake traz um clã mais diverso e sem o ar de perfeição, o que é ótimo, pois cria empatia e bons enredos para serem desenvolvidos por cada um dos personagens.

Remake de Perdidos no espaço

Assim como também no clássico, a série começa mostrando os Robinsons indo para outro planeta, só que ao lado de mais 23 grupos de colonos. O objetivo é colonizar um novo mundo, que pode ser uma opção de habitação além da Terra, onde está acontecendo uma série de problemas políticos e ambientais. Porém, antes mesmo de chegar ao novo planeta, uma perturbação atmosférica causa um acidente e a nave Júpiter 2 faz uma aterrissagem forçada em um lugar com muitas geleiras. A nave acaba ficando debaixo d’água e a família não consegue contato com a Resolute, uma espécie de nave-mãe a que todas as Júpiters respondem.

Família Robinson. Crédito: Netflix/Divulgação

A partir daí, começam os problemas dos Robinsons. E também a oportunidade do remake se diferenciar do clássico tomando outras decisões narrativas, que são bem interessantes, como o conflito entre John e Maureen, que estão longe de ter um casamento perfeito, e o primeiro drama da família, que é salvar Judy que fica presa na nave após a água ser congelada. Mas tudo isso sem desonrar o clássico.

Diferentemente do que aconteceu com outras ficções científicas originais da Netflix, a plataforma de streaming acertou em cheio com Perdidos no espaço. Primeiramente, ao optar por modernizar a história, o que aproxima o seriado de um novo público. Depois, ao apostar no visual, que não perde para nenhuma grande produção, além de um roteiro interessante e instigante e de personagens muito bem desenvolvidas.

Para quem está habituado com as outras versões, há algumas novidades. A maior delas é ligada ao Dr. Smith, que, no remake se tornou Dra. Smith e é vivida pela atriz Parker Posey. Uma vilã, que a série não entrega logo de cara a motivação da vilania. Também há uma diferença na questão da liderança. No remake é Maureen que assume o poder das decisões dos Robinsons. E, como a plataforma fez com a versão de Star Trek: Discovery, a força feminina é um ponto alto de Perdidos no espaço.

A vilã do remake é a Dra. Smith. Crédito: Netflix/Divulgação

Aos mais nostálgicos, também há semelhanças. A principal delas é o fato de Will encontrar o misterioso robô, que segue seu comando e continua a usar o bordão “Perigo, Will Robinson”. Esse, inclusive, é um dos enredos mais importantes de toda a saga de Perdidos no espaço. E, claro, não ficou de fora do remake.

Os cinco primeiros episódios apresentam uma narrativa bem interessante, conduzem a história para um bom caminho e já tornam Perdidos no espaço na melhor ficção científica produzida pela Netflix.

Assista ao trailer de Perdidos no espaço

Adriana Izel

Jornalista, mas antes de qualquer coisa viciada em séries. Ama Friends, mas se identifica mais com How I met your mother. Nunca superou o final de Lost. E tem Game of thrones como a série preferida de todos os tempos.

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