9-1-1: Lone Star traz o dia a dia de bombeiros de Austin regado a cenas de ação, romance e dramas familiares. Leia a crítica do primeiro episódio!
Com a chancela do criador Ryan Murphy (nome por trás de sucessos como Pose, Ratched e Glee, entre tantos outros), estreia nesta terça-feira (16/3) a nova série do Star Channel, 9-1-1: Lone Star. O elenco tem à frente dois nomes conhecidos: Rob Lowe (indicado ao Globo de Ouro por The west wing) e Liv Tyler (de The leftovers), além do estreante brasileiro Rafael Silva.
A ação de 9-1-1: Lone Star se passa numa brigada de incêndio de Austin, comandada pelo veterano Owen Strand (Rob Lowe), recém chegado de Manhattan. Owen assume com a difícil missão de reconstruir o quartel fisicamente após um acidente que matou a maioria dos homens, além de lidar com o emocional de Judd (Jim Parrack), sobrevivente da tragédia.
Para compor a brigada, Owen conta com o filho, o viciado em drogas e homossexual T.K. (Ronen Rubenstein), e recruta a ajuda da muçulmana Marjan Marwani (Natacha Karam), do transexual Paul Strickland (Brian Michael) e do novato e ex-mecânico Mateo Chavez (Julian Works). Além do fogo e dos salvamentos, o respeito à diversidade será uma questão a ser vencida pelo grupo.
Logo no primeiro atendimento, Owen se depara com a equipe de paramédicos chefiada por Michelle Blake (Liv Tyler). A tensão entre os dois já nos deixa antever um romance daqueles em que a provocação é afrodisíaca. A equipe dela tem como um dos componentes o policial Carlos Reyes (Rafael Silva).
Leia a crítica da estreia de 9-1-1: Lone Star
O primeiro episódio de 9-1-1: Lone Star começa com uma boa sequência de ação, com direito a tensão e muita pirotecnia. Nela, vemos a explosão de uma fábrica de amônia causada por um acidente doméstico se tornar uma grande tragédia. Pai e filho, Owen Strand e T.K. comandam a ação, bem sucedida, apesar do susto.
Seis meses depois, a vida deles parece estar nos eixos quando o término de um noivado faz com que T.K. volte ao vício em drogas e com que Owen aceite se mudar para Austin. É aí que realmente começa 9-1-1: Lone Star.
O tom do primeiro episódio segue a receita de séries médicas e policiais que fazem sucesso mundo afora, como Grey’s anatomy ou Chicago fire. Ou seja: é quase uma equação matemática: uma cena de salvamento, um drama familiar, uma cena de salvamento, um romance no ar… e por aí vai.
O que chama a atenção em 9-1-1: Lone Star é que os dramas dos personagens prometem ter fôlego. O fato de a brigada comandada por Owen reunir um homossexual, uma muçulmana e um transexual tem tudo para dar certo, mais do que o batido romance de Owen com a rival ou a revolta mal explicada de Judd. É muito mais interessante outro romance que fica no ar: será que T.K. vai se envolver com Carlos? Ou ainda o arco da doença que Owen descobre ter. Como será que o bombeiro enfrentará a possibilidade da fragilidade?
O elenco de 9-1-1: Lone Star está bem logo na estreia, o que é animador porque pode ainda crescer mais. Se Liv Tyler entrega uma Michelle crível, entre a ternura e a força, Rob Lowe precisa sair um pouco da permanente expressão de tensão. Ronen Rubenstein entrega um bom personagem. Os outros tiveram poucos momentos, mas bem aproveitados.