Patrick Sampaio vive o advogado Artur, um dos poucos defensores de Davi em Além da ilusão. Fora da tela, ele é um ativista pelas causas culturais
Um crime e uma condenação injusta marcaram a primeira semana da novela Além da ilusão e Davi (Rafael Vitti) acabou atrás das grades pelo assassinato de Elisa (Larissa Manoela). Por conta do prestígio do juiz Matias (Antônio Calloni) ー verdadeiro assassino e pai de Elisa ー , pouca gente acredita na versão de que Davi é inocente. No tribunal, ele é defendido pelo advogado Artur, vivido por Patrick Sampaio.
Em entrevista ao Próximo Capítulo, Patrick explica que fazer justiça é o que move Artur, mesmo que, para isso, seja necessário enfrentar “a herança do processo colonial e as estruturas do Estado como garantidoras da dominação da burguesia sobre as parcelas mais pobres e trabalhadoras. Mas a novela também mostra que há pessoas que não se corrompem, como o primeiro perito que atesta a inocência do Davi e o próprio Artur.”
Artur passará de advogado a amigo de Davi na segunda fase da novela e deverá ser crucial quando vier à tona a fuga do mágico da cadeia e o fato de ele viver com uma identidade falsa para fugir da polícia, em Campos. Ele e Augusta (Olívia Araújo) estão entre os poucos personagens que acreditam em Davi.
Fora das telas, Patrick também costuma se engajar em prol da justiça social e na política cultural. “Tenho um histórico em lutas por políticas públicas de cultura mais democráticas em movimentos sociais como o Reage Artista e o Teatro pela Democracia, no Rio, além do Movimento Nacional de Teatro de Grupo. Cheguei também a ser Conselheiro Municipal de Cultura aqui no Rio, mas renunciei em protesto contra a gestão da pasta na época. Só a luta muda a vida”, conta.
Além da novela, Patrick Sampaio aguarda a estreia do filme Foram os sussurros que me mataram, de Arthur Tuoto, no qual contracena com Mel Lisboa. “O roteiro é muito fora da curva. O Arthur pesquisa esse universo imenso que se tornaram os reality shows com seus longos confinamentos e cifras astronômicas, mas por um viés quase surrealista, incômodo, existencial”, adianta o ator, que não esconde a ansiedade por ver o resultado do trabalho nas telonas.