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Quatro casais tiram a roupa na Mata Atlântica no reality Se sobreviver, case

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Reality Se sobreviver, case leva questões como respeito à natureza e autoconhecimento à tela do Multishow. Conheça os quatro casais que toparam a aventura!

Imagine se para realizar o sonho de se casar você tivesse que passar quatro semanas com seu namorado ou namorada na Mata Atlântica sem roupa e com poucos instrumentos de sobrevivência. Como se fosse um estágio probatório para o juntar as escovas de dentes. Essa é a proposta de Se sobreviver, case, reality que o Multishow estreia nesta segunda (27/7), às 22h30.

Durante quatro semanas, o público vai acompanhar, de segunda a sexta, o desenrolar dessa aventura com quatro casais: Layra e Viviana (Bauru, SP), Paula e Renato (São Paulo, SP), Sayuri (Santo André, SP) e Wender (São João Del Rey, MG) e Vitória (Rio de Janeiro, RJ) e Stéfano (São Paulo, SP). Assim que chegam à Mata Atlântica, os casais de despem e ficam nus — que é como ficarão até o fim do reality. A ideia é sobreviver ali 20 dias, apenas com um kit dado pela produção e com o que eles conseguirem pegar na natureza, como frutas e animais. No fim do programa, nada de premiação em dinheiro: a vitória significa apenas que eles estão prontos para subir ao altar.

Um dos desafios dos casais de Se sobreviver, case é o escambo. A qualquer momento, eles podem receber o aviso de que um deles deve ir ao acampamento de outro casal trocar itens da caixa de sobrevivência. O preço é parte da negociação e pode incluir dormir no acampamento vizinho ou ajudar nas tarefas domésticas. Dessa forma, a porta para conflitos por pequenas coisas e reflexões sobre fidelidade está aberta.

A estudante Vitória, 25 anos, e o modelo e comerciante Stefano, 29 anos, vivem um relacionamento à distância há um ano e 9 meses. O namoro deles é aberto, o que pode gerar alguns conflitos no jogo.

Ao Próximo Capítulo, Stefano conta que aprendeu na jornada que “é essencial o apoio de pessoas e materiais adequados para alcançar meus objetivos” e que “você começa a ver tudo a sua volta como uma possível utilidade prática para sua sobrevivência”. O rapaz ainda adianta que “ficamos suscetíveis a diversos ferimentos e em meio a um frio absurdo. Teve um dia que caiu uma baita tempestade com muito vento e chuva. A temperatura abaixou muito e tivemos que ficar durante muitas horas na mesma posição para manter o fogo aceso”.

Namorada dele, Vitória conta que se inscreveu no programa para “estar frente das seguintes questões: o que é necessidade, e o que é superficial? Do que eu realmente preciso para sobreviver? O quanto eu aguento?”. A jovem ainda ressalta que tem uma relação natural com a nudez. “Eu tento encarar a nudez de um jeito leve. Não que eu já tenha ido a uma praia de nudismo, mas sim, me disponho a me ver nua com mais frequência (e não somente quando vou tomar banho). A intenção inicial era mais por uma tentativa de me libertar de certos preconceitos impostos pela sociedade, e procurar me aceitar tal como sou”, comenta.

Os casais

 

Participantes do reality show Se sobreviver, case
Multishow/Divulgação

 

A técnica de enfermagem Layra e a enfermeira Viviana moram em Bauru, São Paulo, e namoram há dois anos e oito meses. As duas contam que gostam muito de proteger uma a outra e que são unidas. O contato com a natureza não deverá ser um problemas para elas, já que Viviana é vegetariana e Layra, vegana. Chama a atenção a diferença de idade de 13 anos entre elas Com dois anos e oito meses de namoro, toparam o desafio do “Se Sobreviver, Case”. Ambas trabalham ; Viviane tem 36 e Layra, 23.

Paula e Renato garantem que estão prontos para se casar. Ela tem 33 anos, trabalha com gestão de projetos e terapia holística; e ele, tem 37 anos, é fotógrafo de moda e publicidade.

Nem a distância física separou a life coach Sayuri, 30 anos, e o hipnoterapeuta Wender, 38 anos. Mas e como será que eles lidam com a proximidade e a convivência por tanto tempo seguido? Para eles será uma novidade e uma prova de fogo para o namoro de um ano e oito meses.

Entrevista// Stefano e Vitória, casal em Se sobreviver, case

O que levou vocês a participar do reality?

Stefano: Como casal, provar a capacidade de superar este desafio nos mantendo unidos. No meu caso, a vontade de procurar algo maior do que que tinha feito até então. Algo que me fizesse sentir mais vivo.

Vitória: Nos colocarmos à prova. Tínhamos a intenção de estar frente às seguintes questões: o que é necessidade, e o que é superficial? Do que eu realmente preciso para sobreviver? O quanto eu aguento?

Vocês levam algum aprendizado para o relacionamento e para a vida de vocês dessa experiência?

Stefano: Que eu sou só um humano. Tenho meus limites. Que é essencial o apoio de pessoas e materiais adequados para alcançar meus objetivos.

