“O hipnotizador é uma série muito bonita”, diz o ator Fernando Alves Pinto

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Ator que vive o Morton em O hipnotizador defende produções mais rápidas e exalta parceria entre três países na série da HBO.

Os fãs de mistério e magia que fizeram da primeira temporada de O hipnotizador um sucesso podem comemorar: a HBO já está exibindo a segunda leva de episódios do drama recheado de efeitos visuais. A sequência da coprodução entre Brasil, Uruguai e Argentina tem oito episódios, de cerca de uma hora cada um, apresentados sempre às 22h.

No início da nova trama, o protagonista Natalio Arenas (Leonardo Sbaraglia) está num dilema: ele se muda para uma ilha onde é desconhecido para deixar de ser hipnotizador, mas o passado dele sempre vem à tona e faz com que a profissão seja retomada.

O Brasil é representado na série pela presença dos atores Mayana Neiva e Fernando Alves Pinto no elenco. “Não conhecia a série antes de ser convidado para fazer o Morton, mas adorei a primeira temporada. Agora, tem uma diferença grande no roteiro, que é o fato de ele ter sido escrito para ter os oito episódios da temporada. A primeira era baseada na HQ do Pablo de Santis e estava mais presa a isso. E a produção dessa temporada é mais bem cuidada, é realmente muito bonita”, afirma Fernando Alves Pinto, que, aos risos, confessa: “Não tenho muita maturidade para seriados. Começo a assistir e só paro no último episódio, vou direto”.

Morton, o personagem de Fernando em O hipnotizador, é um pianista cego que busca a ajuda de Arenas. Viver um homem que não enxerga foi um desafio grande para o ator. “Eu não enxergava nada por causa das lentes. Falo espanhol desde menino, mas não é minha língua nativa. Então, era como se eu estivesse cego e surdo. Como são três diretores, às vezes, eu tinha dificuldade até em identificar com quem eu estava falando”, conta Fernando. Mais ligado ao cinema do que à tevê, Fernando diz ter aprovado a experiência de ter sido comandado por três diretores e que “adoraria fazer um longa assim.”

Atuar com as lentes de contato que o impediam de enxergar fizeram com que Fernando Alves Pinto desse ainda mais importância ao sentido da visão. “A gente não se dá conta de como a visão periférica é importante no nosso dia a dia. Ela é vital, na verdade. Impede acidentes e muitas outras coisas. Ao tocar piano, por exemplo. Mesmo olhando para a partitura, conseguimos ver as teclas”, comenta. Nos sets, Fernando estava ou com as lentes ou vendado e sempre contava com a ajuda de colegas para que não batesse a cabeça ou tropeçasse.

Por ser uma coprodução entre os três países, O hipnotizador acabou aproximando Fernando da cultura latino-americana: “A gente sabe mais sobre o que acontece na cultura norte-americana e europeia do que na que está aqui do nosso lado. A troca cultural que a série trouxe é muito interessante para mim e para o público.”

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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