Produção da HBO, Insecure retrata a agridoce vida de Issa. Segunda temporada estreia em 23 de julho. Não conhece a série? A gente te conta!
O problema em crescer… Não é fácil – sabemos por experiência própria –, mas é tão interessante. E é exatamente nesta pergunta que a série Insecure, da HBO, aposta: como se tornar adulto? De Shakespeare a Lena Duham, diversos autores tentaram responder esse questionamento. Mas o que a (até então) vlogueira Issa Rae, que fez sucesso na web com o vlog Awkward black girl, pode acrescentar? De certa forma, tudo.
Com uma sutileza magnífica e uma inteligência delicada, a primeira temporada da comédia Insecure desenvolve o cotidiano da própria Issa, que representa as milhares de jovens mulheres negras, que nem sempre (ou melhor, quase nunca) estão nas telas das grandes produções. A história começa com a protagonista insegura em relação ao atual namoro e também com o trabalho.
A trama se desenvolve em torno de Issa e a melhor amiga Molly (Yvonne Orji). Insecure teve sua primeira temporada exibida no ano passado (você pode conferir no streaming da emissora, a HBO Go), e a segunda chega à programação em 23 de julho, com exibição às 23h.
Crítica de Insecure
A premissa da série prometia apresentar uma personagem essencialmente insegura (daí o nome da produção), mas o que vemos é uma jovem mulher no comando de si, mais corajosa do que insegura. Issa está preparada para ditar suas ações, sair de sua zona de conforto, e no fim das contas essa parece ser a grande resposta sobre o que é crescer.
Óbvio que isso nem sempre dará certo e, na maioria das vezes, a personagem simplesmente não consegue sair da tal zona de conforto. Mas a mensagem da produção funciona por uma questão de empatia: frequentemente o espectador se vê nos atos de Issa, como na ânsia de largar a segurança de um namoro e ir atrás de um grande amor, ou simplesmente gritar umas verdades no trabalho contra o que todo mundo acha certo.
Três outras aspectos merecem atenção em Insecure. A primeira é a representação da mulher negra contemporânea – sincera e perspicaz; a segunda é a presença do rap na trama – cru e simplesmente genial –-; e a terceira é o humor, que de tão sutil chega a ser dolorido.
O que vem por aí
A segunda temporada promete mostrar Issa abraçando a oportunidade de explorar a vida de solteira ao mesmo tempo em que lida com uma nova atribuição no trabalho que coloca sua amizade em cheque com Frieda. Já Molly precisará confrontar a complexidade de seus relacionamentos. Quem está ansioso?