Fhelipe Gomes quer estudar cinema na faculdade
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Fhelipe Gomes, o Lucas de O tempo não para, fala ao Próximo Capítulo

Publicado em Entrevista

O ator de 17 anos exibe maturidade ao falar sobre a carreira, redes sociais e política. Leia entrevista com Fhelipe Gomes, o Lucas de O tempo não para!

Aos 17 anos, o ator Fhelipe Gomes chama a atenção pela maturidade. O Lucas da novela O tempo não para lamenta que assuntos como os problemas da educação pública brasileira, como os que o personagem da trama das 19h enfrentou, mereçam atenção de governantes apenas em ano de eleição.

“Depois que os candidatos são eleitos muitos se esquecem (do assunto) e não se preocupam com os jovens que são o futuro do país”, critica Fhelipe.

Talvez até por essa consciência de que quer ajudar o futuro, Fhelipe tenha optado por votar nas eleições deste ano (como o rapaz tem 17 anos, para ele o voto é facultativo). “Estamos passando por momentos difíceis no nosso país e está na hora de inovar, pois o futuro é a inovação. Eu, como jovem e o futuro dessa nação, me sinto no direito de poder ajudar a escrever um futuro melhor para o nosso país”, afirma.

Mesmo o vestibular, bicho-papão de nove em cada 10 estudantes brasileiros, é uma certeza para Fhelipe, que escolheu estudar cinema. “Pra falar a verdade não foi nem um pouco difícil escolher, pois quero estar nesse ramo de comunicação e artes”, diz o rapaz.

Em entrevista ao Próximo Capítulo, Fhelipe ainda lembra dois momentos marcantes: viver um cego em Cúmplices de um resgate e viralizar ao ter um comentário respondido por Cristiano Ronaldo. Fala aí, mané!

Leia a entrevista completa com Fhelipe Gomes!

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Fhelipe Gomes acha importante o jovem participar das eleições> futuro da nação

Como você entrou para o elenco de O tempo não para? Foi por meio de teste?
Sim. Desde pequeno sempre fiz testes para entrar na Globo. Eu morava no Paraná e sempre “batia na trave”. Esse foi meu primeiro teste já morando no Rio e, graças a Deus, consegui passar. É um sonho se realizando.

O Lucas perdeu aula por causa de uma greve na escola pública onde ele estuda. Como você acha que a questão do ensino público pode ser melhorada no país? Sua geração pensa muito nisso?
Na minha opinião esse é um assunto que, infelizmente, só ouvimos falar nas épocas de eleições, pois depois que candidatos são eleitos, muitos esquecem e não se preocupam com os jovens, que são o futuro do país. Tudo começa com a valorização do professor na sociedade, pois é ele que incentiva o jovem a descobrir qual área ele se identifica para atuar no futuro. Então, o apoio e o incentivo aos professores é muito importante. Porém, hoje, muitos jovens que não vivem essa realidade não têm noção da grande oportunidade que estão tendo. A novela também está mostrando para todas as famílias sobre esse assunto.

Em Cúmplices de um resgate você interpretou um cego. Foi o maior desafio da sua carreira?
Com certeza. Interpretar um cego é muito mais do que apenas “interpretar”, mas entender o que essas pessoas enfrentam no cotidiano e como elas conseguem viver nesse mundo em que o preconceito e o desinteresse ainda são grandes barreiras de uma união.

Você canta, dança, atua, dubla. O ator brasileiro está mais consciente de que precisa ser versátil hoje em dia?
Com certeza, é muito importante ser completo nesse meio. Assim você tem um diferencial, e no meio de tanta concorrência, aquele que apresenta algo de diferente está um passo à frente.

Você termina este ano o Ensino médio. Bate uma sensação de “e agora”?
Um pouco. (risos). Mas eu pretendo continuar nessa carreira, cada vez aprendendo mais, tendo novas ideias, enfrentando novos desafios…

Você sabe que curso vai fazer na faculdade? Foi uma decisão difícil?
Cinema. Pra falar a verdade não foi nem um pouco difícil escolher, pois quero estar nesse ramo de comunicação e artes, é o que eu gosto desde pequeno, então por que não entender de tudo um pouco né?!

Você tem 17 anos e poderia não ter votado. Porque optou por votar este ano?
Acho que estamos passando por momentos difíceis no nosso país, e está na hora de inovar, pois o futuro é a inovação. Eu, como jovem e o futuro dessa nação, me sinto no direito de poder ajudar a escrever um futuro melhor para o nosso país.

A sua geração já nasceu conectada. Sente que falta contato pessoal entre os jovens de hoje?
Com toda certeza. As redes sociais estão muito fortes nas nossas vidas, muitos jovens nem querem mais sair de casa, cada um tem sua bolha, conversa com quem quiser, onde estiver e quando quiser. Isso pode ser um problema, pois as palavras machucam e hoje nós podemos ver isso diariamente nas redes sociais. A vida social de hoje é a rede social.

Você chegou a viralizar na internet depois de receber uma resposta de Cristiano Ronaldo a um comentário seu. Como foi essa experiência?
Foi muito irado. Foi um dos momentos em que eu vi como a internet é poderosa. Em poucos minutos depois que ele me respondeu, minhas redes sociais estouraram de visitas, curtidas e comentários. Fiquei muito nervoso quando ele respondeu e também muito surpreso com a consequência de tudo que aconteceu após a live. Até me mandaram uma camiseta oficial do Real Madrid com o número 7, do Cristiano, e na parte do nome do jogador a frase que ele me disse “ beleza, mané!”.

Você achou isso (a resposta do jogador para você) ter viralizado mais assustador por causa da questão da privacidade e da segurança ou mais divertido?
Achei que foi divertido, porque, a partir do momento que eu comentei na live dele, eu sabia que estava me expondo. A consequência de tudo foi legal, ganhei um novo público, os seguidores aumentaram de um dia para o outro, e até ganhei uma camiseta oficial. Então no fim de tudo não teve nada de ruim, os brasileiros que acompanharam ficaram orgulhosos!