Impeachment na TV: quatro atrações que deveriam desaparecer da programação

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A política está muito turbulenta, cheia de reviravoltas. Se antes de todas as delações, descobertas, jogadas políticas, impeachment, votações e julgamentos alguém tivesse criado um seriado antecipando tudo isso, nós acharíamos muito exagerado. “Isso jamais aconteceria na vida real!”, diriam os críticos. O programa seria cancelado no final da primeira temporada, com certeza.

Inspirado neste tema, o Blog Próximo Capítulo resolveu fazer o seu próprio impeachment. Escolhemos nossos candidatos, e agora vamos deixar o circo pegar fogo. Aqui estão os quatro programas que poderiam fazer um grande bem para o humanidade e desaparecer da grade.

Hors-concours: Domingão do Faustão

Já deu né, meu? São 28 anos aguentando Fausto Silva e sua fila interminável de elogios aos convidados e de reclamações da equipe que o ajuda a fazer o programa dominical. Está certo: vez ou outra o programa acerta, como no Dança dos famosos.

Mas os erros são maiores e tão mais frequentes — Arquivo confidencial, Show dos famosos, o mico que é a premiação anual aos melhores da tevê e só leva a Globo em consideração, o não deixar o entrevistado falar (!) — que acabam chamando mais a atenção. Não tem nem pedido de vistas dessa vez: impeachment já! E com direitos cassados: dez anos longe da tevê!

Escolha do Vinicius: Estrelas

Confesso que até achei que uma hora Angélica ia engrenar como apresentadora, especialmente quando ela comandou o quadro Vídeo game no Vídeo show. Ali, as paródias de aberturas de novelas e a dobradinha com André Marques funcionavam bem.

Mas não dá para engolir o Estrelas — nem com a ajudinha de um milk-shake (lembra?)! Angélica pensa que ela é a verdadeira estrela da atração de sábados à tarde. E nem tenta esconder isso de ninguém: a esposa de Luciano Huck não se prepara para as entrevistas e acaba perdendo a chance de ter um bom bate-papo com convidados como Miguel Falabella e Marieta Severo, apenas alguns nomes consagrados que já passaram por ali. Só resta um conselho à loirinha: aproveita a onda de reviver os anos 1980 e volta pra lá — de táxi!

Escolha da Adriana: Pânico na Band

Assim que o programa radiofônico Pânico ganhou uma versão televisiva, intitulada Pânico na TV, a atração fez bastante sucesso. Tudo isso tinha a ver com a irreverência, a cara de pau e, claro, a novidade.

Mas a fórmula foi se desgastando e hoje não faz o menor sentido o humorístico, agora sob o nome de Pânico na Band, continuar no ar. Sem os grandes nomes do passado, como Sabrina Sato, Eduardo Sterblitch e Wellington Muniz, é difícil assistir a um programa com tantas propagandas, personagens cansativos e um humor tão apelativo. Xô, Pânico na Band!

Escolha da Luisa: Grey’s Anatomy

Sim, eu sei que vou ser muito xingada por essa escolha. Afinal, o sucesso da série é inegável. As 13 temporadas (já, já vão ser 14) estão aí para provar. Um exército de fãs vai me odiar por dizer isso, mas gente, não dou conta de Grey’s Anatomy. Dizer que nunca consegui assistir a nenhum episódio é exagero. Na verdade, nunca consegui ver nem 10 minutos consecutivos.

Não me levem a mal, adoro Shonda Rhimes. Amo How to get away with murder, e curto até mesmo o dramalhão Scandal, mas Grey’s Anatomy não dá. Jamais irei entender como algo tão novelesco sobreviveu por tantos anos na programação enquanto House e Off the map não resistiram, e The Night Shift concorre pela audiência. Desculpa gente, mas seriado médico bom é outra coisa, qualquer coisa, menos Grey’s Anatomy.

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