Roteirista Pedro Arbex mira no público jovem com ‘Clica no vacilo’

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Criador da websérie Clica no vacilo fala ao Próximo Capítulo sobre os desafios de criar para a internet. Confira entrevista com Pedro Arbex!

Aos 24 anos de carreira, Pedro Arbex tem ares de veterano. Sua terceira websérie, Clica no vacilo, chegou à rede, marcando amadurecimento do roteirista, que também assinou Quem nunca (2015) e O quarto ao lado (2016).

“É o meu terceiro trabalho e o segundo como autor titular. Estou ficando mais autocrítico, o que, de certa forma, ameniza um pouco a pressão. Consegui identificar alguns tropeços nos trabalhos anteriores e acredito que consegui consertar. Procuro sempre evoluir e sou muito aberto às críticas, desde que, claro, sejam críticas construtivas”, afirma Pedro, que volta a trabalhar com o diretor Rafael Calomeni, parceiro também no projeto de 2016.

Em entrevista ao Próximo Capítulo, Pedro revela os desafios de escrever para a internet (“Essa galera está com um olho na web e o outro na tevê igualmente. Esse público consome muito”), sobre a concorrência do celular (“WhatsApp brotando mensagem o tempo inteiro, Instagram e Twitter, etc, e a websérie precisa fazer com que o espectador fique ali até o final do episódio”) e sobre os próximos passos, que podem ser na tevê ou no teatro. Anota aí: você ainda vai ouvir falar de Pedro Arbex!

Leia entrevista com Pedro Arbex!

Como será Clica no vacilo?
Clica no vacilo é uma série jovem, dinâmica, ágil, com a pegada que o público da web gosta e com todos os ingredientes para um bom produto de entretenimento e, claro, uma boa trama. São quatro amigos que organizam uma festa em comemoração dos 18 anos de um deles. Só que tem muita gente decidida a acabar com esse dia. E aí muita água vai rolar debaixo dessa ponte.

Você vai repetir a parceria com o diretor Rafael Calomeni. Fale um pouco sobre essa dupla.
Conheci o Rafael no momento certo, na hora certa e no lugar certo. Ele estava à procura de um projeto bacana para levantar e aí nasceu O quarto ao lado. Tivemos uma boa conexão. Diretor e roteirista precisam falar a mesma língua para não ter nenhum problema. Nós temos uma visão muito parecida, o que facilita muito. E agora, mais do que nunca, após dois projetos realizados, estamos com os nossos olhares voltados ao futuro.

Cena de ‘Clica no vacilo’

Depois do sucesso de O quarto ao lado e de Quem nunca, você sente mais pressão para Clica no vacilo?
Um pouco, sim! É impossível não sentir. É o meu terceiro trabalho e o segundo como autor titular. Estou ficando mais autocrítico, o que, de certa forma, ameniza um pouco essa pressão. Consegui identificar alguns tropeços nos trabalhos anteriores e acredito que consegui consertar. Procuro sempre evoluir e sou muito aberto às críticas, desde que, claro, sejam críticas construtivas.

Seus projetos são mais votados para a web. Acha que isso está ligado à sua idade, já que é jovem?
Sem dúvida, sim. Eu respiro internet. Crescemos juntos (risos). Produzir para a web tem que saber dialogar com o público da web. Mas a internet também serve como uma vitrine para poder mostrar os meus trabalhos, os meus textos, a minha pegada como autor, quem eu sou enquanto roteirista e para onde eu quero ir. Os meus próximos passos são a tevê e o teatro.

A sua geração assiste à webseries como a anterior assistia à televisão? Acha que dá para comparar?
Não dá pra comparar. A geração de hoje tem acesso a tudo com muita facilidade, ou seja, assiste a um pouco de tudo e de tudo um pouco. Aliás, essa nova geração foi a responsável pelo grande boom das séries. Essa galera está com um olho na web e o outro na tevê igualmente. Esse público consome muito.

Quais são os maiores desafios de uma websérie?
Manter o público com os olhos vidrados na tela de um celular sem que ele acesse aos milhares de aplicativos disponíveis. É muita informação. WhatsApp brotando mensagem o tempo inteiro, Instagram e Twitter, etc, e a websérie precisa fazer com que o espectador fique ali até o final do episódio.

O roteirista brasileiro já aprendeu a ganhar dinheiro com a web?
Aprender a ganhar dinheiro não é bem a palavra. É um mercado muito difícil. Para ganhar dinheiro não basta apenas ter um projeto bacana em mãos. É preciso que alguém patrocine, que alguma marca anuncie e coloque dinheiro, mas não é todo investidor que bota fé em produtos feitos para a web. Na maioria das vezes é preciso fazer por amor à profissão para depois ver se consegue resultados para futuros projetos.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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