Assim como em Tieta, os universos de Aguinaldo Silva e Jorge Amado se encontram em Porto dos milagres, novela de 2001 que estreia nesta segunda-feira (1/2) no catálogo do Globoplay. Com direção de Marcos Paulo, o folhetim se baseia nos livros Mar morto e A descoberta da América pelos turcos e tem no elenco nomes como Antonio Fagundes, Cássia Kis, Flávia Alessandra e Marcos Palmeira, entre outros.
Porto dos milagres tem uma primeira fase que serve como preâmbulo para o que virá. Na Espanha, Félix (Antonio Fagundes) e Adma (Cássia Kis) encontram uma cigana que profetiza que Félix será rei um dia ao atravessar o mar. O casal, então, foge para a cidade de Porto dos Milagres, na Bahia, onde o irmão gêmeo de Félix, Bartolomeu, é poderoso por ser o homem mais rico do local. Adma assassina o cunhado e Félix toma o lugar do irmão, sem que ninguém na cidade desconfie. Mas eles são surpreendidos quando Arlete (Letícia Sabatella) bate à porta deles com um recém-nascido que seria filho de Bartolomeu. Adma ordena que Eriberto (José de Abreu) se livre da criança.
Ele pega um barco com o menino e Arlete ao mesmo tempo que, em outro ponto da cidade, o pescador Frederico (Maurício Mattar) e a esposa Eulália (Cristiana Oliveira), prestes a dar a luz, pegam um barco. Quando vai se livrar do bebê, Eriberto é atingido por uma onda gigantesca que lança a criança do barco. Sem que o vilão perceba, o menino vai parar no barco de Frederico, que acaba de perder o filho de Eulália. Ele julga que aquele é um presente de Iemanjá e não conta pra ninguém o que aconteceu. Eulália morre no parto, mas conhece o “filho” antes.
A história fica adormecida até que Rosa Palmeirão (Luiza Tomé), irmã de Arlete, volta a Porto dos Milagres depois de mais de 20 anos para saber o que realmente aconteceu à família dela.
Guma (Marcos Palmeira) – Filho de Arlete (Letícia Sabatella) e Bartolomeu (Antonio Fagundes), o herói da novela. Pescador forte e valente, como o nome de seu barco. É rústico e sensual. Traz no peito uma tatuagem de Iemanjá. É um rapaz de bem com a vida, que tem esperança em um futuro melhor para sua gente sofrida. Acredita que o destino de todo pescador é morrer no mar, e esse é um dos motivos pelos quais sofre quando se apaixona por Lívia (Flávia Alessandra). Com o tempo, torna-se líder dos pescadores e passa a ter poder. Por fim, descobre suas origens, mas tem outro destino: aquele traçado ao nascer, quando foi protegido por Iemanjá e a ela destinado.
Félix Guerreiro (Antonio Fagundes) – Irmão gêmeo de Bartolomeu (Antonio Fagundes), um usurpador. Charmoso, sedutor e, principalmente, manipulador de pessoas e fatos. Não hesita em usar a mulher, Adma (Cassia Kis), nos golpes que aplica, apesar de amá-la. É pai de Alexandre (Leonardo Brício). No começo da novela, vive na Espanha aplicando pequenos golpes, mas acaba fugindo para o Brasil depois da profecia de uma cigana misteriosa. Chega a Porto dos Milagres para reencontrar o irmão, a quem traiu no passado. Finge estar arrependido mas, ganancioso e mau caráter, o que deseja é tomar o lugar dele.
Adma Guerreiro (Cassia Kis) –Fria, calculista e pragmática, é capaz de qualquer coisa para sua felicidade e a de Félix, a quem ama de modo quase doentio. Assassina Bartolomeu (Antonio Fagundes) sem o conhecimento do marido, envenenando-o aos poucos. Com o desenrolar da história, torna-se uma mulher cada vez mais perigosa, movida por ciúmes e orgulho ferido. Tem como aliado o empregado Eriberto (José de Abreu).
