Atriz Amanda Mirásci estreia na tevê em A lei do amor. Com 10 anos de carreira, ela fala sobre tevê, teatro e aprendizado ao Próximo Capítulo. Confira!
Atriz com 10 anos de carreira, Amanda Mirásci só agora aparece para o grande público. A intérprete da secretária Vanessa estreou na tevê na novela A lei do amor. A personagem pequena poderá ter a chance de crescer agora, na reta final da trama. Afinal secretárias são guardiãs de grandes segredos dos chefes. E o dela é de ninguém menos que o vilão Tião Bezerra, personagem de José Mayer. “Caso a Vanessa se torne chave nessa história, eu estou pronta!”, afirma.
Em entrevista ao Próximo Capítulo, Amanda fala sobre a carreira, o desafio de estrear logo no horário nobre e fato de estar na mesma produção de Gil Coelho, que foi aluno dela em curso de interpretação.
Você tem 10 anos de carreira e só agora estreia na tevê. Se dedicar apenas aos palcos foi uma opção?
Na verdade eu comecei a fazer teatro aos 10 anos de idade. De lá pra cá participei de dezenas de espetáculos, fiz inúmeros cursos e me formei em dois cursos profissionalizantes da área. Com o tempo, eu fui ficando muito instigada a viver novos desafios. Um deles era trabalhar com cinema e televisão. Esse ano rolou! Fiz um longa chamado Todo clichê do amor, do Rafael Primot, e agora estou fazendo a novela. Acho que tudo acontece na hora certa! Eu não estava fechada para a tevê e também não forcei uma barra para que acontecesse antes. Foi tudo acontecendo no seu tempo. De forma bem natural.
Como você lida com a pressão de estrear num papel que pode se tornar chave numa trama das 21h?
Não me sinto pressionada, me sinto desafiada! Eu amo me sentir desafiada! É quando a gente cresce, amadurece e aprende. Estou aprendendo muita coisa nesse veículo que é tão novo pra mim. Estou ao lado de grandes atores e que são muito generosos comigo. Caso a Vanessa se torne chave nessa história, eu estou pronta!
O assédio deve ser bem maior agora, não?
Não mudou muito na verdade! Fico extremamente feliz quando alguém me diz uma palavra carinhosa sobre o meu trabalho! Quando alguém me para na rua pra me dizer que se sentiu tocada com alguma peça minha ou alguma cena da novela! Essa é a base do meu trabalho, chegar, tocar, transformar, afetar, atravessar, emocionar. Adoro quando percebo que o espectador não está alheio ao que está assistindo! É isso que me move!
A sua geração é criticada por muitas vezes buscar mais a fama do que um trabalho consistente. Você vem de uma carreira nos palcos, com textos de Shakespeare e direção de Paulo de Moraes. Como isso te ajuda a lidar com as armadilhas da superexposição da televisão?
Hoje, depois de muitos anos nos palcos, eu tenho plena consciência do que é meu ofício. O trabalho do ator exige muita entrega, comprometimento, vocação, respeito… Não estou em busca de fama ou de glamour. Estou em busca de continuar realizando o meu trabalho de atriz, que é mais sobre querer dizer alguma coisa do que sobre estar na capa de uma revista. Claro que eu adoraria estar na capa de uma revista… Mas isso seria consequência de um trabalho consistente e não um objetivo. Agradeço a cada professor, cada diretor, cada parceiro que passou pela minha carreira e que me ajudou a encontrar o que é arte pra mim.
Você já deu aula de interpretação para Gil Coelho, que hoje é seu colega de elenco. Como é a relação de vocês dois nos estúdios?
Eu amo o Gil! Somos amigos acima de tudo. Na verdade a nossa relação continua sendo a mesma… De troca! Dei aulas de teatro durante muitos anos e foi de extrema importância para minha formação. Eu ensinava muita coisa, mas aprendia muito mais. O Gil tem sido um grande parceiro e estou muito feliz de estar nesse trabalho com ele!
Você interpreta uma transexual no teatro. Faria esse mesmo papel na tevê? Falta representatividade para esse tipo de história na telinha?
Eu faço um trans homem! Para viver esse personagem eu estudei e me dediquei ao tema durante 2 anos. Li livros, assisti a muitos filmes e documentários no intuito de realizar uma composição sensível e respeitosa. Foi um trabalho árduo e continua sendo. Porém, o espetáculo Uma vida boa não fala sobre transexualidade. A peça fala sobre intolerância, sobre violência… Eu sou uma atriz, sou uma contadora de histórias, emprestaria o meu corpo para contar qualquer história que eu acredito que seja importante, no teatro, na tevê ou no cinema. Ouvi dizer que na próxima novela das 21h vai ter um personagem trans. Fiquei muito feliz com isso. Acho que a cada dia, mais pessoas estão querendo entender e saber sobre o assunto. Acredito que essa seja parte do caminho para termos um mundo mais justo para todos.
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