Rodrigo Moraes não perde uma oportunidade de aprender na televisão, seja como o vilão Naás, da série Reis, seja como peão em A fazenda
Viver Naás, o rei de Amon na série Reis, tem sido um aprendizado para o ator Rodrigo Moraes. E não só no sentido de ele ter tido aulas de habilidades específicas, mas o personagem, um vilão, o desafia a passear por caminhos novos na profissão.
“Naás é um homem sagaz, destemido, determinado, habilidoso, viril e muito focado nos seus objetivos como rei”, define Rodrigo, em entrevista ao Próximo Capítulo. O ator classifica a experiência de dar vida a esse vilão como “incrível” e “uma delícia” por ser um personagem completamente distante do universo dele. “Criar uma persona a partir dos meus pensamentos é uma sensação surreal e prazerosa ao mesmo tempo”, comemora.
Os aprendizados de Reis também vieram da forma clássica para Rodrigo Moraes. Ele aprendeu a manusear espadas, adagas, arco e flecha, machado e lança, a montar e andar a cavalo e a lutar mano a mano.
Naás é um dos principais personagens da temporada de Reis intitulada Ingratidão. “A ingratidão a que se refere o subtítulo está totalmente ligada à postura ingrata do povo hebreu com o seu deus. Naás é uma das peças importantes nesse tabuleiro de situações que levam o povo hebreu a adotar essa postura”, explica.
Fora das ficção, Rodrigo comemora o fato de um ator negro ter sido escalado para esse papel. “Ter um ator negro neste papel de rei, bem como um núcleo de homens pretos compondo o seu exército, só fortalece a representatividade que lutamos tanto para ver com mais frequência e naturalidade em todos os cenários, não só no âmbito artístico, mas na sociedade como um todo”, afirma.
Se você tem a impressão de conhecer Rodrigo Moraes de um programa que não seja novela é porque o ator foi um dos peões de A fazenda 12, do qual garante não ter se arrependido de participar. Pelo contrário, até do reality show ele tirou algum aprendizado.
“Participar de A fazenda 12, traz, sim, alguns rótulos como o de celebridade. Porém, como foi um passo sonhado, planejado e executado para a minha carreira artística, não vejo problema algum em acrescentar esse rótulo ao fato de ser um ator. Tenho plena consciência do meu lugar e de quem sou como artista. Para mim, o termo celebridade remete a algo instantâneo, algo de momento… já o meu ofício de atuar está totalmente ligado a carreira, construção, algo sólido e permanente. De tudo aquilo que vivemos (se quisermos) tiramos um aprendizado. Em A fazenda 12 aprendi a identificar o caráter humano nas suas mais diversas manifestações”, comenta o ator.