Ivete Sangalo volta à tevê no The voice. Leia entrevista com a cantora!

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Ivete Sangalo participa de mais uma edição do The voice Brasil e conta ao Próximo Capítulo como é conciliar a carreira e a maternidade

Rio de Janeiro – “Aos pouquinhos”. É assim que Ivete Sangalo diz que está retornando ao trabalho depois do nascimento das gêmeas Marina e Helena, de 5 meses, irmãs do primogênito da cantora, Marcelo, 8 anos.

Mas é bom registrar que o “aos pouquinhos” de Ivete não tem nada de pouco. A baiana estreia semana que vem na sétima temporada do The voice, poderá ser ouvida na abertura da novela O tempo não para (a próxima das 19h) e se prepara para gravar, em dezembro, um DVD comemorativo dos 25 anos de carreira, em São Paulo.

Isso sem falar, é claro, na profissão mãe. Ivete conta que tem uma estrutura toda à disposição dela — “Primeiro, você fica: ‘Meu Deus, eu quero segurar, eu quero trocar as duas ao mesmo tempo’. Mas não dá e você percebe que tem que fazer um planejamento. A casa está uma loucura” — e que às vezes se divide entre Marcelo e as irmãs, “como toda mãe de vários filhos”. Sem perder o bom-humor por nenhum segundo, Ivete fala a seguir sobre maternidade, carreira e The voice. Confira!

Ivete Sangalo: responsabilidade é palavra-chave para administrar uma carreira de sucesso

Leia entrevista completa com Ivete Sangalo!

Como está sua rotina, com a volta das gravações do The voice e as meninas pequenas?
Elas já estão com 5 meses e estou retomando a minha vida aos pouquinhos. Como meu trabalho é um pouco diferente, fiz um planejamento de me deslocar ‘x’ dias por semana. Consegui organizar a minha agenda. No The voice, todos foram muito organizados e me contaram as diferenças com antecedência para eu me organizar.

Qual é o segredo de conciliar o casamento de 10 anos, os filhos e o trabalho?
O segredo é a comunhão de interesses. Quando você encontra uma pessoa que ama, começa a compartilhar com ela semelhanças de sonhos e de expectativas sobre a vida. E quando tem amor, o tempo passa que você nem percebe. E ainda tem os filhos, que consolidam a relação. Em toda casa, todo relacionamento que quer ser duradouro tem que haver discussão, diálogo, um pouco de estresse, discordância. Mas tem que ter respeito. Respeito é duradouro para qualquer relacionamento — não só amoroso, com os colegas, com os amigos, no trabalho, com o marido em casa. Respeito gera admiração, que gera convívio bom. Apesar de a gente viver junto, cada um tem sua vida, sua rotina, seus interesses muito particulares. E no meio da caminhada estão os pontos de interseção.

E quando cai na rotina?
Honestamente a rotina não me incomoda. Eu sou uma mulher de rotina. Sou muito caseira.

Como é a divisão entre você e o Daniel?
A divisão é uma loucura! Ele (Daniel) está ótimo. Eu tinha um filho e fiquei 8,5 anos exclusiva para ele. De repente, vieram as duas. Aí é aquele amor: você quer fazer tudo que está rolando com as duas ao mesmo tempo. Mas isso não é possível. Primeiro, você fica: ‘Meu Deus, eu quero segurar, eu quero trocar as duas ao mesmo tempo’. Mas não dá e você percebe que tem que fazer um planejamento. E Marcelo é maravilhoso, tem vó, tia. A casa está uma loucura. Mas não tem coisa melhor que essa loucura.

O Marcelo está tendo muito ciúmes?
Marcelo sempre teve uma vida de muito amor, de muita atenção. Então ele não é uma criança carente. Quando as irmãs chegaram, ele viu aquilo como um presente para ele, um plus. Agora, ele se impõe. Ele chega dizendo ‘mamãe, eu quero jogar futebol com você agora’ e ele não envolve o nome delas na discussão por atenção para ele. Eu entendo a mensagem e, como todas as mães de muitos filhos, tenho que dividir a atenção. Daí minha vida é assim: eu tenho que ficar com ele, tenho que ficar com elas, tenho que trabalhar, tenho que ficar com o pai, eu vou desmaiar! (risos).

