O ativismo que se aprende na televisão

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Bruno Goya conta o que levou para a vida da experiência de viver o ativista Falcão em Aruanas e revela o próximo projeto no streaming

Intérprete do ativista ambiental Falcão nas duas temporadas da boa série Aruanas (Globoplay), o ator Bruno Goya ressalta o caráter educativo da produção, além do entretenimento, claro. Nesta segunda temporada, a ONG Aruana, capitaneada por Luísa (Leandra Leal), Natalie (Débora Falabella) e Verônica (Taís Araújo), tem como principal alvo denunciar numa CPI no Congresso Nacional artimanhas que darão carta branca para empresas poluírem ainda mais o ar de grandes cidades brasileiras.

“A segunda temporada busca alertar toda a população diante da questão da poluição do ar. Não só alertar, mas também resgatar a memória de algo que realmente existiu na década de 1980, como por exemplo, a cidade de Cubatão”, afirma Bruno, em entrevista ao Próximo Capítulo.

Além disso, Aruanas mostra “como a política afeta o meio ambiente quando ela não quer ser feita para benefício do povo e sim para benefício de uma classe, tanto estrangeira quanto nacional, de exploração.” Bruno lembra que, na primeira temporada, a série tratou do garimpo ilegal e ressalta que agora o foco está na poluição do ar. “São temas que vão fazer com que o público pare e entenda melhor sobre essa questão da importância da preservação ambiental”, defende.

Foi assim com ele mesmo. O ator conta que aprendeu vivendo Falcão. “É um personagem que mudou a minha visão com relação a muitas coisas. Aruanas e o Falcão me mostraram um mundo que realmente eu não conhecia, não pesquisava, não estudava, que é essa questão do meio ambiente. Falcão também me ensinou muito sobre a importância de ser um ativista. Ele é um ativista que ama muito o que faz e me dá vontade de ser ativista na vida real. Isso meio que aconteceu porque a todo momento que eu posso, tento orientar as pessoas sobre o meio ambiente, a importância de cuidar disso porque é nosso”, comenta o ator, orgulhoso do resultado da série.

Outros projetos de Bruno Goya

Fotos: Rafael Augusto/ Divulgação

Depois de Aruanas, Bruno Goya abraçou uma nova série. Ele está em Cangaço novo, parceria entre a Amazon Prime Video e a O2 que deve chegar às telas ainda no primeiro semestre, na qual ele interpreta Sivirino. “Ainda estamos em processo de gravação. O que posso dizer é que é uma série com muita ação, com muita emoção”, afirma.

Cangaço novo lança luz sobre outra discussão: o protagonismo nordestino no audiovisual ー especialmente na televisão ー brasileiro. Bruno sabe que o cenário pode melhorar ainda mais, mas reconhece que vem crescendo. Ele aponta a trajetória do cinema pernambucano por festivais em todo o Brasil e no mundo e a internet como fatores facilitadores dessa aproximação artística entre o nordeste e o eixo Rio-São Paulo.

“Nós temos vários exemplos de atores nordestinos que hoje assumem protagonistas na televisão, como o Luiz Carlos Vasconcelos, Renato Góes, Irandhir Santos, Jesuíta Barbosa. Essa falta de protagonismo vem diminuindo e, cada vez mais, vai diminuir. Vai se percebendo que no Nordeste, além de ser uma região riquíssima de histórias para serem contadas, também existem atores com bagagem de vida que, quando chegam ao protagonismo, sabem conduzir aquilo de uma forma muito bonita”, espera o ator, que também esteve na série Onde nascem os fortes (2017).

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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