Retrospectiva 2020: Dez séries e minisséries que se destacaram no ano

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A lista é composta, em sua maioria, por adaptações de obras literárias e tramas inspiradas em narrativas reais

Com boa parte do mundo em isolamento social por causa da pandemia de covid-19, a televisão e o streaming foram os aliados da quarentena. E os catálogos não deixaram a desejar. Pelo contrário, o espectador pôde assistir à estreia de novas produções de qualidade — a maioria delas inspirada em histórias reais ou contadas em livros. Além disso, o ano ficou marcado pelo retorno de atrações já conhecidas com temporadas ainda mais impactantes. No último dia de 2020, relembre 10 séries e minisséries que movimentaram o ano de 2020.

Minisséries

O gambito da rainha

Crédito: PHIL BRAY/NETFLIX © 2020

Última a estrear entre as minisséries de 2020, O gambito da rainha foi a grande surpresa do ano, se tornando a produção limitada mais assistida da história da Netflix. Em um mês, foram mais de 62 milhões de assinantes maratonando a trama. Com sete episódios, a narrativa acompanha a história de Beth Harmon (Anya Taylor-Joy), uma jovem órfã que aprende a jogar xadrez em uma orfanato em Kentuchky e se transforma, depois, em uma exímia enxadrista. Escrita e dirigida por Scott Frank com base no livro homônimo de Walter Tevis de 1983.

Nada ortodoxa

Crédito: Netflix/Divulgação. Nada ortodoxa

Essa é outra produção limitada da Netflix que chamou a atenção. Com roteiro de Anna Winger e Alexa Karolinski, Nada ortodoxa se inspira na biografia de Deborah Feldman, Unorthodox: The scandalous rejection of my hasidic roots, para contar a história da jovem judia Esther (Shira Haas), que está presa num casamento arranjado e nas tradições judaicas. A minissérie chegou a garantir três indicações ao Emmy de 2020, nas categorias de minissérie, atriz (Shira Haas) e melhor direção (maria Scharader), essa última conquistada na premiação.

Lovecraft Country

2020. Crédito: HBO/Divulgação. Cultura. Cenas das série Lovecraft Country.

Quase como para ocupar o espaço deixado por Watchmen, a HBO lançou Lovecraft Country. Também baseada no livro homônimo de Matt Ruff, a minissérie de Jordan Peele e J.J. Abrams se destacou ao ser lançada em meio a um ano em que as questões raciais foram um tema bastante discutido nos Estados Unidos e no mundo. Na narrativa de 10 episódios, uma mistura de ficção científica, horror e negritude a partir da história de Atticus (Jonathan Majors), um veterano de guerra que inicia uma viagem pela América em busca do pai. A história se passa no contexto da segregação racial norte-americana.

Normal people

Crédito: Reprodução/imdb (em imdb.com) – Normal people

Da BBC britânica, a minissérie traz a história do casal de amigos Marianne (Daisy Edgar-Jones) e Connell (Paul Mescal) desde a adolescência até a vida adulta, e como eles foram transformando a amizade em amor e vice-versa. A narrativa foi contada pela primeira vez no livro homônimo de Sally Rooney. No Brasil, a produção chegou um tempo depois com disponibilização pelo streaming Starzplay. O sucesso de Normal people garantiu quatro indicações ao Emmy, entre elas para o ator Paul Mescal.

Little fires everywhere

Crédito: Erin Simkin/Hulu

Dois nomes de peso do mundo das séries e dos filmes se juntaram em Little fires everywhere, outra adaptação de romance homônimo, dessa vez da autora Celeste Ng. A atração, que chegou ao Brasil pela Amazon Prime Vídeo (apesar de ser um original Hulu), acompanha a história de duas mulheres: a jornalista “riquinha” Elena Richardson (Reese Witherspoon) e a artista anárquica e misteriosa Mia Warren (Kerry Washington), que têm as trajetórias entrelaçadas por consequências da vida.

Séries

The Mandalorian

Crédito: Disney/Divulgação

O segundo ano da série do universo de Star Wars, que estreou em 2020, foi o responsável pela popularização da trama protagonizada por Pedro Pascal com criação de Jon Favreau. A cada episódio a produção era ainda mais elogiada em grande parte por fazer jus à saga de George Lucas por meio da narrativa do mandaloriano que viaja territórios esquecidos como caçador de recompensas. A chegada do Disney+ na América Latina também impulsionou a série, ao menos entre o público brasileiro. Vale lembrar ainda que The Mandalorian esteve entre as mais indicadas ao Emmy de 2020. O terceiro ano está confirmado para 2021.

Dark

Crédito: Netflix/Divulgação. Cena da terceira temporada de Dark da Netflix.

Primeiro hit alemão da Netflix, Dark chegou ao fim em 2020 após três temporadas. A terceira e derradeira sequência teve oito episódios e explicou os mistérios traçados ao longo das temporadas anteriores que envolviam viagem no tempo e universos paralelos. De Baran bo Odar e Jantje Friese, o seriado conquistou uma legião de fãs e, em geral, agradou o público com a conclusão que remeteu a uma narrativa de amor.

I may destroy you

Crédito: HBO/Divulgação. Cena de I may destroy you

Uma experiência real de estupro vivida pela atriz Michael Coel inspirou I may destroy you, que estreou na HBO. Criadora e protagonista da trama, a artista interpreta Anabella, uma escritora que sofre um abuso sexual e precisa enfrentar tudo que envolve o fato, desde ter que se lembrar da noite em que foi estuprada para a denúncia até ter que voltar a “normalidade” em meio à experiência.

The crown

2020. Crédito: Des Willie/Netflix. Cultura. Cena da quarta temporada da série The Crown.

Este ano também foi das mulheres da realeza. A Netflix divulgou a quarta temporada de The crown, que traz a aguardada chegada da princesa Diana, interpretada por Emma Corrin, à família real. Por se tratar de uma sequência de episódios que narra um período bastante noticioso da vida da monarquia britânica, a série ficou nos holofotes. Já não bastasse isso, a produção contou com as belas atuações de Emma, Olivia Colman (rainha Elizabeth II) e Gillian Anderson (Margareth Thatcher).

The Boys

2020. Crédito: Jasper Savage/Amazon Studios. Cultura. Cena da segunda temporada da série The Boys da Amazon Prime Vídeo.

Esse foi o ano da consolidação de The Boys, da Amazon Prime Vídeo. Na segunda temporada, a série foi ainda mais sarcástica e teve o diferencial de discutir a intolerância, assunto cada vez mais atual. Mesmo que tenha tido alguns altos e baixos ao longo da temporada, acabou entregando ao final uma temporada coesa. A terceira temporada está confirmada.

Adriana Izel

Jornalista, mas antes de qualquer coisa viciada em séries. Ama Friends, mas se identifica mais com How I met your mother. Nunca superou o final de Lost. E tem Game of thrones como a série preferida de todos os tempos.

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