Em 10 episódios, a produção retrata a trajetória de Hebe Camargo. Os capítulos serão exibidos semanalmente às quintas após Fina estampa
A apresentadora, radialista e cantora Hebe Camargo ficou marcada na história da televisão. Irreverente, desbocada e uma mulher à frente do seu tempo, Hebe teve uma trajetória bastante humana, cheia de contradições, mas que foi abraçada pelo público desde o início. Essa história é o mote para a série homônima, que estreia nesta quinta-feira (30/7) na Globo, após Fina estampa.
Com direção de Maurício Farias e Maria Clara Abreu e roteiro de Carolina Kotscho, a produção tem 10 episódios e já foi lançada integralmente no Globoplay. “Estou feliz de finalmente lançar Hebe na tevê aberta, na janela dela”, comemora Carolina. A série será exibida semanalmente sempre às quintas-feiras.
A protagonista é interpretada em fases distintas por duas atrizes: Valentina Herzage, no período de 1943 a 1954, e Andrea Beltrão, entre 1965 a 2012. “Eu vi muito a Hebe com a minha avó, sou de 1963. Conhecia bastante dela e adorava vê-la. Mas não conhecia a vida pessoal dela. Acho que Hebe foi uma mulher muito interessante e muito forte”, comenta Andréa. “Um dos maiores presentes da série foi eu ter tido tempo de construir esse personagem. Pude ficar cinco meses numa sala de ensaio para criar. Pude assistir as gravações e ver como a Andrea Beltrão estava fazendo. Brincamos muito juntas, listamos os gestos, para ficar parecido”, completa Valentina.
A obra foi gravada praticamente de forma simultânea do filme, com apenas três meses de diferença, sendo que algumas cenas foram gravadas juntas, mesmo quando tinha desdobramentos distintos. “Foi feito meio multimídia. Já era um filme e ao mesmo tempo uma série de TV e de streaming”, comenta Maurício. O diretor diz que o formato de gravação foi inédito no audiovisual brasileiro. “A gente sabe de filmes que viraram série, mas com certeza não há na dramaturgia um projeto feito dessa forma que a Carol fez. Ela fez o filme, em seguida a série, num quebra-cabeça gigante de possibilidades, numa estrutura não linear de formas amarradas num fluxo narrativo”, revela o diretor.
A principal mudança da minissérie para o filme é a abordagem. Aqui, a base são os anos 1980 quando Hebe tem uma tomada de consciência do poder e de responsabilidade de ter um controle na mão, com o brilho e a alegria característica dela, mas também volta desde a estreia no rádio aos 14 anos até a morte. Outra alteração são os personagens. Vários que tiveram pequenas participações no filme ganham mais tempo de tela e aprofundamento.