O basquete é um dos panos de fundo da novela Bom Sucesso, exibida às 19h na Globo. Isso acaba deixando o ator Rafael Oliveira, que vive o misterioso bartender Jeremias, um pouco mais à vontade. Afinal, antes de ser ator, ele era jogador de basquete.
Mesmo que o personagem não tenha ligação com o núcleo dos esportistas, Rafael está sempre em contato com o basquete. “São profissões (a de jogador e a de ator) que, por incrível que pareça, têm muitas semelhanças! Similares na dedicação, na necessidade de estudo constante e por acreditar em si acima de tudo e de todos. O processo de ensaio é o mesmo que um treino, repetir até ficar bom! Não foi difícil, na verdade hoje eu acho que sempre fui ator, só não sabia”, afirma Rafael, em entrevista ao Próximo Capítulo.
O Jeremias é um bartender. Você também se arrisca na coquetelaria?
Tenho tentado aprender com alguns amigos que são incríveis na coquetelaria, comprei uma parte do equipamento já.
Parece que Jeremias tem algo de secreto, um segredo talvez. O que você sabe sobre isso?
Infelizmente não sei nada ainda (risos).
A novela tem um núcleo que joga basquete. Não deu saudades da quadra ao entrar nos sets?
Sim! Mas essas saudades são eternas, vou diminuindo ela aos poucos nas quadras da Lagoa Rodrigo de Freitas.
Você chega a dar dicas para os colegas que vivem jogadores na novela?
Cheguei a me oferecer no início do processo, mas a Globo construiu um time de estudo incrível desde o início. Eles estão ótimos.
Como foi sua passagem de atleta para ator?
São profissões que, por incrível que pareça, têm muitas semelhanças! Similares na dedicação, na necessidade de estudo constante e por acreditar em si acima de tudo e de todos. O processo de ensaio é o mesmo que um treino, repetir até ficar bom! Não foi difícil, na verdade hoje eu acho que sempre fui ator, só não sabia. (risos)
O que une as duas carreiras? Você leva aprendizado das quadras para as telas?
Muitos! Na quadra você tem que aprender a jogar em time, esquecer do próprio ego, se dedicar, ouvir, observar, coisas que são cruciais na atuação. Uma peça é um quadro pintado com várias mãos, figurino, iluminação, cenografia… cabe ao ator, como ao jogador, interagir com tudo isso da melhor forma, como também cabe ao ator esquecer do próprio ego e dar espaço ao personagem para contar uma história que não é sua.
Antes de estrear em novelas, você fez muito humor na tevê e nos palcos. Sente falta de um ar engraçado no Jeremias?
Sempre que possível eu dou esse tom pra ele. Jeremias teve algumas cenas engraçadas no início, tropeços e alguns constrangimentos.
Você participou de um filme produzido pelo Antonio Fagundes, que é um dos protagonistas de Bom Sucesso. Como é a parceria de vocês?
Na novela não interagimos. Mas fiquei muito feliz de ir cumprimentá-lo em um evento da novela e ele lembrar do personagem do filme. Fiquei bobo por alguns dias (risos).
Além de ator, você escreve roteiros. Tem novidade vindo por aí?
Sim! No nosso mercado um ator precisa ter projetos próprios, dentro e fora da arte, tenho uma festa chamada Bagunça do Buchecha, que já gerou um belo burburinho agora no meio do ano aqui no Rio, onde pretendemos resgatar o clima dos bailes funks dos anos 1990 com o ícone Buchecha e o projeto vai dar muito o que falar em 2020, pretendemos rodar o Brasil. Além disso, tenho roteiros que estão sendo trabalhados para saírem do papel, tenho conversado com amigos produtores e as coisas estão andando bem, em breve terei grandes novidades.
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