Vitória: Com certeza. Principalmente no que diz respeito a minha vida pessoal. Entre os variados aprendizados que me deparei, acredito que o meu limiar de fome e frio foi modificado. Aprendi que consigo segurar e sustentar, sempre um pouquinho mais. E que meu corpo foi feito pra tentar se adaptar da melhor maneira à realidade vivida.

Quando vocês estavam na Mata Atlântica a relação de vocês com a natureza mudou? De que forma?

Stefano: Mudou muito. Você começa a ver tudo a sua volta como uma possível utilidade prática para sua sobrevivência. Também senti muito as mudanças de clima e temperatura. Meu temor pela natureza cresceu.

Vitória: Eu sempre tive uma relação muito de amor e profundidade com a natureza. Quando estou em contato com ela, eu me sinto mais confortável e mais de encontro comigo mesma. Durante o programa não foi diferente. Porém, nos momentos mais conturbados, quando as coisas não saíam como planejado, por exemplo, em meio à uma tempestade, eu percebi a minha pequenez. E que, sim, existem coisas que um ser humano precisa para sobreviver… Como por exemplo, construir um teto sob suas cabeças, para proteção e também conforto.

No programa vocês convivem com os outros casais, que também estão sem roupa e podem ter que dormir com o integrante do outro par. Isso foi um desafio a mais imposto pelo programa?

Stefano: Um grande desafio. Durante a noite faz muito frio e, para manter-se aquecido, é extremamente importante ficar em contato (ou até agarrado) com seu parceiro. Quando aparece algum estranho essa intimidade não rola.

Vitória: Quando esse assunto me chega, eu só penso que o maior desconforto é em sair do seu próprio abrigo. Nele você constrói cada detalhe, e realmente se apega. Além disso, ficar longe do companheiro que você escolheu estar junto, de alguma forma, traz uma sensação de que não está tão protegido quanto gostaria. Agora, desconforto quanto à nudez, não. Desde o primeiro dia, aquele era o último dos problemas. Todos ali estavam na mesma situação: nus e vulneráveis. Rola mais empatia do que preocupação quanto a nudez.

Como foi sobreviver nus em meio à natureza? Houve algum imprevisto ou situação inusitada que vocês possam adiantar?

Stefano: Muito perrengue e prova do nosso relacionamento. Ficamos totalmente vulneráveis no meio do mato. Não tínhamos proteção contra animais e insetos, ficamos suscetíveis a diversos ferimentos e em meio a um frio absurdo. Teve um dia que caiu uma baita tempestade com muito vento e chuva. A temperatura abaixou muito e tivemos que ficar durante muitas horas na
mesma posição para manter o fogo aceso.

Vitória: Sem spoiler, mas, houve vários! Fomos picados, atacados, passamos muito frio, tivemos diversas histórias (aterrorizantes e divertidas).

A relação com a nudez sempre foi natural para vocês? Costumam ficar pelados em casa ou frequentar praias de nudismo, por exemplo?

Stefano: Sempre usei pouca roupa, mas não costumo andar pelado por aí, não (risos). Uma única vez eu fui a uma praia de nudismo que fica em Santa Catarina (longe de casa, risos).

Vitória: Eu tento encarar a nudez de um jeito leve. Não que eu já tenha ido a uma praia de nudismo, mas sim, me disponho a me ver nua com mais frequência (e não somente quando vou tomar banho). A intenção inicial era mais por uma tentativa de me libertar de certos preconceitos impostos pela sociedade e procurar me aceitar tal como sou. Eu e o Stefano, aliás, desde que nos conhecemos, tentávamos encarar a nudez de um jeito leve. Já viajamos juntos para lugares desertos, que conseguimos passar dias podendo viver a natureza livremente.

Entrevista// Paula

O que levou vocês a participar do reality?
Devaneio meu em uma conversa por mensagens com amigas. Todas souberam que estava rolando a seleção, mas fui a única que me inscrevi de verdade.

Vocês levam algum aprendizado para o relacionamento e para a vida de vocês dessa experiência?
Levo muito aprendizado para minha vida. Principalmente que não tenho controle de tudo o tempo todo, me colocou de frente comigo mesma de uma forma que eu não imaginava que aconteceria no meio da floresta. Reafirmei meu pensamento de vida de que precisamos do coletivo para viver bem.

Quando vocês estavam na Mata Atlântica a relação de vocês com a natureza mudou? De que forma?
Mudou totalmente por que a natureza não é nada do que eu acreditava. Tudo muda quando você se vê sem roupa na natureza, sem as facilidades que temos no dia a dia.

No programa vocês convivem com os outros casais, que também estão sem roupa e podem ter que dormir com o integrante do outro par. Isso foi um desafio a mais imposto pelo programa?
Sim. Extremamente desafiador.

Como foi sobreviver nus em meio à natureza? Houve algum imprevisto ou situação inusitada que vocês possam adiantar?
Sobreviver nu na natureza foi muito desafiador porque a roupa é a nossa proteção contra insetos e frio. Tudo no programa foi imprevisto e inusitado.

A relação com a nudez sempre foi natural para vocês? Costumam ficar pelados em casa ou frequentar praias de nudismo, por exemplo?
A relação não era tão natural. Não frequentei praias de nudismo. Mas, no programa, o importante era o relacionamento, o cuidado com o outro, a compaixão, e a sobrevivência em si, logo a questão da nudez ficou em segundo plano.