Arlete (Letícia Sabatella) – Irmã mais velha de Rosa Palmeirão (Luiza Tomé) e Cecília (Luiza Curvo). Uma doce e meiga prostituta, que sonha com o homem que um dia vai tirá-la dessa vida. Quando jovem, sofreu abusos do Coronel Jurandir (Reginaldo Faria), um dos motivos pelos quais caiu na prostituição. Ao descobrir que está grávida de Bartolomeu e saber da tragédia nas vidas de Rosa e Cecília, decide procurar o pai de seu filho. Mas é assassinada por Eriberto a mando de Adma. Personagem da primeira fase da novela.
Bartolomeu Guerreiro (Antonio Fagundes) – Irmão gêmeo de Félix, Bartolomeu é o homem mais importante de Porto dos Milagres, onde chegou sem dinheiro, depois de ser traído pelo irmão. Mora num palacete na parte alta da cidade, acompanhado pela governanta, Ondina (Nathalia Timberg), e seus negócios empregam boa parte das pessoas da região. É temido e respeitado, e alimenta um mau humor que parece eterno. Solteiro,a vida particular dele é um mistério que ninguém conhece. Sem que ninguém saiba, frequenta eventualmente o bordel da cidade vizinha, Itamarajy, onde mantém relações com Arlete, a prostituta que engravida dele. Mas quando toma conhecimento da criança, é envenenado. Personagem da primeira fase da novela.
Lívia Proença (Flávia Alessandra) – Filha de Laura (Carolina Kasting) e Leôncio (Tuca Andrada), forte, decidida, carismática e independente. Mora há anos no Rio de Janeiro, onde trabalha como web designer. Integridade e ética são complementos de seu perfil. Seu namoro com Alexandre Guerreiro (Leonardo Brício) vai bem, apesar de saber que ele não é o homem da vida dela. Criada pelos tios Augusta (Arlete Salles) e Oswaldo (Fulvio Stefanini), e, depois, pela tia solteirona Maria Leontina (Louise Cardoso), sabe muito pouco sobre os pais. Lívia vai a Porto dos Milagres para informatizar a firma de Félix Guerreiro e conhece Guma, por quem se apaixona perdidamente, mudando o rumo de sua história.
Laura (Carolina Kasting) – Irmã de Augusta Eugênia e Leontina. Mulher forte e corajosa, que assumiu o amor pelo pescador Leôncio e largou tudo para viver com ele no cais. Casou-se contra a vontade da irmã, mas encontrou o amor que sempre quis, culminando no nascimento de Lívia. Morre junto com o marido na explosão de seu barco. Personagem da primeira fase da novela.
Leôncio (Tuca Andrada) – Pescador, melhor amigo de Frederico (Maurício Mattar), também se arrisca nos negócios escusos de Bartolomeu. Apaixonado por Laura, não hesitou em tirá-la de casa para viver com ele na vila dos pescadores. Laura lhe dá uma filha, Lívia, que fica órfã, ainda bebê, depois que o casal morre na explosão do barco de Leôncio. A morte é indiretamente causada por Augusta Eugênia, que denuncia o cunhado à polícia por prática de contrabando. Personagem da primeira fase da novela.
Alexandre (Leonardo Brício) – Rival de Guma. Rapaz charmoso, sofisticado, urbano e moderno, herdeiro de um grande império. Mora no Rio de Janeiro para representar os negócios do pai, mas o que gosta mesmo é de se divertir com mulheres, carros importados e roupas de grife. Seguro de si, tem a soberba dos filhos dos poderosos. Quando o romance com Lívia balança, fica disposto a tudo para reaver a amada – até mesmo matar Guma.
Ondina (Nathalia Timberg) – Empregada da casa dos Guerreiros por muitos anos, é a governanta do palacete de Bartolomeu. É também quem conhece todos os segredos dos moradores do local – taras, desejos e doenças. A família dela mora no bairro do porto e, apesar de estar entre os ricos, vai sempre ao cais buscar informações. No passado, tinha adoração pelo patrão Bartolomeu. No presente, apenas aceita as ordens de Adm. Não tem papas na língua, e seu olhar, por vezes, vale mais do que mil palavras.
