Série como Stranger things, House of the dragon e produções da Marvel chegam a dezenas milhões investidos por episódio em nome do sucesso com o público
Por Pedro Ibarra
A qualidade das produções audiovisuais se deve a um trabalho de muitas áreas diferentes, porém um fator que auxilia muito no que está sendo exibido na tela é o dinheiro investido. Nos cinemas, as cifras milionárias são comuns, porém os estúdios agora decidiram que é o momento de gastar também com as séries.
Veículos internacionais, como The Wall Street Journal e Variety, têm acompanhado e noticiado uma subida considerável nos valores que envolvem as tão amadas produções de plataformas de streaming.
Game of Thrones é um dos casos mais recentes a fazer um investimento impressionante por episódio. A série chegou a US$ 15 milhões por capítulo no último ano em que foi exibida, marca gigante, que, inclusive, fez com que a temporada se encerrasse no sexto episódio, com um total aproximado de US$ 90 milhões na temporada.
Os valores são altos para um mercado que está em alta, são muitos streamings, cada um com produções próprias, que precisam competir. Isso faz com que, naturalmente, as cifras subam para tentar entregar um produto melhor que o da concorrência. Assim o que já parecia alto se torna astronômico.
A série derivada de Game of Thrones, House of the dragon (foto), por exemplo, investiu US$ 20 milhões por capítulo e, a partir de agosto, lança semanalmente os 10 episódios que fazem parte da temporada, totalizando US$ 200 milhões. As séries da Disney em parceria com a Marvel gastaram algo em torno de US$ 25 milhões por episódio e o fenômeno da Netflix, Stranger things, abriu o bolso e gastou US$ 30 milhões a cada capítulo.
Contudo, uma questão deve ser levantada: dinheiro pode até comprar o sucesso, mas entrega uma história de qualidade? É interessante ver que o mercado está se fortalecendo, entretanto também é perigoso achar que porque a computação gráfica está perfeita e os efeitos visuais estão chamativos há uma boa história, ou até boas cenas. O próprio Game of Thrones provou o contrário com o terceiro episódio da milionária temporada, muito criticado por ter cenas escuras demais.
A verdade é que o fã continua ganhando, vendo, do conforto do sofá, grandes estúdios gastarem rios de dinheiro em troca de horas de atenção. Então, acho que nem vale a pena avisar que um bom roteiro já seria um grande avanço em algumas situações.
Liga
Wagner Moura no quintal de Steve Jobs! O ator brasileiro estreou, na última sexta, em uma série original da Apple TV . O seriado, chamado Iluminadas, tem episódios semanais às sextas e conta também com Elisabeth Moss, de The handmaid’s tale, como protagonista do suspense psicológico baseado em um livro homônimo de Lauren Beukes.
Desliga
Interpretado pelo brasileiro André Lamoglia, Ivan é uma das poucas novidades boas da 5ª temporada de Elite. O personagem é complexo e tem um dilema interessante, com cenas realmente ousadas. Mas uma coisa incomoda bastante. Como Ivan é brasileiro, ele fala em português com o pai. A questão é que os diálogos — mesmo na Netflix Brasil — são dublados. E não é pelos atores. O resultado não é nada bom!
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