Romeu e Julieta à brasileira, Pedra sobre pedra chega ao Globoplay

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Sucesso da década de 1990, Pedra sobre pedra trazia a história de amores proibidos. Novela entra nesta segunda-feira (18/7) para o catálogo de novelas do Globoplay

A cidade fictícia de Resplendor, na paradisíaca Chapada Diamantina, é palco para amores impossíveis e proibidos. São eles que movem Pedra sobre pedra, novela de Aguinaldo Silva que estreia nesta segunda-feira (18/7) no catálogo do Globoplay. O folhetim escrito em 1992 foi reapresentado três anos depois no Vale a pena ver de novo e, em 2015, no Viva.

A ação de Pedra sobre pedra começa 25 anos antes da atualidade, quando as famílias Pontes e Batista disputavam o poder em Resplendor. Murilo Pontes (Nelson Baskerville) está pronto para se casar com Pilar Farias (Cláudia Scher), mas Jerônimo Batista (Felipe Camargo) era apaixonado por ela. No dia do casamento, Pilar desconfia que a melhor amiga dela, Eliane, está grávida de Murilo e acaba dizendo “não” no altar. Para se vingar, Pilar se casa com Jerônimo e se torna uma Batista.

Vinte e cinco anos se passam, Murilo Pontes e Pilar Batista passam a ser vividos por Lima Duarte e Renata Sorrah. Ele, casado com Hilda (Eva Wilma, em costumaz sensível composição) e pai de Leonardo (Maurício Mattar), volta a Resplendor depois de um tempo em Brasília fazendo política. Pilar, viúva, é mãe de Marina (Adriana Esteves). Tudo entre eles parece enterrado até que o destino os prega uma peça e Leonardo e Marina se apaixonam. Por causa do ódio nutrido entre Murilo e Pilar, os jovens tinham que namorar escondidos.

Curiosamente, não foi o par romântico Leonardo e Marina que cativou o público, mas, sim, o casal Pilar e Murilo, que viu o amor brotar novamente ao se reencontrar tanto tempo depois. Renata e, especialmente, Lima Duarte estiveram muito bem nos papéis. Assim como esteve bem Armando Bógus. Na última novela da vida, Armando brilhou como o vilão Cândido Alegria, capaz de qualquer coisa por poder. A novela faz parte da fase de realismo fantástico do autor Aguinaldo Silva, e Cândido acaba virando estátua de pedra numa bela cena.

O realismo também marca presença nos personagens do fotógrafo Jorge Tadeu, talvez o melhor momento de Fábio Jr. em novelas, e de Sérgio Cabeleira, em atuação inspiradíssima de Osmar Prado. Jorge Tadeu era um fotógrafo que, depois de morto, voltava para enlouquecer as mulheres — de preferência as casadas, e as deixava com um lírio. Sérgio Cabeleira é um homem que sente uma atração misteriosa pela lua e que culmina num desfecho sensível que até hoje faz parte do rol de cenas inesquecíveis da televisão.

Pedra sobre pedra ainda tinha um importante núcleo cigano, liderado por Yago (Humberto Martins, alçado a símbolo sexual) e pela irmã dele, Vida (Luiza Thomé).

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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