Masterchef Brasil, ou Masterchef internacional?

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Se cuida Jiang, pelo número de estrangeiros entrando no Masterchef Brasil, logo, logo, você perde o posto de sotaque mais fofo da competição… ou será que esse título é do rei do tômpero?

Acabou a mamata. Por 25 semanas, ninguém vai ser um ser humano completo e livre de olheiras às quartas-feiras. Masterchef Brasil voltou para fazer todo mundo passar as noites de terça-feira em claro na frente da TV. E em noite de estreia, não faltaram emoções. Quem conseguiu ficar acordado noite adentro viu muito choro, dor (a Paola se machucou!!!) e sotaques.  A dúvida que fica depois desse primeiro dia é: e agora, pra quem a gente torce?

Yukontorn tem um nome complicado de pronunciar para nós, brasileiros, mas já é conhecidíssima do público do Masterchef Brasil. Não, não é porque ela é youtuber. Acontece que a tailandesa já tinha tentado entrar na cozinha do programa no ano passado, e não conseguiu passar da fase de audições com os jurados. Mas Paola deixou a dica: volta na próxima temporada. E, espertinha que só ela, que já foi apelidada de Yuko pela Ana Paula Padrão, a cozinheira voltou e arrasou. Mesmo com uma comida apimentada, conquistou o paladar dos jurados, e junto o nosso coração com seu sotaque e seu jeito meigo. Ai gente, como resistir?

Depois disso vieram uma venezuelana e um colombiano que fizeram o mesmo prato. Mas vamos falar só da nossa hermana, já que o pobre do rapaz fez um “pastel de vento” bem sem graça, como disseram os próprios jurados. Ela também caiu no gosto do público, mas nem foi pela comida, e nem pelo português arrastado. Foi pelo nome. Pois é, a nossa concorrente se chama Toska. Imagino o tanto de bullying que ela já não sofreu nessa vida? Só por isso, já merece ganhar uns três Masterchefs seguidos. Não bastasse isso, ainda conseguiu arrancar um “sim” dois três jurados.

E eis que vem outra linda que fez todo mundo se emocionar. Roberta Pereira revelou durante a sua “audição” que é mãe de dois gêmeos de cinco meses, e que foi abandonada pelo pai dos filhos 12 dias antes do parto. Pra piorar a cachoeira de lágrimas que saiu do estúdio, transbordou pela TV e inundou todas as redes sociais, ela ainda soltou frases como: “eu faço isso pelos meus filhos”, e “Eu não tenho babá, não tenho ninguém. Sou só eu e eles. Hoje, a minha mãe teve que pegar uma folga no trabalho para eu poder vir aqui”. E ela fez o que parecia impossível: não apenas conseguiu três “sim” dos jurados, como também ouviu do Jacquin que o bolo que ela fez (sim, ela é corajosa e arriscou na sobremesa) foi o melhor doce que ele já comeu no reality show.

Além disso teve Paola furando a língua com o espinho de uma Ora-pro-nóbis (aquela planta que já apareceu em outras edições do programa), um pastor humanitarista falando “faca no dente!” (e sim, ele ganhou o avental com um prato bem gostoso), e um lutador de MMA e fisiculturista que teve que bater chantilly em dois minutos para provar que merecia o avental (e o pobrezinho sofreu, viu?).

Agora, falando sério, Masterchef está no seu primeiro episódio e já dá pra ter certeza que vai continuar na nossa lista de favoritos. O reality continua trazendo tudo o que um bom programa tem que oferecer. Os participantes têm histórias bonitas, são gente como a gente, e a produção sabe explorar muito bem isso. A carga emotiva já estava estourando na estreia (eu contei pelo menos uns três chorando, não foi isso?), imagina quando a gente estiver no 20º episódio e nosso favorito errar o ponto do arroz e for embora? Socorro!

Fora isso, os estrangeiros podem ter sotaques fofos, jeitinhos especiais, nos fazem dar risadas, mas trazem muito mais do que isso para o programa. Essa mistura toda, com gente de tudo quanto é canto do mundo é a cara do Brasil. E ainda tem a mistura na cozinha. É super legal ser apresentado a pratos diferentes, de outras culturas, de formas surpreendentes. Afinal, quem não se lembra das delícias que Jiang e Lee apresentaram tantas vezes? Feijão e arroz a gente faz em casa todo dia. Lá na cozinha do Masterchef a gente quer ver invencionice!

No mais, os jurados continuam daquele jeito. Fazem cara feia, rosnam, mas no fundo se emocionam tanto quanto a gente com as histórias de vida que vão passando pela bancada, e acabam amolecendo o coração. Tudo bem pessoal, Fogaça, Jacquin, Paola… a gente entende! Pode chorar, cara, tá liberado!

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