Por Patrick Selvatti
No ar como a personagem Elaine, em Terra e paixão — “uma mulher leal, inteligente, divertida e que não guarda muito desaforo” —, a atriz carioca Yris Sampaio também poderá ser vista, em breve, em uma série produzida pela Sony em parceria com a Record. Estranho amor abordará a violência doméstica.
“Esse trabalho será tão lindo! São casos reais de feminicídio no Brasil que nós precisamos falar e mostrar para todo mundo. Para que cada vez mais as mulheres tenham acesso a uma rede de apoio, entendam como acontecem os abusos, que muitas vezes não são tão óbvios. Precisamos estar sempre muito atentas”, afirma Yris, que dá vida a Daiane, uma atriz e bailarina muito segura de si e do seu relacionamento. “Ela é a luz de amor da serie”, complementa.
Para Yris, o feminismo liberta tanto os homens como as mulheres. “É um equilíbrio que a gente busca. Não vim de uma família feminista, mas estou me tornando cada vez mais. É um assunto que busco entender. É uma necessidade”, conclui a atriz, que traz no currículo diversos trabalhos na Globo e uma participação em Gênesis, na Record.
Estrear na Globo em horário nobre era algo que você imaginava e buscava?
Acho que é consequência de um trabalho de muito tempo, pra ser sincera. Mas sim, um sonho.
Como tem sido dividir elenco com nomes de gigantes como Tony Ramos, Glória Pires, Débora Falabella, Cauã Reymond, Tatá Werneck…
Tem sido maravilhoso. Estou aprendendo todos os dias, contracenando e assistindo atores que acompanho desde criança e outros que tenho muita admiração. É uma honra.
Como você define a Elaine?
Leal, inteligente, divertida, e não guarda muito desaforo (risos)
Já sente alguma repercussão nas ruas em relação a esse trabalho?
Já sim. É uma delícia e ao mesmo tempo engraçado.
Quais foram os maiores aprendizados na sua passagem pelas novelas bíblicas?
Tem toda uma diferença corporal, de linguagem, um estudo histórico de época. Aprendemos com cada trabalho.
Essas produções bíblicas abordam um tema muito sensível, já que narra um período onde os homens dominavam e as mulheres eram meras coadjuvantes. Você é uma pessoa que levanta a bandeira feminista?
Sou sim. O feminismo é uma coisa que liberta tanto os homens como as mulheres. É um equilíbrio que a gente busca. Não vim de uma família feminista, mas estou me tornando cada vez mais.
É um assunto que busco cada vez mais entender. É uma necessidade.
Em contrapartida, em Estranho Amor, o feminicídio vai ser a base da produção. O que você pode adiantar sobre esse trabalho e sobre a importância de se tratar desse tema na TV?
Nossa esse trabalho será tão lindo. São casos reais de feminicídio no Brasil, sabia? Nós precisamos falar e mostrar isso pra todo mundo. Pra que cada vez mais as mulheres tenham acesso a uma rede de apoio, entendam como os abusos acontecem, que muitas vezes não são tão óbvios, mas precisamos estar sempre muito atentas, e que tenham acesso a proteção.
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