Eriberto Pereira (José de Abreu) – Ex-fugitivo da polícia que se empregou como motorista de Bartolomeu. Com a morte do patrão, aproveita a grande chance para subir na vida aliando-se a Adma, por quem é secretamente apaixonado. É irmão de Deodato (Flávio Galvão).
Bela Marins (Renata Castro Barbosa) – Secretária de Félix Guerreiro na prefeitura. É prestativa, eficiente e fiel ao patrão. Na verdade, adora-o porque também foi seduzida por seu charme.A única reclamação é o salário baixo, que a leva a fazer pequenos bicos para sobreviver. Solitária, ocupa-se com o trabalho, apesar de ser romântica e sonhadora, à espera de seu príncipe.
Augusta Eugênia Proença de Assunção (Arlete Salles) – Grande senhora de Porto dos Milagres, daquelas de que não se sabe a idade por preço algum. Uma matriarca ao estilo de quem vive de tradição e poder. Anula o marido, Oswaldo (Fulvio Stefanini). Ao mesmo tempo, é educada, quase uma lady quando lhe convém. Adora falar do passado, de quando foi plantadora de cana e fabricante de charutos. Tornou-se rica, mas está decadente. Odeia Adma, que chegou para tomar-lhe o lugar de mulher mais importante da cidade. É a guardiã da Igreja de Monte Serrat e, por conta disso, ferrenha opositora de mãe Ricardina (Zezé Motta), a mãe de santo da cidade. Com a morte de Laura (Carolina Kasting), vê-se forçada a criar Lívia.
Oswaldo Assunção (Fúlvio Stefanini) – É querido por todos – exceto por Augusta Eugênia. É apaixonado por Leontina (Louise Cardoso), embora não confesse seus sentimentos a ninguém. Tem o desejo de construir um quebra-mar na cidade, o que pouparia a vida de muitos pescadores levados pelas tempestades. Trata Lívia como filha.
Rodolfo Augusto (Marcelo Serrado) – Filho de Augusta e Oswaldo, primo de Lívia, com quem mantém uma relação de irmão. É um boêmio que ganha a vida com pequenas trapaças, apesar do sobrenome importante. É amigo tanto de Alexandre quanto de Guma e acaba influenciando o namoro de Lívia com o pescador. Vez por outra desaparece, sem que ninguém imagine o segredo que esconde.
Maria Leontina Proença, a Léo (Louise Cardoso) – Solteirona muito bem vivida e viajada. Figura pitoresca de Porto dos Milagres, já apanhou bastante da vida, mas continua interessante e atraente. Acredita que não se casou por causa de uma praga que a própria irmã rogou no passado. Vive em seu universo particular, e os mistérios que a rondam alimentam as fantasias eróticas dos rapazes da cidade. Diz-se que ela gosta de homens mais novos e que, nas noites quentes, vai “à caça” no bar Farol das Estrelas. No decorrer da trama, envolve-se com o cunhado, Oswaldo, que é secretamente apaixonado por ela.
Esmeralda (Camila Pitanga) – Morena bonita, cheia de requebrado, sorridente, maliciosa e sonsa como ninguém. Cresceu amando Guma, mas adora receber elogios de outros homens. Afilhada de Rita (Joana Fomm) e Francisco (Tonico Pereira), é amiga inseparável de Luiza (Bárbara Borges).
Frederico Vieira (Maurício Mattar) – Personagem da primeira fase da novela. Pescador, apaixonado pela esposa, Eulália (Cristiana Oliveira). Envolvido no arriscado negócio do contrabando para Bartolomeu, decide abandonar os negócios escusos por causa da gravidez da mulher. Mas uma tragédia no dia do nascimento do filho marca de vez sua vida. Ao encontrar Guma em um cesto, resolve cuidar do menino como se fosse o próprio filho, trazido por obra e benção de Iemanjá. Depois disso, promete nunca mais voltar ao mar, até o dia em que seu irmão, Francisco (Tonico Pereira), está em apuros: quebra a promessa para salvá-lo, e morre durante uma tempestade.
