Fafy Siqueira, a mãezona da ficção: “Eu adoro fazer mãe porque eu não sou mãe”

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No elenco do filme brasiliense Rir pra não chorar, atriz Fafy Siqueira revela a preferência por personagens que são mães

A carioca Fafy Siqueira, 63 anos, tem várias facetas. Ela se lançou no mundo artístico como cantora e compositora. Logo em seguida, como ela gosta de dizer, “inventaram” que ela também era atriz. “Eu sou mesmo uma compositora, uma cantora. Aí me deram deu bola e eu virei atriz também”, diz a artista, aos risos, em entrevista ao Correio.

Fafy Siqueira está passando uma pequena temporada em Brasília. O motivo é que a carioca é Graça, uma das protagonistas do filme Rir pra não chorar, da diretora brasiliense Cibele Amaral. No longa-metragem, ela interpreta a mãe do humorista Flávio, papel de Rafael Cortez, e da veterinária Joice, interpretada por Mariana Xavier.

Crédito: Arquivo Pessoal. Fafy Siqueira ao lado de Rafael Cortez, Mariana Xavier e Catarina Abdala, elenco de Rir pra não chorar

Essa será mais uma matriarca para a coleção de Fafy. “Quando li o roteiro, adorei. Acho o texto engraçado. Eu adoro fazer mãe porque eu não sou mãe”, conta. Ser mãe era um sonho antigo de Fafy, que ela diz que “agora já passou”. Então, a maternidade aparece para ela por meio de personagens. “Eu adoro quando eu faço uma mãe, eu adoro, adoro, adoro”, define, enfática.

No momento, ela vive a mãe de Rafael Cortez e Mariana Xavier, mas Fafy se lembra que fez esse tipo de papel ao lado de diversos atores. “Fui mãe do CQC inteiro. (risos). Já fui muitas mães e avó apenas uma vez. Gosto muito de fazer”, afirma. Recentemente, ela viveu as mães de Tiago Abravanel, em Chapa quente; Giulia Gam, em Sangue bom; e Oscar Filho, em Aí eu vi vantagem.

Drama e comédia

A maioria dos trabalhos de Fafy Siqueira são ligados à comédia. O humor é um talento nato da atriz, que é conhecida também por suas imitações. Em Rir pra não chorar, a atriz consegue explorar tanto a piada quanto o drama. Tudo isso porque sua personagem descobre no filme um câncer. “Modéstia à parte, acho que eu sei fazer isso bem, porque todo mundo está me chamando para fazer isso (unir drama e humor). É um exercício muito legal e eu acho que e uma questão de estilo”, classifica.

Incorporar essa nova personagem foi simples para Fafy. Ela explica que tem uma técnica bem diferente da maioria das atrizes. Para ela, os papéis vêm de fora para dentro e não o contrário. “Eu sou muito de figurino. Eu sou o inverso das pessoas. Eu começo de fora para dentro, não começo de dentro para fora, interiorizando. Vou compondo o personagem pelo lado de fora e, aí com o texto, na mesma hora ele cresceu e apareceu. Eu boto a roupa acabou, fico refém do personagem”, explica Fafy Siqueira.

Rir pra não chorar é o primeiro trabalho da artista com Cibele Amaral, a quem ela define como “um espetáculo, além de competente, dirige bem os atores”. No entanto, está longe de ser a primeira grande passagem de Fafy pela capital federal. Com um irmão morador da cidade e com o currículo de peças lotadas na capital, ela já veio diversas vezes a Brasília e diz adorar. “Gosto do centro do Brasil. Desde criança eu ouço meu pai, que é português, dizer assim: ‘Quem vai salvar o Brasil não é a Amazônia, é o centro do Brasil’. E eu tenho uma atração por isso, pelo centro do Brasil. Acho forte, terra prometida. Eu adoro”, completa.

Volta à música

Nome por trás de composições como Marquei um X, Bandeira, Coisa antiga, Diga aí e Rap do aniversário, eternizadas por nomes como Xuxa, Sandra de Sá, Lucinha e Sandy & Junior, Fafy Siqueira quer se reaproximar do mundo da música.

A atriz está em processo de montagem de um projeto chamado Divagando, em que pretende celebrar as divas de todos os tempos. Para isso, ela cantará o repertório de cantoras como Elis Regina, Ludmilla, Rihanna e Rita Pavone. “Quero retomar minha carreira de cantora. Eu estou escrevendo um show que a gente fica divagando entre as grandes musas de todas as épocas”, adianta.

Adriana Izel

Jornalista, mas antes de qualquer coisa viciada em séries. Ama Friends, mas se identifica mais com How I met your mother. Nunca superou o final de Lost. E tem Game of thrones como a série preferida de todos os tempos.

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