Depois de viver um vilão em Jezabel, Rafael Sardão interpreta mocinho em Amor sem igual, novela da Record
Desde dezembro do ano passado, o ator Rafael Sardão interpreta o protagonista da novela Amor sem igual, da Record. O convite para dar vida ao mocinho Miguel veio logo após Sardão interpretar um vilão, o general Hannibal em Jezabel. “É delicioso poder dar esses saltos de tipos de personagens diferentes em tão pouco tempo. Só posso agradecer à direção pela confiança”, afirma em entrevista ao Próximo Capítulo.
Para construir essa nova personalidade, Rafael se dedicou bastante ao texto antes mesmo do início das gravações da novela, além disso buscou referências em filmes. “Tenho muitas coisas em comum com o Miguel, talvez seja o personagem que mais me identifico, sobretudo pela calma que ele tem frente a vida. Eu sou uma pessoa calma”, explica.
O grande enredo do personagem é a paixão por Poderosa (Day Mesquita), uma garota de programa. A história de amor dos protagonistas serve para discutir temas importantes na sociedade, o que o ator enxerga como essencial para o folhetim. “Hoje se faz mais que necessário falarmos de respeito ao próximo, de preconceitos, de empatia, temas que circundam a história de Miguel e Poderosa. Que bom que podemos falar disso e de forma leve para que toda a família brasileira possa refletir também, para além do puro entretenimento, há também mensagens boas sendo passadas”, analisa.
O envolvimento de Rafael Sardão com a carreira artística começou na adolescência. Quando tinha 16 anos, ele já ouvia de amigos e familiares de que deveria ir para a televisão. “Então busquei cursos de teatro para conhecer o ofício do ator. Me apaixonei de primeira. Desde lá, já se passaram mais de 20 anos e essa certeza de que eu estava no caminho certo nunca me abandonou, mesmo nos momentos mais difíceis”, completa.
Entrevista // Rafael Sardão
Como surgiu a oportunidade de viver o protagonista de Amor sem igual?
Através de teste. Eu tinha acabado de viver o general Hannibal, em Jezabel, um cara do mal, assassino. E rolou o convite para o teste do Miguel, que é o oposto disso. Pra mim é delicioso poder dar esses saltos de tipos de personagens diferentes, em tão pouco tempo. Eu só posso agradecer à direção pela confiança.
Como você se preparou para viver o Miguel?
Minha preparação para o Miguel foi muito a partir do texto. Tive tempo para ler os 30 primeiros capítulos antes de começar a gravar, isso me embasou bastante para já entrar com uma ideia bem concebida do Miguel. Fora as referências e filmografia que nossa direção passou para gente. O Miguel veio muito pelo ótimo texto da Cris.
Como tem sido viver um mocinho depois do vilão Haniball?
Sempre busquei variar em personagens de todos os tipos, sempre quis evitar ser um ator de um tipo só de personagem, então, ter a confiança da Record para ocupar tão diferentes papéis, como Hannibal e Miguel, me dá uma satisfação imensa, de ter alcançado o que sempre almejei.
Além da novela, você tem outros projetos?
Sim. Meu principal projeto hoje, fora da Record é o lançamento do meu primeiro livro de conto. Quero viajar o Brasil vendendo meu livro.
Você se firmou na Record, principalmente, em produções bíblicas. Como tem sido para você essa experiência no gênero?
Adoro participar das histórias bíblicas, para o ator é um prato cheio para compor personagens diferentes numa circunstância muito distante da nossa realidade atual. É sempre um desafio.
Você tem experiência também no teatro e no cinema. Como é para você essa transição entre os formatos?
Hoje consigo entender melhor as diferenças entre teatro e audiovisual. Mas acho que eles se complementam. Um ator que não passa pelo teatro, na minha opinião, acaba tendo menos recursos para trabalhar na tevê e no cinema.