Eulália (Cristiana Oliveira) – Humilde, digna e consciente da vida difícil que leva. Ajuda no orçamento da família fazendo rendas de bilro. Teme pelos negócios arriscados do marido. Dá à luz e morre em seguida, sem saber que o filho nasceu morto. Personagem da primeira fase da novela.
Francisco Vieira (Tonico Pereira) – Pescador, casado com Rita (Joana Fomm), pai de Luíza (Bárbara Borges) e tio de Guma. É mestre de bordo respeitado, homem do mar desde o nascimento. Comandou o barco “Valente” até o dia em que o passou para Guma, a quem criou como filho depois da morte do irmão, Frederico (Maurício Mattar). Quando Guma se apaixona por Lívia, fica contra o casamento porque sabe que o sobrinho está prometido à Iemanjá. Adora contar casos quando está no bar de seu Babau (Cláudio Corrêa e Castro).
Rita (Joana Fomm) – O bom senso em pessoa. É o equilíbrio da família e da gente do cais: para ela, todos os problemas têm solução. Acolhe a todos sem distinção, é simples e cheia de sabedoria. Nunca reclama de nada, e sempre acredita em um futuro melhor. Trabalha incansavelmente, ansiando pela volta dos homens do mar. Ao contrário do marido, incentiva Guma em sua paixão, assim como ajuda a filha quando ela começa a namorar Alfredo Henrique (Miguel Thiré).
Luiza (Bárbara Borges) – Menina ambiciosa que não aceita o destino de ser filha de pescador e viver à beira do cais. Quer fazer logo 18 anos para ser dona de seu nariz e dar um novo destino à vida. Sonha ser cantora de trio elétrico para, um dia, encontrar um bom partido. Até que conhece o jovem Alfredo Henrique (Miguel Thiré). Para estar perto dele, aceita trabalhar como empregada na casa de Otacílio (Eduardo Galvão) e Amapola (Zezé Polessa).
Alfredo Henrique (Miguel Thiré) – Filho de Otacílio e Amapola. Tem dificuldades para estudar, e não tem a menor preocupação com o futuro. O namoro proibido com Luiza vai levá-lo a várias atitudes pelo bem de sua amada. Torna-se amigo de Rosa Palmeirão (Luiza Tomé), para desespero de sua mãe.
Amapola Ferraço (Zezé Polessa) – Adora grifes e balangandãs, assim como cultivar seu corpo à base de muita ginástica. O problema é o exagero e a falta de senso: mistura cores e cortes de cabelos, criando um estilo bem particular. Sonha construir uma casa à beira-mar e ser dona da primeira Ferrari da região. É tida como fútil e desligada mas, no fundo, é uma mulher muito inteligente e pragmática. Não é à toa que se relaciona muito bem com Adma.
Otacílio Ferraço (Eduardo Galvão) – No início da história, é um rapaz romântico e sonhador, estudante de Direito, de casamento marcado com Rosa Maria (Luiza Tomé). Mas o destino de Rosa muda sua vida. Primeiro, ele tenta provar a inocência dela, mas é tão pressionado pelos poderosos da cidade que desiste. Depois, promete esperá-la sair da prisão. Vinte anos depois, Otacílio é advogado de Félix e está casado com Amapola. A volta da ex-noiva abala seus planos.
Ana Beatriz, a Bia (Camilla Farias) – Menina doce e simpática, extrovertida, com muita energia para tudo o que faz. Está sempre retocando a mãe nas gafes.
Rosa Palmeirão (Luiza Tomé) – Na primeira fase da novela, como Rosa Maria, é uma mulher meiga, sonhadora e sensual, que está prestes a se casar com o jovem Otacílio. Sua vida muda radicalmente no dia do casamento, quando é presa após vingar a morte de Cecília. Passa 20 anos na cadeia e, quando sai, já ficou conhecida como Rosa Palmeirão, mulher envolta em lendas e histórias contadas pelo povo da região. Seus conflitos começam quando ela abre um bordel na cidade e se apaixona por Félix Guerreiro, que julga ser um homem de bem. Ao saber que Arlete teve um filho, não descansa até encontrar o sobrinho.
