Giulia Miranda conectada com as próprias raízes a partir da série No mundo da Luna

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Em No mundo da Luna, do HBO Max, Giulia Miranda resgata a descendência cigana. Confira entrevista com a atriz!

Não é sempre que um personagem leva o ator a revisitar as próprias raízes e resgatar o passado. Foi exatamente isso que aconteceu com a atriz Giulia Miranda, que interpreta Mirassol na série nacional No mundo da Luna, em cartaz no HBO Max. Enquanto a personagem é uma cigana, a atriz tem ascendência do povo Romi e pôde resgatar esse passado.

“A preparação para viver esse papel foi uma das partes mais especiais do processo. Eu tenho ascendência cigana. Então, bastante coisa eu já tinha lido e ouvido falar, mas me aprofundei na pesquisa. O trabalho que me ajudou a entender mais sobre minha família e minhas raízes. O processo incluiu não só ler materiais como dados, matérias e uma tese de doutorado, como mergulhar nos documentos da minha família em que a ancestralidade cigana é detalhada e ligar para parentes perguntando sobre detalhes da nossa ascendência”, conta Giulia, em entrevista ao Próximo Capítulo.

A série No mundo da Luna é baseada no livro homônimo de Carina Rissi, uma das autoras juvenis mais festejadas no Brasil atualmente. A obra retratada na tela está longe de ser uma desconhecida de Giulia. Ela leu o livro três vezes e o considera o preferido entre os assinados por Carina. A atriz revela que, na série, Marissol ganha mais espaço do que no livro. Aliás, na obra literária, a personagem se chama Sara. “A Marissol, mesmo ganhando um arco mais desenvolvido na série, traz muito da essência do livro, da atmosfera dos capítulos do casamento, da família da Luna e representa bastante da cultura cigana”, compara Giulia.

Giulia comemora o bom momento das séries nacionais voltadas para o público jovem, caso de No mundo da Luna. “Sinto que o número de séries e filmes que dialogam com a minha geração vem aumentando. Eu mesma ‘devorei’ quase todas as séries nacionais que surgiram ao longo do ano, como Só se for por amor, De volta aos 15, a nova temporada de Sintonia, além de No mundo da Luna, claro, e filmes como Procura-se, também baseado em uma obra da Carina Rissi. Além de ver esse movimento de produções voltadas para o público jovem, como mulher recém-formada em cinema, fico feliz demais em ver histórias brasileiras criadas por mulheres indo parar em streamings como a HBO Max”, reflete.

Vinícius Nader

Boas histórias são a paixão de qualquer jornalista. As bem desenvolvidas conquistam, seja em novelas, seja na vida real. Os programas de auditório também são um fraco. Tem uma queda por Malhação, adorou Por amor e sabe quem matou Odete Roitman.

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