A atriz Martha Nowill é uma entre as tantas mulheres da produção Todas as mulheres do mundo, que é dirigida por Jorge Furtado e estreia em 23 de abril no Globoplay — o primeiro episódio será exibido no mesmo dia na TV Globo às 23h30, após o BBB20. A diferença é que a atriz interpreta Laura, a única personagem entre as mulheres da vida de Paulo com quem ele tem uma relação diferente. Eles são melhores amigos.
Laura foi uma personagem criada especialmente para Todas as mulheres do mundo. “O Jorge Furtado pegou seis obras do Domingos e fez uma série. Então é Domingos por todos os lados. Laura, minha personagem, não existe especificamente em nenhuma obra do Domingos. É uma mulher de hoje, muito livre, na minha opinião. Também a acho muito inteligente, rápida e com senso de humor afiado. Seus amigos são sua família”, conta em entrevista ao Próximo Capítulo.
Para dar vida à personagem, Martha disse ter se inspirado no homenageado da trama, que ela adora desde a época da faculdade quando assistiu ao filme homônimo. “Pensei muito no Domingos. A Laura é mais rápida que eu, então trabalhei com mais ritmo. E foquei nos colegas de cena, Emilio Dantas e Mateus Nachtergale”, explica.
Amor e diversidade feminina fazem parte do texto de Todas as mulheres do mundo. Aspectos que Marta acredita sere essenciais: “Amor continua sendo nossa chance, né? Temos que falar de amor, sentir, estimular. E a diversidade é a possibilidade de todos e todas terem alguém com quem se identificar na tela. É fundamental”.
Como se deu a sua inserção no mundo artístico?
Aos 9 anos, praticamente me joguei no chão para ganhar o papel da Julieta na peça da escola. Não sei da onde veio aquilo, mas eu queria muito.
Como surgiu o convite para ingressar no elenco de Todas as mulheres do mundo?
Primeiro teste, depois o convite. Para mim um sonho, sou apaixonada por ele desde que vi Todas as mulheres na faculdade.
Você lançou há três anos Dorina — Um Olhar Para o Mundo. Como foi para você mergulhar nessa trajetória da sua avó?
Foi um prazer e um aprendizado a cada segundo. Foi emocionante. Transformador. Achei que estava fazendo o filme por ela, pelo legado, mas foi também um grande presente que ganhei.
O que mais te inspirou na trajetória da sua avó?
Me avó me inspira a arregaçar as mangas e fazer o que tem que ser feito. Quando estou cansada e melancólica, penso na potência da minha avó, penso em tudo o que ela fez pelo mundo a partir de uma limitação, a cegueira. E em seguida lembro que seu sangue corre nas minhas veias. “Eu tenho uma mola embaixo de mim, Martha, quanto mais me empurram para baixo, mais vou para cima.” Ela me disse uma vez.
Além de Todas as mulheres do mundo, você tem outros projetos em vista?
Quero montar uma peça a partir do livro Manual da demissão da Julia Wähmann. A direção é do Marcelo Grabowski. Também estou desenvolvendo o roteiro de um longa que quero fazer como atriz. Mas esses projetos às vezes demoram para tomar corpo e outros entram na frente, aparecem convites etc. É uma vida bem imprevisível a nossa. O que é maravilhoso e um pouco assustador.
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