A primeira novela o ator nunca esquece. O tremor, mesmo diante do calor das luzes, o nervoso de contracenar com os ídolos, o susto a cada “gravando”. Pelo menos dois jovens talentos vêm tirando de letra esse desafio ultimamente: Leonardo Zanchin e Nicolas Ahnert vivem Neném e Guilherme quando jovens em Quanto mais vida, melhor!.
Os atores contam que o maior desafio era criar o mesmo personagem que os consagrados Mateus Solano e Vladimir Brichta, o Guilherme e o Neném na vida adulta.
“Eu e Mateus tivemos algumas conversas, estudando e entendendo como seria o corpo e o jeito do Guilherme, mas também fui atrás de outros trabalhos dele. Havia um duplo desafio de interpretar um personagem novo e que ainda teria uma continuidade em outro ator. Era importante saber como ele reverberaria no corpo e nos trejeitos do próprio Mateus. Foi uma dupla pesquisa”, conta Nicolas.
Para o rapaz de 22 anos, a primeira emoção sentida no set foi “uma mistura de medo e empolgação. Mas, logo quando cheguei, fui muito bem recebido pela equipe e pelo restante do elenco e me senti muito abraçado. O medo passou, e a empolgação ficou ainda maior. Foi uma experiência incrível”.
Nicolas parece que foi realmente fisgado pelo audiovisual. Este mês, ele estará na minissérie Passaporte para a liberdade (a partir do dia 20, no Globoplay) e no filme Lulli (dia 26, na Netflix). No primeiro, ele será Hans Becker, líder da juventude nazista. “Além das cenas de ação, meu personagem ainda tinha o sotaque alemão no inglês”, adianta o ator, lembrando que a série será falada em inglês.
Em Lulli, a pegada é mais leve. Cinco amigos de personalidades diferentes são surpreendidos quando um deles, a Lulli (Larissa Manoela), toma um choque e passa a ler o pensamento das pessoas sem querer. “O choque é um pano de fundo para muitos assuntos que queremos discutir. É uma história divertida, mas com uma mensagem muito bonita por trás”, define.
Quem também não esconde a empolgação de estrear em Quanto mais vida, melhor! é Leonardo Zanchin. “É aquele sonho de criança, que depois virou objetivo. E quando atingimos um objetivo, temos que nos orgulhar. Enfrentei diversos desafios, futebol, mergulho com cilindro, preparação física e mental, lidar com lente de contato, pois o Brichta tem olhos castanhos e os meus são verdes”, enumera o rapaz, que, nas cenas em campo, acabou descobrindo uma habilidade.
“Tive muitos treinos de futebol junto com o Vladimir, treinos sozinho com o treinador, e também em casa fazia meu dever. Foi feito um grande campo dentro de um dos Estúdios da Globo, isso foi surreal. Eu nunca me dei bem com o futebol, mas gosto. Fiquei muito feliz de me dar bem nos treinos, tinha um melhoramento, um resultado proveitoso a cada dia de treino. Até descobri que sou bom de esquerda”, diverte-se Leonardo que, quando soube que iria dividir o personagem com Vladimir Brichta, “deu mais frio na barriga ainda.”
Tanto Nicolas como Leonardo ressaltam que o crescimento deles vem do dividir os sets com atores como Elizabeth Savalla. “Iniciar com essas pessoas, e seguir com elas, me fez amadurecer muito como ator e na vida também, como pessoa”, finaliza Leonardo.
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