Nova série da Marvel, Falcão e o Soldado Invernal estreou nesta sexta-feira (19/3) trazendo o panorama do universo e se aprofundando nos personagens títulos
Coube às séries da Marvel a missão de estabelecer o panorama do universo do estúdio após os acontecimentos de Vingadores: Ultimato (2019). WandaVision pincelou a temática a partir do enredo de Monica Rambeau (Teyonah Parris) e da S.W.O.R.D., mas de forma muito suave. É em Falcão e o Soldado Invernal que vemos como está o mundo depois da morte do Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) e da “aposentadoria” do Capitão América (Chris Evans) e todas as consequências do blip de Thanos (Josh Brolin), que fez desaparecer metade da população mundial por cinco anos.
A trama se passa cerca de seis meses depois do longa-metragem, com Sam Wilson (Anthony Mackie) trabalhando para a Força Aérea norte-americana e James Bucky Barnes (Sebastian Stan) tentando construir uma vida normal depois de 90 anos lutando. Essa é a primeira vez que a Marvel se aprofunda nesses dois personagens.
No caso de Sam, o espectador conhece a família do herói: a irmã e os sobrinhos que estão passando problemas financeiros. O seriado também revela que Falcão não seguiu o caminho natural de assumir o lugar de Capitão América. Ele prefere deixar o legado do amigo intacto, mesmo sabendo que o mundo precisa de novos heróis.
Essa necessidade de novos “cuidadores” da população é outro tema levantado em Falcão e o Soldado Invernal. O mundo está quebrado e quem será capaz de consertá-lo?
Os conflitos de Barnes são outros. O personagem não sabe como se estabelecer nesse mundo que nunca conheceu. Devido aos crimes que cometeu e à ameaça que ainda pode ser para humanidade, ele é acompanhado de uma terapeuta, com quem precisa compartilhar os pesadelos constantes com o tempo de Hidra e a necessidade que ainda tem de reparar os erros cometidos. Na tela, uma nuance completamente diferente de Bucky, principalmente a partir da relação com Yori, um velho senhor asiático.
O primeiro episódio ainda não mostra Sam e Bucky juntos. Prepara o terreno para o encontro da dupla, que terá dois conflitos narrativos. O primeiro tem a ver as mudanças no mundo após o blip e a reversão dele.
Num enredo que pode dialogar com o mundo real, a série apresenta os Apátridas, um movimento de pessoas que acredita que o mundo estava melhor sem parte da humanidade. Com ajuda de um colega de trabalho, Sam descobre a existência desse grupo, que tem pelo menos uma pessoa com superforça entre os membros, e irá atrás deles.
O outro ponto de embate narrativo é a vaga deixada por Capitão América, uma questão que (sem dar spoilers dos acontecimentos do primeiro episódio) deve incomodar a dupla e que ganhará mais tempo de tela nos episódios seguintes.
Assim como em WandaVision, o grande trunfo da série é se aprofundar nos personagens, algo que não havia sido feito nos cinemas. Entretanto, a produção é o oposto do seriado de Wanda (Elisabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany). Aqui a atmosfera é bem mais parecida com os filmes, com muita ação e um ganho em diálogos.
A temporada completa de Falcão e o Soldado Invernal é composta por seis episódios. Os capítulos serão lançados às sextas-feiras no Disney+.