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Júlia Freitas, a Dolores de Nos tempos do imperador, tem uma certeza: quer ser atriz “para sempre”

Publicado em Entrevista

Com ares de maturidade, Júlia Freitas fala ao Próximo Capítulo sobre as dificuldades de viver Dolores na novela Nos tempos do imperador

Aos 14 anos, Júlia Freitas tem uma certeza que poucas garotas da idade dela têm: a escolha profissional. Ela vive Dolores no início de Nos tempos do imperador e já bateu o martelo: “ser atriz é uma escolha profissional que quero levar até a vida adulta. Me divirto muito com o trabalho e desejo ser profissional da área para sempre.”

Júlia conta que logo a participação especial dela na trama acaba e a personagem passa a ser defendida por Daphne Bozaski. “No processo de construção da personagem fiz um estudo sobre as meninas da época e do texto. A Cristina Bittencourt me ajudou a aperfeiçoar a personagem. Outro momento importante foi a participação da Daphne trocando diversas ideias comigo. Ela me enviou algumas fotos e estudávamos juntas. Houve uma preparação para termos mais conexão, afinal a personagem era uma só”, relembra.

A trama de Dolores ecoa em discussões contemporâneas contra o machismo. Quando a irmã de Dolores, Pilar (Gabriela Medvedovski), abandona o noivo Tonico Rocha (Alexandre Nero) e não se casa com ele. Prática comum na época do império, o casamento arranjado abre espaço para o diálogo com 2021. Revoltado com a desistência de Pilar, Tonico exige que agora Dolores seja prometida a ele.

“É importante tocar nesse assunto tão delicado e ver como isso é problemático. É importante citar porque as pessoas podem trazer isso novamente para os dias de hoje. Temos que lembrar que isso não tem cabimento, que não tem sentido uma pessoa em desenvolvimento estar com uma já formada”, defende a atriz.

Quando assistimos a Nos tempos do imperador, o figurino ー especialmente o feminino ー nos chama a atenção pela quantidade de pano dos vestidos. E se lembrarmos que a novela é gravada na quente cidade do Rio de Janeiro, isso fica ainda pior. “Foi bem difícil (gravar com tanta roupa), principalmente nas cenas externas por conta do calor e de as roupas serem bem quentes. Mas tínhamos todo o suporte da equipe. Já em estúdio era bem tranquilo.

Se como atriz, Júlia está “engatinhando” ainda, na carreira de dubladora, ela já fez bastante coisa. “O trabalho como atriz auxilia mais na dublagem do que o contrário. Mas querendo ou não o dublador é um ator da voz, então vejo como um complemento”, compara, com ares de maturidade.