O primeiro personagem em uma novela é inesquecível para um ator. A experiência fica ainda mais marcante se, ao olhar para trás depois de alguns anos, a sensação é de que ali estava o início de uma trajetória crescente, de aprendizado.
Esse é o olhar do ator Felipe Hintze para a reprise de Verdades secretas, novela na qual estreou como Eziel, colega da escola apaixonado e ignorado pela protagonista Angel (Camila Queiroz). “Estou amando rever esse trabalho tão icônico e ver a potencialidade atemporal da trama”, comemora Felipe, em entrevista ao Próximo Capítulo.
O ator conta que Eziel acabou abrindo espaço para o Moqueca, de Malhação – Viva a diferença (2017), e para o Peçanha, de O sétimo guardião (2018). “Cada trabalho contribui para a minha formação como ator. Em Verdades secretas, tive o privilégio de explorar diversas ferramentas de interpretação. Trabalhamos interpretação, corpo, voz, dança, prosódia… tudo que pudesse contribuir para a qualidade da interpretação. Tivemos uma preparação intensa e duradoura que marcou muito minha visão da interpretação para o audiovisual. Mauro Mendonça Filho, o diretor artístico do projeto, conduziu perfeitamente nós atores”, lembra o ator.
Tanto aprendizado também poderá ser visto em Quanto mais vida melhor, próxima novela das 19h, na qual Felipe viverá “um delegado interino bem humorado e um pouco atrapalhado.” Na novela de Mauro Wilson, o ator poderá experimentar uma comédia, mais leve, diferente da vista em O sétimo guardião.
“É uma delícia poder fazer comédia em tempos tão caóticos. Os brasileiros precisam de alegria e eu espero que a novela leve leveza pra casa das pessoas. Em O sétimo guardião era um humor de novela das 21h, algo mais sério. É a primeira vez que eu assumo a comédia por inteiro e eu estou amando poder fazer isso. Eu me divirto muito fazendo. Acho que esse é o sinal de que estou no caminho certo”, avalia.
Assim como Nos tempos do imperador, Quanto mais vida melhor deve estrear com todos os capítulos gravados, o que pode soar estranho já que estamos acostumados a ver novelas mudarem de rumo para se adaptar ao gosto do público. Mas isso não assusta Felipe.
“Será como um projeto de obra fechada, não tem intervenção externa. Os autores já têm planejada cada história. Tivemos as continuações de Amor de mãe e Salve-se quem puder que foram sucessos provando que o folhetim por si só tem a sua força”, lembra. Que ninguém duvide da força de uma boa novela brasileira!
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