Selminha Aluada (Taís Araujo) – Irmã de Rufino (Sérgio Menezes). Jovem linda, muito atraente, que “ganha a vida fácil”, como dizem as más línguas da sociedade de Porto dos Milagres. Usa um quarto nos fundos do bar Farol das Estrelas, e um de seus clientes mais assíduos é Eriberto. Apesar da vida exposta, Selminha não deixa de ter seus sonhos e, volta e meia, apaixona-se por alguém. Quando isso acontece, só quer saber de dar beijos e passear de mãos dadas. Vem daí o apelido de “aluada”: quando “está de lua”, ninguém muda suas vontades.
Rufino Fonseca (Sérgio Menezes) – Pescador dos bons, o melhor amigo de Guma. Homem forte, que ri e bebe muito e que, nas noites de luar, arrisca tocar um violão. Solteiro e órfão, não tem vocação para a solidão. Sonha em voltar do mar e encontrar uma mulher esperando por ele. É apaixonado por Esmeralda
Haidêe Caolha (Daniela Faria) – Outra menina de “vida airada”. Seu apelido tem origem simples: na hora H, fica estrábica, o que é um atrativo a mais para alguns clientes. Não é muito inteligente, nem romântica. Investe o que ganha, e está sempre fazendo economia. Transforma-se em uma das melhores “funcionárias” do bordel de Rosa Palmeirão.
Cecília (Luiza Curvo) – Inocente menina, indiretamente responsável pelo destino trágico de sua irmã depois que, violentada pelo Coronel Jurandir (Reginaldo Faria), comete suicídio. Personagem da primeira fase da novela.
Coronel Jurandir de Freitas (Reginaldo Faria) – Coronel da cidade vizinha de Itamarajy, homem rude, grosseiro e debochado. Usa dente de ouro e um pequeno chicote nas mãos. Só gosta de meninas virgens, e adora colecionar casos. Abusou de Arlete no passado, e depois faz o mesmo com Cecília. É morto por Rosa Palmeirão. Personagem da primeira fase da novela.
Deodato Ferreira (Flávio Galvão) – Descansado, tranquilo, o irmão caçula de Eriberto. Dono de uma loja de ferragens em Porto dos Milagres, gosta mesmo é da vida boêmia. Para se sustentar, conta com a ajuda da mulher, Epifânia (Claudia Alencar), com quem tem duas filhas, Genésia (Júlia Lemmertz) e Socorrinho (Mônica Carvalho). Vive muitos conflitos com Genésia, para quem tenta arrumar um marido.
Epifânia Pereira (Claudia Alencar) – Matriarca bonitona, cheia de amor e desejo. Disciplinadora, exigente, boa administradora, passa o dia na loja do marido, mas ainda arruma tempo para cuidar das filhas com rédea curta. Não dispensa uma boa piada, e está sempre brigando com a filha mais velha por causa dos humores dela.
Dona Coló (Glória Menezes) – Cafetina pragmática, calculista, e conhecedora da personalidade de todas as suas meninas. Sabe que está em fim de carreira, e explora as moças até onde pode. Quando toma conhecimento da história de Arlete, convence-a a buscar o pai de seu filho. Personagem da primeira fase da novela.
Genésia Pereira (Júlia Lemmertz) – Está sempre de mau humor, parecendo mais velha do que realmente é. Tem o autoritarismo da mãe, mas não a simpatia. Usa roupas largas de cores neutras, e seus óculos mais parecem uma máscara de proteção de seus segredos. Obcecada por limpeza, vive fazendo faxina na casa – uma metáfora para seu desgosto pelo que considera indecente. Longe de todos, vive suas próprias fantasias e uma realidade que ninguém conhece. Não dá chances a nenhum pretendente, nem mesmo a Rodolfo Augusto, quando este aparece em sua casa a pedido do pai. Tudo muda quando sua essência começa a aflorar e sua máscara cai. Envolve-se com Ezequiel (Vladimir Brichta).
