“No sentido bíblico, da história, tudo é bem fiel ao que está escrito, então sempre vai ter um pouco de polêmica nesse assunto”. Assim é, nas palavras do ator Marcelo Menezes, a fase Sodoma e Gomorra da novela Gênesis. Intérprete do guerreiro Payam, Marcelo garante que a novela não fugirá às polêmicas.
O ator define o personagem dele como “um guerreiro silencioso, que mata com uma frieza terrível… É o maior guerreiro de seu exército. É um homem fiel ao seu rei e acredita nos seus ideais. Mesmo eles sendo terríveis e absurdos.”
Para levar mais veracidade a Payam, Marcelo foi buscar referências nas artes marciais, paixão antiga desse lutador de jiu jitsu. “Eu sempre fui ligado ao esporte, tanto pela vaidade quanto pela saúde. O jiu jitsu para mim foi muito mais que um esporte, ele foi um divisor de águas. Meu mestre, Paulo Strauch, é um pai para mim e me ensinou muito sobre caráter e disciplina. Hoje não é só o corpo do ator que se beneficia com isso, a mente também”, afirma.
Marcelo, que também pratica boxe, conta que os ensinamentos da arte marcial chegaram às cenas da novela. “Já usei até queda de judô e jiu jitsu em uma coreografia (risos). Vamos ver se vai para o ar. Muitas das minhas coreografias foram inspiradas nas lutas do personagem Aquiles do filme Tróia, interpretado por Brad Pitt”, revela.
Antes de viver Payam, Marcelo chamou a atenção como o machista Roberto de duas temporadas da série Me chama de Bruna. “O Roberto me ensinou a reforçar em mim aquilo que todo homem deveria fazer: olhar o machismo dentro de si. Infelizmente, ele existe em todos nós e temos que ficar atentos sempre e corrigir isso. Não existe mais espaço para isso, nem qualquer outra coisa que faça alguém se colocar acima de outra pessoa seja por gênero, cor, força”, lembra.
Você estará na fase Sodoma e Gomorra da novela Gênesis. Temas polêmicos serão abordados nessa fase. De que forma?
O que posso dizer é que está tudo ficando muito bem feito e com uma pegada mais contemporânea! No sentido bíblico, da história, tudo é bem fiel ao que está escrito, então sempre vai ter um pouco de polêmica nesse assunto.
Como definiria o seu personagem, Payam?
Payam é um guerreiro silencioso, mata com uma frieza terrível… É o maior guerreiro de seu exército. É um homem fiel ao seu rei e acredita nos seus ideais. Mesmo eles sendo terríveis e absurdos.
As artes marciais e o boxe estão presentes em sua vida. De que forma isso te ajudou na composição do Payam?
Ajuda pela questão da memória corporal. Mesmo se tratando de luta com espada (nas cenas), a gente que faz algum tipo de luta pega mais rápido. Além disso, acabo implementando o que sei das lutas nas cenas. Por exemplo, já usei até queda de judô e jiu jitsu em uma coreografia (risos). Vamos ver se vai para o ar. Muitas das minhas coreografias foram inspiradas nas lutas do personagem Aquiles do filme Tróia, interpretado por Brad Pitt e está ficando bem legal!
Viver um guerreiro, que precisa estar em boa forma física, mexe com a sua vaidade. Como lida com isso?
Eu sempre fui ligado ao esporte, tanto pela vaidade quanto pela saúde. Na verdade, quando surgiu o convite para o Payam, mesmo durante a pandemia, eu estava me exercitando. Mas o jiu jitsu para mim foi muito mais que um esporte, ele foi um divisor de águas. Meu mestre, Paulo Strauch, é um pai para mim e me ensinou muito sobre caráter e disciplina. Hoje não é só o corpo do ator que se beneficia com isso, a mente também.
Você esteve em duas temporadas de Me chama de Bruna. Quais são as principais diferenças de uma novela e uma série na TV fechada?
O tempo de gravação acredito. Em uma novela você fica um bom tempo lidando com o personagem já gravando. Isso cria uma relação legal e você pode ir com o tempo dando uma nuance diferente e ir se entendendo.
O Roberto era um personagem muito machista. Aprendeu alguma coisa com ele?
O Roberto me ensinou a reforçar em mim aquilo que todo homem deveria fazer: olhar o machismo dentro de si. Infelizmente, ele existe em todos nós e temos que ficar atentos sempre e corrigir isso. Não existe mais espaço para isso, nem qualquer outra coisa que faça alguém se colocar acima de outra pessoa seja por gênero, cor, força.
No filme Fora de cena você vai viver o primeiro protagonista na telona. O que pode adiantar desse projeto?
Posso falar muito pouco da história… sabe aquele filme que é fácil estragar o final com um spoiler (risos) É esse! Mas digo que é bem diferente das histórias tradicionais contadas aqui no Brasil. Tem uma pegada em filmes como Clube da luta e Coringa. Acredito muito nesse projeto, além de ter no elenco nomes como Douglas Silva, Naruna Costa e o Hugo Bonemer, que viraram queridos amigos, também temos gente nova com talento surgindo, isso é ótimo para o mercado. Destaco a Lu Anastácio que faz minha mãe no filme. Na história eu faço um ator que em busca de um caminho na carreira, e na vida, aplica golpes nas pessoas junto com seu melhor amigo, vivido pelo Douglas Silva, para sobreviver enquanto a carreira não acontece.
Você também está na versão cinematográfica de Grandes sertões: Veredas. Como será esse projeto? Levar um texto clássico à tela é um desafio maior?
Foi uma honra. Na ocasião dos testes, dos 50 atores testados para esse núcleo no Projac, na fase final, somente dois, eu e mais um, fomos escolhidos. E ser escolhido pelo Guel Arraes não é todo dia né? (risos) Porém não sei muito ainda sobre, pois estávamos nas fases iniciais quando veio a pandemia e parou tudo. (Sei) Somente que ele se passará nos dias atuais.
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