A gente vê que Marcelo já tem uma intimidade com a música. Como fica o coração de mãe?
O pai dele, o Daniel, toca também. Então ele (Marcelo) vê aquela rotina dentro de casa, com músicos incríveis entrando em casa. Quando ele era pequenininho, Carlinhos (Brown) estava na minha casa e Marcelo já conhecia Carlinhos ー ele ouve Carlinhos desde que está na minha barriga, eu pari ouvindo uma música dele, que chama Cachorro louco ー, pegou um bongozinho e começou a batucar. Quando eu vi nele um potencial, não fiz disso um ‘Meu Deus’ chamei Brown e disse ‘olha como ele toca legal’. Ele pega o bongô e cansa, daí ele vai para a piscina, para o futebol ー não faço uma pressão nele para a música porque meus pais não fizeram isso comigo. Eu tive uma liberdade de escolha muito grande e só percebi que queria ser cantora no fim da adolescência, quase uma mulher. Então, essa não é uma preocupação minha com ele. É muito mais prazeroso. Seria muito louco da minha parte fazer uma coisa tendenciosa. Isso não é educação, isso é repressão.

Em 2018, além do The voice você terá uma música na trilha de O tempo não para (próxima novela das 19h), e em 2012 você brilhou como Maria Machadão em Gabriela. Você tem algum plano de ressurgir como atriz?
Só se eu escrever a novela! (risos). Agora não dá. Eu estou completando 25 anos de carreira e vou gravar um DVD. São 25 anos de uma carreira vitoriosa, maravilhosa. É uma análise minha mesmo, não é de ninguém de fora. Eu tenho muita sorte no desempenho da minha vida musical. É massa porque é uma coisa que eu gosto de fazer. Não é um trabalho. O trabalho é o deslocamento, o fazer as malas. A gravação vai ser em dezembro, no Allianz Park (São Paulo) e, para eu fazer isso com o amor que eu gosto de botar nas coisas, não posso fazer tantas coisas até lá. Eu tenho meus filhos. Não posso cobrir a cabeça e descobrir os pés.

Como vai ser o DVD?
Vai chamar Experience porque serão vários momentos: vai ter cenas que precedem a gravação do DVD e pós-gravação. Então é uma experiência para englobar os 25 anos de carreira. Digamos que será uma roupa nova, mas quem veste é a mesma pessoa. A gravação vai ser em São Paulo porque é um centro de encontro. O país inteiro pode estar ali.

No DVD de Trancoso, você levou os meninos do The voice kids. Pretende levar alguém do The voice neste?
Tudo nessas experiências tem que vir de uma emoção. Calhou de, naquele momento, eu não conseguir me desvencilhar das crianças. O kids é muito difícil, Chegava em casa eu não dormia, eu chorava. A lida com o adulto é mais fácil, A gente cristaliza a negativa, eles não. Nem dão bola. Recebem o ‘não’ ali, choram e em meia hora estão correndo. Eu tive vontade de ter eles perto de mim para eternizar aquele momento. Então, não é uma carta marcada. Eu não gosto de nada premeditado como um joguete. Eu tenho um pouco de medo disso.

Vai ter participação especial no DVD?
Vai ter. Mas eu só quero convidar as participações quando os ingressos estiverem todos vendidos. Eu quero que eles estejam lá para cantar. Não tem outro interesse. É para dividir comigo a emoção.

Como é para aquela menina que começou cantando sem pretensão ser hoje uma referência?
Nunca imaginei isso e às vezes eu me esqueço. Às vezes fico uma semana dentro de casa, fazendo as coisas de casa mesmo. Eu saio na rua, vou buscar o Marcelo na escola, entro no carro e começo a ouvir umas buzinas: ‘Meu Deus do céu! Será que passei no sinal vermelho? Será que estacionei no lugar errado?’ Aí eu lembro! E quando chego em casa depois daquela enxurrada de amor eu vejo que nunca planejei isso.

Que conselho você daria para o vencedor do The voice administrar a carreira dele?
Vou falar primeiro burocraticamente. E a palavra é responsabilidade. Especialmente quando você está no seu melhor momento, é quando a responsabilidade tem que ser maior. A gente tende a achar que quando está numa boa, pode jogar para o alto. E é aí que a responsabilidade tem que pegar. Outra coisa é que o artista não pode nunca achar que chegou ali fazendo um favor para o público. Nunca! É uma troca. Comercialmente falando é isso. Ele faz um contrato com as bases que determinar e cumpre. Mas tudo em torno da responsabilidade. E do ponto de vista emocional meu conselho é: por mais talento que você tenha, você tem que ter carinho com o público. Uma das coisas mais gostosas para o artista é ouvir o público cantando a música dele. Esse é o mesmo princípio de que eu parto para virar a cadeira no programa: tem que me tocar.

*O jornalista viajou a convite da Rede Globo

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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