Juliano Laham aceitou o desafio de viver José do Egito em fase homônima da novela Gênesis. Leia entrevista com o ator
Em janeiro deste ano, a novela bíblica Gênesis estreou causando burburinho por ter clima de uma grande produção. Dividido em sete fases, o folhetim trouxe um ar mais pop à Bíblia, com números musicais, um paraíso colorido e efeitos de computação. A sétima e última fase de Gênesis, José do Egito, chega este mês sem deixar de lado o flerte com a Broadway.
Caberá a Juliano Laham o difícil papel de José. Na trama, ele é invejado pelos irmãos por ser próximo do pai, Jacó (Petrônio Gontijo). Eles o vendem como escravo sem saber que todos esses entraves apenas fortalecem José. Ele acaba se tornando o segundo homem mais importante de todo o Egito. Na outra frente, Asenate (Letícia Almeida) conhece José e se apaixona por ele. Mas a vida do casal não será fácil.
“Fico impressionado com tudo o que ele viveu. Passei a entender todos os seus desafios. O momento mais marcante é quando os irmãos o jogam no poço e começa uma sequência triste que José vai passar até se tornar governador do Egito”, afirma Juliano, em entrevista ao Correio.
O ator contou com a ajuda da coach Nara Marques para se preparar para encarar o primeiro protagonista da carreira. “Tivemos algumas etapas, começando por ter o entendimento da história bíblica de José. Em seguida, começamos a preparar o corpo e a entender como o José se comportaria em cada fase e idade. José significa amadurecimento para mim”, completa Juliano. Além dessa preparação, o ator aproveitou o período da pausa das gravações de Gênesis por causa da pandemia para estudar e se aprofundar ainda mais na história de José. “Foi muito importante esse tempo para que hoje eu pudesse doar o melhor de mim.”
Entrevista // Juliano Laham
Você entra na última fase de uma trama anunciada como uma superprodução. Qual é a pressão de encerrar uma novela grandiosa como Gênesis?
Eu prefiro não valorizar o que chamamos de pressão. Eu entendo a responsabilidade, mas busco encarar o projeto como qualquer outro, sempre estando focado no meu trabalho para passar a melhor mensagem da história para quem nos assiste.
José terá cenas musicais. Como isso se insere no contexto da novela? Como foi sua preparação para essas cenas?
O canto não é o meu forte. Por isso, eu venho me preparando há um tempo e construindo junto com a Record a melhor forma de mostrar ao público. Não posso dar spoiler, mas garanto que será bem interessante.
Fazer parte do elenco de uma trama bíblica mudou de alguma forma sua relação com a religião? Como?
Sempre aprendo algo novo com cada personagem que faço, e fazer José me fez entender ainda mais o que a Bíblia diz. Eu sempre tive muita fé em Deus.
Em 2018, você protagonizou um beijo gay na faixa das 18h, em Orgulho e paixão. Como foi a repercussão na época? Acredita que hoje, com as redes sociais mais intolerantes, seria diferente?
Na época, muitas pessoas se identificaram e recebi inúmeras mensagens privadas em forma de agradecimento. O Luccino trouxe um entendimento melhor sobre o assunto e muitas famílias me agradeceram. Eu não sei como seria hoje, mas espero que cada vez mais as pessoas tenham respeito umas pelas outras e que a orientação sexual não seja uma questão.
Você é jovem, aparentemente saudável, mas descobriu um tumor benigno raro em 2020. Foi um susto? Como você lidou com isso?
Foi um susto. Acredito que qualquer um ficaria em choque ao receber uma notícia como essa, mas eu entendi que tinha que ser forte, não me abalar e lutar para que sobrevivesse. Com muita fé em Deus, tudo deu certo.
Além de ator, você é empresário e tem restaurantes no Rio de Janeiro. Fora do escritório você se arrisca na cozinha? Quais são suas especialidades como chef?
Com certeza, sempre digo que o meu maior hobby é cozinhar, é minha terapia (risos). Eu amo cozinhar comidas libanesas, isso me remete a minha família e cultura.