amélio Crédito: Prime Box Brazil/Divulgação

Série Amélio, o homem de verdade tece críticas sociais pelo humor

Publicado em Séries

Produção escrita por Luis Antônio Pereira, tem os relacionamentos como mote. Saiba mais sobre Amélio, o homem de verdade

Exibida às segundas às 20h30 no canal Prime Box Brazil, a série brasileira Amélio, o homem de verdade retrata a vida complicada de um casal: Amélio (Thierry Figueira) e Fabi (Natallia Rodrigues) que, acabam se casando, mesmo tendo um relacionamento nada sólido. “Comecei a estudar muito o casamento, os casais, as brigas mesmo depois do matrimônio e até em lua de mel. Achava aquilo tudo muito vazio. Comecei a ver que era um certo tipo de classe social que queria ostentar um modo de vida, uma aparência. Entrei em estudos, conversei com pessoas. Isso foi a base de tudo”, explica o diretor e roteirista Luis Antônio Pereira.

Em 13 episódios, a série acompanha os dramas desse casal que perpassam pelos internos e também de terceiros, que costumam se envolver, como a sogra de Amélio, Norberta (Carla Marins); a vizinha bisbilhoteira Adamantina (Sandra Pêra) e a amiga de Fabi, Marcella (Natalia Curvelo). “No caso de Amélio e Fabi, a relação é muito sustentada por tesão, detalhes, carinhos e coisas que um vê no outro e acha interessante, mas são muito rasas. É uma crítica social de certos padrões que vejo e não me identifico. Mas uma crítica pela comédia, fazendo graça disso”, completa Pereira.

Crédito: Prime Box Brazil/Divulgação

Para Thierry, Amélio, que só tem em comum com ele o time (ambos torcem para o Botafogo), é uma quebra de padrões. O personagem desconstrói estereótipos, por exemplo, relacionados ao machismo e a saúde mental pelo diagnóstico de esquizofrenia. “A série tenta abordar um pouco isso para esclarecer na cabeça das pessoas. O importante é a gente ser feliz. Cada um tem o direito de ser o que bem entende, da forma e maneira que agrada cada um”, define.

O mesmo vale para Fabi, uma mulher com transtorno de bipolaridade e extremamente possessiva. “Sou formada em psicologia e artes cênicas, então esse entendimento eu já tinha como base de estudo. Levar o humor pra algo tão difícil é uma linha bem tênue. Criei um ciúme pra ela com toques engraçados nos gestos para amenizar. O debate é feito com humor, mas o assunto é sério. Tratamos sobre relações abusivas”, avalia Natallia Rodrigues.