Olga Kurylenko fala sobre a experiência em Viúva Negra

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Em entrevista, Olga Kurylenko, de Viúva Negra, fala a representatividade feminina do filme e sobre a Marvel

por Pedro Ibarra*

O longa Viúva Negra marcou o retorno da Marvel aos filmes após mais de um ano sem lançamentos. Junto com a heroína, a produção também trouxe de volta o sucesso ao Universo Marvel, quebrando recordes, conquistando altos valores de bilheteria e ainda sendo muito requisitado na plataforma Disney+. Porém, não foi só isso que o filme buscou e atingiu; Viúva Negra é, talvez, o mais representativo longa da Marvel para mulheres.

“É empoderador para uma mulher assistir a um filme como esse, e eu estou feliz de fazer parte disso tudo”, conta Olga Kurylenko, atriz que faz uma personagem surpresa no filme, em entrevista ao Correio. “Eu me sinto bem, é prazeroso ver todas essas mulheres envolvidas, todas as grandes, interessantes, complexas personagens. Amo que são mulheres poderosas, com incríveis capacidades físicas, corajosas e emocionalmente fortes”, fala a artista, sobre a forma como as mulheres foram representadas e também sobre a interpretação de atrizes como Scarlett Johansson, Florence Pugh e Rachel Weisz, com quem divide tela. “São verdadeiras mulheres de ferro”, completa.

Para Olga, todo sucesso que o filme vem fazendo é o resultado não só de um bom trabalho, mas de toda a expectativa que girava em torno da Marvel e do primeiro filme solo da espiã Natasha Romanoff. “Eu acho que os fãs de verdade têm esperado por isso por tanto tempo, era para ter saído há um ano”, afirma a atriz. “É um sentimento muito bom, finalmente estrear o filme, nós também estávamos esperando por muito tempo, já é tempo de as pessoas verem esse longa, e eu estou muito animada”, adiciona.

A ansiedade para a estreia também tinha outro motivo. Nem a mãe de Kurylenko sabia que ela estava no filme, a atriz aguardava muito para que todos soubessem que ela fez parte do longa. “Um dia minha mãe virou para mim e falou: ‘ quero ver esse filme legal que assisti o trailer, se chama Viúva Negra’, respondi: ‘Uau, que legal, você gostou do trailer?’, ela respondeu que amou e eu falei que iríamos assistir juntas, sem nenhuma palavra a mais”, lembra a artista. “Então, ela descobriu há dois dias que eu estou no filme”, brinca.

Mulheres no topo em Viúva Negra

Crédito: Disney Plus/Divulgação. Viúva Negra está disponível no Disney + e nos cinemas

“Mulheres conseguem fazer as mesmas coisas que os homens”, avalia Olga sobre o fato das mulheres terem assumido papeis de protagonismo nas histórias super-heróicas recentes. Ela também não entende como alguns fãs ainda não conseguem discernir que as histórias baseadas nos quadrinhos estão mudando e, como eles, ainda têm preconceito com personagens sendo representados por atores de outro gênero ou etnia. “É surpreendente, pois estamos em 2021, tudo isso tem sido muito discutido há muito tempo, estamos lutando por igualdade”, pontua.

Segundo a atriz, o cinema está mudando e a tendência é que a representatividade aumente. Para ela, Viúva Negra é apenas o início. “Esse filme tem mulheres fortes e eu estou orgulhosa de fazer parte disso, eu tenho várias amigas que podem estar representadas nessas personagens, eu vejo mulheres fortes em torno de mim o tempo todo. É isso, é assim que vai ser”, explica.

Sem Spoilers

A personagem de Olga é um dos pontos centrais do enredo do filme, porém não pode ser revelada por completo. A atriz ,no entanto, fez um pequeno resumo, sem spoilers, do que o público pode encontrar dela no filme: “Minha personagem é complexa, pois possui uma dualidade, é uma combinação do bom e do ruim. Ela tem uma alma e algo muito humano por baixo da máscara que podemos ver na tela. Ela tem uma fachada, que por baixo tem algo completamente diferente. Há muita dor e sofrimento no que a personagem experimenta, há muita confusão, ela é manipulada, não é realmente ela mesma. É uma personagem com uma bagagem gigante, e muitos desafios para ser quem ela realmente é, e não é fácil.”, descreve Olga Kurylenko.

*Estagiário sob a supervisão de Taís Braga

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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