Maria do Socorro Pereira, a Socorrinho (Mônica Carvalho) – Desde criança, a mais dengosa e formosa das duas meninas, cobiçada pelos rapazes da cidade. Mas os pretendentes são muito bem examinados: vai atrás de quem lhe interessa. Talvez, por isso, tenha se casado com um “banana”, Alfeu (Guilherme Piva), por quem não nutre o menor respeito, podendo flertar melhor pela cidade.
Alfeu da Silva (Guilherme Piva) – Ex-aprendiz de alfaiate, homem de boa vontade em tudo o que faz. Ajuda Deodato na loja de ferragens. Em casa, não liga para as atitudes um tanto quanto estranhas da mulher, a quem chama carinhosamente por apelidos como “Bilu-Bilu”. Como está sempre conversando com todo mundo, acaba sabendo das fofocas da cidade – embora não saiba das que envolvem sua própria esposa.
Dulce Ferraço (Paloma Duarte) – Irmã de Otacílio. Mulher antenada com o progresso, atenta às mudanças sociais. Professora por idealismo, acredita em sua profissão e faz dela um instrumento de luta social. Tenta fazer de Paçoca (Thiago Farias) um exemplo de que a educação salva o homem. Mora na casa do irmão, e esconde um amorpor Dr. Rodrigo (Kadu Moliterno), de quem se tornou amiga. É também amiga e confidente de Lívia. Transita entre as cidades alta e baixa com facilidade, conhece todo o mundo e sabe de todas as histórias.
Rodrigo Feitoso (Kadu Moliterno) – Médico da cidade, poeta nas horas vagas, um cético na maior parte do tempo. Conhece a maioria dos moradores, de quem também é amigo, confidente e conselheiro. Mora em uma casa humilde no cais do porto, e ninguém sabe suas origens. Gosta da professora Dulce, mas o romance não vinga, apesar da torcida de todos. É um dos primeiros a denunciar Félix, ganhando um inimigo que muda seu destino.
Judite de los Reis (Carla Marins) – Dona de casa prendada, feliz com o filho, Paçoca (Thiago Farias), e o marido, Jacques (Roberto Bomtempo). Fica viúva quando Jacques morre no mar, durante um temporal. Quando sabe do acidente, perde a alegria e a filha que carregava no ventre. É o exemplo das mulheres que vivem no porto, à mercê de mares e tempestades. Sua história mexe com Lívia.
Jacques dos Reis (Roberto Bomtempo) – Mestre de bordo, amigo de Guma. Sustenta sua família com o fruto de sua pesca. Morre por volta do capítulo 30, levado por Iemanjá numa tempestade, cumprindo a trágica profecia de todo homem do mar.
Seu Babau (Cláudio Corrêa e Castro) – Dono do bar Farol das Estrelas, ponto de encontro da gente do cais. Seu nome verdadeiro é Aderbal dos Santos. É pai de Esmeralda (Camila Pitanga) e cunhado da mãe de santo Ricardina (Zezé Motta). Um tipo alegre e bonachão, que vende fiado aos mais necessitados. No passado, dizem que viveu um caso de amor com uma mulata de olhos certeiros e cor de esmeralda. A mulher sumiu pelo mundo, deixando apenas o coração partido e uma filha para ele cuidar.
Mãe Ricardina (Zezé Motta) – Mãe de santo venerada e consultada pelo povo do cais. Em seu terreiro está o peji (santuário) de Yá, como era chamada Iemanjá pelos negros grunci, de uma remota nação africana. Ialorixá das mais respeitadas, tem forte ascendência sobre os pescadores e suas famílias. Trava embates homéricos com Augusta Eugênia, defensora da igreja e das tradições católicas da cidade.
Ezequiel Barud, o Zeca (Vladimir Brichta) – Rapaz atraente e charmoso, garçom do bar de seu Babau. É visto como candidato ideal para se casar com Genésia, mas se acha muito moderno para se amarrar a alguém. Gosta de paquerar, ensinar beijos e técnicas de amor para suas parceiras.
* Fonte: Memória Globo
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