Perrengue, da MTV, abordará os dramas dos jovens adultos

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Nova série original da MTV, Perrengue estreia na segunda-feira (21/8), com episódio duplo, a partir das 22h

A produção brasileira Perrengue será lançada na segunda-feira (21/8), às 22h, no canal MTV, com episódio duplo. A série retrata as situações vividas na juventude sob o ponto de vista dos três protagonistas Pérola (Mariana Molina), Miguel (Guilherme Dellorto) e Cadu (Vinícius Redd), amigos de infância que decidem morar juntos no apartamento que Pérola herda da avó.

Pérola é uma jovem bastante sonhadora e que não tem medo de se jogar. “Ela é muito intensa e toma atitudes sem olhar para trás. Também é muito apaixonada por esses amigos, que são extremamente parceiros”, afirma Mariana ao Próximo Capítulo. Cadu é um surfista que gosta de aproveitar a vida e acaba se apaixonando por uma mulher que tem outro relacionamento. Já Miguel tem uma vida mais complexa. Do subúrbio do Rio de Janeiro, ele está em busca da independência financeira ao mesmo tempo que precisa ajudar a família que não tem muitas condições e lidar com a crise de ansiedade. “Ele é um contraponto aos outros personagens. Ele se cobra muito e por meio dele é abordado o tema do pânico e da ansiedade, que é um mote dessa geração”, analisa Guilherme, que interpreta a Miguel.

Como o nome da série adianta, o objetivo da produção é mostrar os “perrengues” vividos por esses jovens que acabam de chegar à vida adulta e terão que lidar com situações que envolvem sexo, drogas, família, trabalho aborto e os novos tipos de relações amorosas. A primeira temporada terá 13 episódios de meia hora. “O legal dessa série é que ela tem um olhar sobre essas questões que são tabu e recorrentes da nossa geração. Não há nenhum tipo de julgamento na história sobre os temas, que são abordado do jeito que são mesmo”, comenta Guilherme.

Leia entrevista com o elenco de Perrengue

O que vocês podem contar sobre os seus personagens?

Mariana Molina: Eu faço a Pérola, que é uma jovem adulta muito apaixonante, mas eu sou suspeita. (Risos). Sou muito apaixonada por ela (a personagem). Admiro muito a intensidade dela, a quantidade de sonhos… Ela se joga mesmo que seja para viver um monte de enrascada, perrengue e confusão. Ela vai sem olhar para trás e depois vê o que aconteceu. Ela é muito apaixonado pelos dois amigos. Eles têm uma amizade intensa e muito legal, algo que eu admiro muito. São extremamente parceiros nos momentos de alegria, de tristeza e nos perrengues mesmo.

Guilherme Dellorto: O Miguel é um jovem adulto de 25 anos nascido no subúrbio do Rio de Janeiro. O pai é taxista e a mãe, dona de casa. Ele é um contraponto aos personagens da Mari (Pérola) e do Vini (Cadu). Ele não tem comodidade, um amparo da familiar. Ele tem que correr atrás da independência financeira, profissional e ajudar os pais. Ele se cobra de conseguir um emprego, uma estabilidade, de passar num concurso público. Ele vive sob muita pressão e tudo isso gera nele uma crise de ansiedade. Ele está saindo de casa e no dilema entre morar com os amigos ou com a namorada.

Vinícius Redd: Eu faço o Cadu, que é um cara jovem de 24 anos que, primeiramente, mora com os pais. Ele é um surfista carioca, que gosta muito de aproveitar a vida. Ele foca muito em momentos bons. É um cara que nunca se apaixonou até que se apaixona por uma mulher que tem um outro relacionamento, esse é um dos perrengues que ele vai passar. Ele é um cara do bem, bom amigo, bom filho.

Crédito: MTV/Divulgação

Quais são os temas que serão abordados em Perrengue?

Guilherme Dellorto: No enredo do Miguel, como eu falei, tem a questão da ansiedade, a decisão de escolher entre morar com uma amiga ou com a namorada, tem a temática de ajudar em casa, essa cobrança de passar no concurso público… Também tem a questão do aborto, mas acho que é isso que posso falar… (Risos)

Perrengue é uma série que vai mostrar a realidade dos jovens adultos de uma forma mais realista…

Guilherme Dellorto: Acho que esse é o legal da série. Ela já tem um olhar sobre as questões que são um tabu e super-recorrentes da nossa geração, sem nenhum tipo de julgamento, sempre de forma imparcial. Sempre do jeito que é e como a gente encara. Não precisa falar de droga, por exemplo, e já classificar a pessoa como um drogado do narcóticos anônimos. A série lida com o cotidiano. Isso já é uma coisa que é muito legal.

Vocês se inspiraram em alguém na hora de compor os personagens?

Guilherme Dellorto: O Miguel tem muito do que eu tenho e vivi. Ele é um cara do subúrbio, eu trabalhei em loja, precisava me sustentar. Ele estudou no Dom Pedro II, uma escola pública do Rio de Janeiro, que eu também estudei. Então pude dar muita coisa minha para o personagem.

Mariana Molina: Me inspirei em mim mesma. Vivi muitos desses perrengues de sair de casa, comecei a trabalhar muito nova. Boa parte dos perrengues que a Pérola passa, eu já passei. Ela trabalha com arte, como eu. Eu me identifico com muitas situações. Ela é mais intensa do que eu, mas eu ainda tenho um pouco disso.

Vinícius Redd: Acho que devo ter vivido a maioria dos perrengues que o Cadu passou na série. Acho que me inspirei na minha vida pessoal e acho que ela, de certa forma, influenciou no meu trabalho como ator. Mas também teve uma pesquisa.

Adriana Izel

Jornalista, mas antes de qualquer coisa viciada em séries. Ama Friends, mas se identifica mais com How I met your mother. Nunca superou o final de Lost. E tem Game of thrones como a série preferida de todos os tempos.

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