MasterChef vai do rústico ao luxo no mesmo episódio

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Provas desta terça no MasterChef expuseram fragilidades dos cozinheiros em trabalhar em grupo. Saiba quem deixou o reality!

“Essa é a prova que vai mais exigir de vocês em toda a temporada”. O aviso da apresentadora Ana Paula Padrão deu o tom do que viria por vir no episódio do MasterChef desta terça-feira (16/10). Os jurados Erick Jacquin, Paola Carosella e Henrique Fogaça reforçaram a ideia lançada por Ana Paula e disseram que era um desafio de “domínio do fogo” e de “volta às origens”.

A prova foi disputada em equipes. Por terem vencido o programa anterior, André, William e Manu estavam em uma equipe. Coube a Rafael, outro vencedor do episódio da semana passada, escolher: ou “rouba” um do trio ou escolhe todo o seu time. Rafael é, sem dúvida, o maior jogador desta edição. Semana passada, William o provocou dizendo que queria que ele saísse. Quem disse que ele esqueceu? Rafa pegou André para o time dele, vermelho, que também teve Daniel e Heaven. Do lado amarelo, portanto, estavam William, Manu, Roberta e o brasiliense Thales.

O cenário da prova foi o descampado de uma fazenda, sem uma cozinha propriamente dita. Ou seja, o MasterChef testou a capacidade de os participantes cozinharem sem tecnologia e com pouquíssimos utensílios à disposição. O primeiro passo para os “escoteiros” era fazer o fogo. “Isso é divertido quando a gente vai pescar com os amigos. No MasterChef, não”, reclamou Daniel. “Essa prova não foi feita pra mim”, concordou William.

E essa primeira etapa revelou-se difícil para as duas equipes. Se Jacquin achou que os aventais vermelhos demoraram demais, ficou espantado ao saber que o outro time demorou mais de meia hora para fazer fogo. Gente, serve uma salada gourmet!

De qualquer maneira foi divertido ー pelo menos do sofá de casa ー ver Heaven tendo que depenar uma galinha e cismando que ela estava fazendo barulho; ver Rafael dando um tapa no bumbum de Daniel porque ele deixou o frango cair na terra; a rixa entre William e Manu por conta do menu; Thales transformar a tampa de uma lata em um ralador de milho para fazer pamonha; Daniel coando o molho no próprio avental.

Mas a hora da apresentação dos pratos não foi tão divertida assim para os cozinheiros do MasterChef. O time vermelho veio com uma galinha caipira dura, pimentão “incinerado” na avaliação de Jacquin e vegetais al dente demais. “Não tem equilíbrio aqui”, disse Paola.

Os aventais amarelos serviram javali duro, pamonha que parecia um tijolo e não tinha cremosidade e, para salvar, um molho bom. “Isso não é agradável de comer”, avaliou Jacquin.

Isolados, cada um no seu canto, os dois times aguardavam uma fumaça da cor do avental da equipe que disputaria a prova de eliminação. Quando viram a fumaça vermelha, Thales, Roberta e Manu cantaram Parabéns a você pelo aniversário de William tão alto que dava para os rivais, cabisbaixos, escutarem.

Mas a alegria deles não durou muito: logo a fumaça amarela também ganhou os céus, indicando que a prova não teve vencedores, apenas perdedores. Alunos do jardim de infância, Rafael e Daniel cantaram Parabéns a você virados para o time adversário.

Saiba como foi a prova de eliminação do MasterChef!

Explodindo em 3,2,1…

Até que os participantes do MasterChef não estavam achando tão ruim uma prova de eliminação com oito cozinheiros. “A chance de sair fica menor com oito pessoas do que com quatro”, avaliou Manu.

Cedo demais, minha cara. Isso é MasterChef e Ana Paula Padrão jogou a bomba para os capitães Rafael e William: eles teriam que salvar duas pessoas de cada time. William pediu para escolher primeiro e mandou direto para o mezanino Roberta por causa do molho e ele mesmo por conta da boa liderança. Rafael escolheu Daniel também por causa do molho e ele mesmo porque… bem porque ele joga sem esconder, lembra?

Desta forma, a prova teve os resignados Manu, Thales e Heaven e um contrariado André. O desafio agora era de luxo: fazer um prato monocromático em que apresentação e sabor caminhassem juntos. Por sorteio, as cores dos alimentos foram definidas: amarelo (Thales), roxo (André), laranja (Heaven) e vermelho (Manu).

Quando Jacquin passa pela bancada de Thales, perguntando o nome do prato que ele estava fazendo, o brasiliense disparou: “de volta pra casa”. Oi? Numa competição eliminatória? Sério mesmo, Thales? Ele tentou se explicar, mas não escapou das piadas de Daniel, Ana Paula Padrão e Paola Carosella. Manu também escolheu um nome polêmico: “seja o que Deus quiser”. Mas, na apresentação, se emendou: “tenho fé em Deus e no meu talento”.

A prova também foi marcada por uma verdadeira guerra entre Heaven e o liquidificador. Ela tinha que bater o molho ainda quente, mas não segurou a tampa do utensílio com a força necessária (não tentem fazer isso em casa!). O molho espirrou e, como estava quente, queimou a moça. Minutos depois, mesma técnica, mesmo erro. Desta vez a roupa de Heaven ficou laranja como o prato dela.

Ao contrário da prova anterior, essa foi de elogios dos jurados aos chefs. A maioria deles fez um bom trabalho, com destaque para André, escolhido o melhor da prova. Entre os piores estavam Heaven e Thales. O representante de Brasília serviu frango com caviar de pequi, angu e milho tostado. A cada crítica ouvida ー o prato estava sem sal e o caviar não explodia na boca eram as mais frequentes ー Thales aparecia retrucando e não concordando com as avaliações.

Mas não teve jeito. Foi dele o pior prato da noite. “O pequi não virou um caviar, virou um grão porque ficou duro. O MasterChef é lugar de fazer, não é de testar. O prato Volta pra casa vai voltar para casa”, anunciou Jacquin. “Foi bonito ver um professor que sabe o que faz passar por aqui”, aliviou Paola.

Calma, Thales. Nem tudo está perdido. Semana que vem o episódio é de repescagem. Sabe pra quem a gente está torcendo, né?

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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