No ar em três novelas, Ana Carbatti pode mostrar a evolução da carreira na TV

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Ana Carbatti tem a carreira revista com as reprises de Laços de família e Haja coração e a expectativa pela volta de Salve-se quem puder

Ana Carbatti poderia dizer que a pandemia proporcionou uma espécie de mostra involuntária da carreira dela na televisão. Isso porque ela pode ser vista em Laços de família (2000), no Vale a pena ver de novo, em Haja coração (2016) e logo estará de volta em Salve-se quem puder, novela interrompida no ano passado que volta este mês justamente no lugar de Haja coração.

“São três personagens bem diferentes, três momentos de vida e carreira também, diferentes”, comemora Ana Carbatti, em entrevista ao Próximo Capítulo. No ar como Aline de Laços de família e Nair em Haja coração, Ana Carbatti não vê a hora de retomar a consulesa Adriana de Salve-se quem puder.

“As três são muito dedicadas à profissão e amam o que fazem. A Aline é leve, leva a vida de boa e tem sempre um comentário bem humorado. Já a Nair, é uma mulher sofrida, que sempre lutou com dificuldade para criar os filhos, dona de uma energia vital incrível, não mede esforços para apoiar as pessoas que ama. Adriana é mais sisuda. Muito elegante, ela tem consciência de seu papel na sociedade e carrega a personalidade com a aristocracia inerente à sua função”, compara.

A volta em Salve-se quem puder, cujas gravações já terminaram, foi cercada de cuidados e de expectativa. “Eu comecei a gravar de forma remota. O primeiro dia que tive de sair de casa para ir ao Projac, deu um medinho. Mas os cuidados da empresa ao seguir os protocolos logo me acalmaram e entendi que lá era mais seguro que minha própria casa”, conta, aos risos. “A consulesa volta à trama para colocar ordem na bagunça que as meninas criaram”, adianta Ana, referindo-se às protagonistas Luna (Juliana Paiva), Alexia (Deborah Secco) e Kyra (Vitória Strada).

Três perguntas/ Ana Carbatti

Foto: João Miguel Junior/ Globo. Ana Carbatti ao lado das protagonistas de Salve-se quem puder

A Nair, de Haja Coração, traz um tema delicado, a depressão pós-parto. Como foi tratar desse tema tão delicado em uma novela leve, das 19h?
Acho super importante quando as novelas abordam temas sérios e delicados. Foi um momento muito especial, sendo a Nair uma personagem tão solar, procurando dentro de mim essa tristeza e arrependimento. Ainda que leve, uma telenovela ou qualquer outro produto da TV aberta pode, e deve, encontrar espaço para tratar de questões como essa.

Você está preparando o projeto Ninguém sabe meu nome. O que pode adiantar sobre ele?
Tenho me dedicado a esse projeto nos últimos 2 anos. É uma peça solo sobre uma mulher preta e seus desafios para educar seu menino preto dentro de uma sociedade racista. Estamos, eu e Marcelo Várzea, escrevendo o texto e estou tentando captar para botar na praça esse espetáculo lindo, dirigido pela sensível e incrível Duda Maia. Torço para que consigamos um patrocínio logo, logo!

Além de atriz, você é produtora, com a Ana Carbatti Produções e Artes. Quais são os principais desafios de se produzir arte atualmente no Brasil?
O maior desafio é produzir num país que, nos últimos 6 anos, tem sucateado a cultura. Produzir num país que não considera a cultura como o principal braço da educação, da língua, da formação do povo. Mas a gente não desiste, porque somos extremamente criativos e a produção cultural é, mesmo, o nosso oxigênio.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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